literafro novidades n. 54 – março 2024

 

No início do ano em que o Portal literafro comemora 20 anos, este primeiro literafro novidades divulga as recentes produções de literatura afro-brasileira. É tempo de celebrar esse arquivo vivo que se iniciou, em 2004, como um ponto de encontro de leitores, pesquisadores e colaboradores com as importantes autorias e obras, diálogos potencializados por meio das informações, dos documentos, dos livros e textos críticos disponibilizados nesse portal.

Aproveitamos para agradecer a todas e todos que têm colaborado, neste vintênio, para movimentarmos e amplificarmos as relações, e para dizer que estamos preparados para mais 20 anos de trabalho e dedicação. Excelente leitura! 

 

Carolina Maria de Jesus

É reconhecido o interesse do público e da crítica pela vida e a obra de Carolina Maria de Jesus, que vêm sendo tema de dissertações e teses acadêmicas, e de outros modos mais potentes. Rareiam-se, pois, as buscas pelo “negro-tema”, para ficarmos nas elaborações de Guerreiro Ramos, que buscam atrelar sua obra à constatação de literatura documental. Os trabalhos acadêmicos, sobretudo os que estudaram seus arquivos, também contribuíram para essa mudança de direção, porque demonstraram a potência literária que a autora possui, guardadas em originais inéditos. A obra O escravo trata das relações marcadas pelas questões de classe e de gênero, e foi resenhada pela pesquisadora Lara Carvalho Cipriano.

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Conceição Evaristo

Escritora consagrada pelo público e pela crítica por sua grande obra e recentemente empossada como imortal da Academia Mineira de Letras, apresenta, com seu “livro-conto” Macabéa: flor de mulungu, uma releitura potente de A hora da estrela, de Clarice Lispector. Resultado de um projeto de renascimento das personagens da literatura clariceana, o conto de Conceição Evaristo reconstrói a personagem Macabéa que, nas suas ações para uma vida potente, se significa como voz numa relação ancestral de resistência, em que a flor de mulungu, a própria personagem renasce como tratamento das dores. Esse “livro-conto” é apresentado pelas pesquisadoras Aline Arruda e Cristiane Côrtes.  

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Maria Firmina dos Reis

Reconhecida por sua importante obra romanesca, a escritora maranhense Maria Firmina dos Reis escreveu também poemas, estes que foram publicados no livro Cantos à beira-mar (1871). A este livro, reeditado, foram incluídos outros 35 poemas, que passaram por um cotejo com o original, para observar alterações entre as edições anteriores. Nosso informativo reproduz a apresentação da organizadora desta obra Cantos à beira-mar e outros poemas, a pesquisadora Luciana Diogo, que nos brinda com a explicação dos passos realizados para a reedição.

 

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Salgado Maranhão

A nova publicação de Salgado Maranhão, poeta com vasta obra publicada, é a antologia poética A voz que vem dos poros. Nesta celebração de sua obra, foram selecionadas as quatro décadas de sua produção, de seus 14 livros. A reunião possibilita acessar a trajetória literária inventiva, rítmica e crítica, de um dos maiores poetas vivos, na atualidade. A antologia é apresentada pela leitura crítica da pesquisadora Giovanna Soalheiro. 

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Jorge Amâncio

O leopardo que mata moscas inoportunas: o que não é haikai é oriki, de Jorge Amancio, é a obra mais recente do poeta, que, já na década de 1980 começou a publicar seus poemas no jornal Raça, do MNU. Autor dos livros de poemas Negro Jorgen (2007), Batom D'Amor e Morte (2018) e Nósourtxs (2021), realiza, neste novo livro, um jogo artístico com a palavra em que a escolha vocabular, a concisão e a busca do ritmo são suas bases para a construção de possibilidades, para nós leitores, de reencantamento do mundo. O livro foi objeto da análise poética do igualmente poeta e também pesquisador Marcos Fabrício Lopes da Silva.

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Rafael Calça e Jefferson Costa

De autoria do ilustrador e roteirista Rafael Calça e do ilustrador e quadrinista Jefferson Costa, Jeremias: Pele é uma HQ vencedora do Prêmio Jabuti. Publicado em 2018 pela Panini Comics como parte do selo Graphic MSP, os quadrinistas realizaram releitura da personagem clássica de Mauricio de Sousa, que, até então, não possuía uma história de origem. Com essa obra gráfica, os autores revelam as agruras da existência de um garoto negro, em criação de sua identidade como sujeito em uma sociedade racista. A HQ recebe a leitura atenta do pesquisador Kelvin Jorge Batista Silva.

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Vanessa Passos

Autora com diversos textos literários premiados, Vanessa Passos foi vencedora, com o livro A filha primitiva, do 6º Prêmio Kindle de Literatura 2021, seu livro de estreia na escrita de romances, publicado pela Editora José Olympio. Nesse livro, a autora narra histórias de uma linhagem de mulheres, que se entrecruzam, a evidenciar as relações sociais, de gênero e raciais, amplificadas pela violência do racismo. O romance foi apresentado pela pesquisadora Carolina de Vasconcelos Silva.

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 Giovanna Soalheiro Pinheiro

Poeta, crítica e pesquisadora estreia, nas searas da poesia, com o seu livro Olho de boi, publicado pela Editora Reformatório. Obra que realiza, por meio da linguagem poética, uma leitura crítica e criativa, que atravessa a dimensão animal, que convoca, como disse o pesquisador Matheus José, os olhos do boi como potência interpretativa. Este olho, que não cessa nas visões dos bestiários, porque aponta para a linguagem que os constrói, apresenta outras maneiras de ver, de observar e de compreender as ocorrências e as intercorrências de uma vida em que nós, humanos, sem a vida de outros seres, jamais seremos topo. O livro conta com a resenha crítica de Matheus José.

 

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literafro novidades n. 53 – dezembro de 2023

 

Neste número 53 do literafro novidades, o leitor terá acesso a um editorial composto de 10 resenhas sobre variados gêneros no âmbito da literatura afro-brasileira. Há muitas razões para celebrar, pois já se passaram 10 anos da nossa primeira edição, lançada trimestralmente desde 2013. Em 2024, esse projeto continuará ainda mais potente: iremos comemorar os 20 anos do Portal literafro, projeto vinculado à Faculdade de Letras da UFMG, acessado diariamente por leitores, pesquisadores e colaboradores. Em todos esses anos, criamos um arquivo em rede, um compósito de documentos, livros e textos à disposição de quem deseja pesquisar, estudar e conhecer os nossos escritores. Consagramos a atual edição a Antônio Bispo dos Santos (Nêgo Bispo), que dedicou uma vida ao pensamento, às experiências e às práticas quilombolas e que muito nos ensina sobre o gesto de compartilhar, sobre a terra e a ancestralidade: “o compartilhamento é uma coisa que rende” (SANTOS, 2023, p. 19).

Iniciamos, então, com o ensaio A terra dá, a terra quer, de Antônio Bispo dos Santos, e com a reedição do Escrevivências: identidade, gênero e violência na obra de Conceição Evaristo, organizado por Constância Lima Duarte, Cristiane Côrtes e Maria do Rosário Alves Pereira. Na seção memória, têm-se Submundo: cadernos de um penitenciário, de Abdias Nascimento, e Firmina, de Anita Machado. A poesia surge, na sequência, com Desforra: [poesia desunida 1988-2023], de Anelito de Oliveira; Uma mulher só não faz verão, de Daniele Rezende (semifinalista do Prêmio Oceanos de 2023); Terra sob as unhas, de Júlia Elisa, e Caminho de volta para casa, de Iza Reis. Já na ficção, seguem Mata doce, de Luciany Aparecida, e Reflexos, de Ariele Santos.

Deixamos aqui nossos agradecimentos aos colaboradores deste número e aos leitores que nos acompanham nessa trajetória. Ótima leitura!

 

 

ANTÔNIO BISPO DOS SANTOS

Pensador, professor, poeta, ativista político contracolonial, Nêgo Bispo como é mais comumente conhecido – faleceu recentemente, deixando ao povo brasileiro e às comunidades quilombolas um repertório vasto, crítico, em torno de terras e de sociedades de fato democráticas. Seu pensamento volta-se para os movimentos sociais de luta pela terra: um direito de quem nela está. A terra dá, a terra quer (UBU, 2023) recebe a leitura da professora Érica Luciana Silva, que destaca os aspectos centrais circunscritos à filosofia desse auto

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CONSTÂNCIA L. DUARTE, CRISTIANE CÔRTES E MARIA DO ROSÁRIO A. PEREIRA

Nesta nova edição – ainda em pré-venda – de Escrevivências: identidade, gênero e violência na obra de Conceição Evaristo (Malê, 2023), Constância L. Duarte, Cristiane Côrtes e Maria do Rosário Pereira atualizam e ampliam os artigos da edição anterior, alguns deles oriundos de eventos promovidos na UFMG, como o Colóquio Mulheres em Letras, e outros trabalhos mais recentes. No livro, as autoras apresentam a potência dessa voz feminina central para as letras contemporâneas.

 

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ABDIAS NASCIMENTO

Livro produzido no cárcere, Submundo: cadernos de um penitenciário (Zahar, 2023), de Abdias Nascimento, é um livro de testemunho que nos propõe também a tarefa de pensar o sistema penitenciário brasileiro: “fundado nos úteros de suas prisões, umbilicalmente ligadas aos navios negreiros”. É esse o ponto de vista da professora e pesquisadora Denise Carrascosa, que nos apresenta o caderno.

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ANITA MACHADO

Reeditada e reescrita com frequência, Maria Firmina dos Reis é referência quando se trata de literatura feminina no séc. XIX. Primeira escritora abolicionista, ela produziu suas obras num contexto assinalado pelo racismo e pela violência de gênero. Anita Machado, em Firmina, recompõe as vivências da autora, por meio de uma linguagem leve, voltada principalmente para o público infantojuvenil. O livro conta com ilustrações de Eduardo Vetillo e recebe a leitura da professora Régia Agostinho.

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ANELITO DE OLIVEIRA

Poeta fundamental da literatura brasileira, Anelito de Oliveira propõe, em Desforra: [poesia desunida: 1988-2023], o conjunto de sua produção poética. O autor recebe a leitura cuidadosa do jornalista e também poeta Marcos Fabrício da Silva, que busca delinear o projeto estético e político nos escritos desse autor, que prima pela inventividade, pelo apuro formal, mas sem deixar de se ater às questões que envolvem as identidades negras.

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DANIELA REZENDE

Semifinalista do Prêmio Oceanos de 2023, Daniela Rezende, em Uma mulher só não faz verão (Urutau, 2022), aponta a lógica patriarcal nos próprios procedimentos formais que emprega em sua escrita, como se pode notar, por exemplo, nas estruturas de repetição (refrãos) que contribuem ainda para a modulação do ritmo em sua poesia. A autora se vale de metáforas e de outras analogias com animais para evidenciar a violência sistêmica e diversa contra a mulher. Essa é a leitura da pesquisadora Lara Carvalho Cipriano.

 

 

 

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JÚLIA ELISA

Em Terra sob as unhas (Impressões de Minas, 2023), Júlia Elisa produz uma escrita atenta ao corpo negro feminino, à terra-solo – chão arenoso, argiloso e preto – à insuficiência da linguagem, diante de um cotidiano impositivo para muitos sujeitos negros. Conforme aponta a leitura do pesquisador Kelvin Silva: “o trabalho editorial do livro é impecável ao se comunicar com uma das temáticas da obra, que é a terra, desde as letras em cor terrosa, até a divisão dos poemas.”

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IZA REIS

Caminho de volta pra casa (Venas Abiertas, 2023) é o livro de estreia de Iza Reis na poesia. Os poemas apresentam aos leitores a voz de quem, em seus versos, aborda questões sobre o amor, os orixás, além de temáticas relacionadas à ancestralidade e ao corpo feminino. A pesquisadora Mikaella da Silva nos apresenta a produção dessa autora, cuja escrita é marcada ainda pela dicção do slam.

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LUCIANY APARECIDA

Escritora já conhecida por outros projetos no âmbito da poesia, da dramaturgia, do roteiro, entre outros, Luciany Aparecida lança agora o romance Mata Doce (Alfaguara, 2023), numa bela narrativa assinalada por conflitos de terra, mortes e tragédias. Como escreve a pesquisadora Loiany Gomes: “a narrativa de Mata Doce reafirma a intencionalidade da obra de lançar luz sobre a expressividade e a subjetividade de indivíduos marginalizados pela cor da pele, pelas crenças, pela visão de mundo”.

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ARIELE S. SANTOS

Livro de estreia da jovem escritora mineira Ariele Santos, Reflexos (Penalux, 2023) é composto de narrativas curtas que perpassam o cotidiano, as experiências, os afetos, as relações familiares, muitas das quais movidas pelo princípio filosófico bantu “Ubuntu”. Essa filosofia nos indica modos de conceber e pensar a humanidade a partir de um vir a ser, de um movimento relacional. A pesquisadora Giovanna Soalheiro é quem realiza a leitura do livro.

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literafro novidades n. 51 –  junho 2023

 

O número 51 da nossa Newsletter chega para comemorar 10 anos de existência. Com uma trajetória iniciada em julho de 2013, trimestralmente temos apresentado lançamentos no âmbito da produção literária afro-brasileira. Neste número comemorativo, fechamos uma década encorajados a prosseguir, porque compreendemos nosso compromisso com a divulgação de autoras e autores afro-brasileiros, tanto no âmbito nacional quanto internacional. Agradecemos aos resenhistas e leitores que nos acompanham e fazem parte desta história que ainda terá muitos capítulos. Para celebrarmos nossas bodas, apresentamos um conjunto de publicações que brindará nossos leitores com excelentes sugestões. Iniciamos com o protagonismo da belíssima edição ilustrada do aplaudido conto Pai Contra Mãe de Machado de Assis, que pela força de sua narrativa transformou-se em um potente livro, seguido pelo recém publicado Salvar o fogo, do aclamado Itamar Vieira Junior. Fechando o bloco das publicações em prosa ficcional, Louças de Família, romance da gaúcha Eliane Marques e Via Ápia, de Geovani Martins, ambos retratando os efeitos perversos do racismo em nossa sociedade. Na sequência, uma delicada obra de Elio Ferreira, A rolinha e a raposa, coroando o espaço da literatura infantojuvenil desta edição. Entre as publicações ensaísticas, apresentamos o esperado livro de Luana Tolentino, Sobrevivendo ao racismo ao lado de Teatralidade/Aquilombamento: várias formas de pensar-ser-estar em cena e no mundo, de Soraya Martins e ainda a preciosa poesia de Lubi Prates, com Até aqui. Sem dúvida, esta é uma edição e tanto. Boa leitura!

 

 

 

 

MACHADO DE ASSIS

Sabemos que a trajetória literária do primeiro patrono da academia Brasileira de Letras é consolidada no Brasil e internacionalmente.  O protagonismo da belíssima edição ilustrada do aplaudido conto Pai Contra Mãe de Machado de Assis, que, pela força de sua narrativa, transformou-se em um potente livro, reafirma o brilhantismo de sua obra. O conto fora publicado pela primeira vez em 1906, a narrativa ficcional é expressa a partir de um contexto colonial escravocrata, sem falar nas discussões que colocam em pauta toda crueldade e desumanização da escravidão. Essas são algumas das reflexões apontadas no presente texto de Bolívar Torres. 

 

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ITAMAR VIEIRA JUNIOR

A nova publicação de Itamar Vieira Junior tem provocado diversas reflexões críticas e debates em muitas esferas: tanto pública quanto privada. A princípio, este é o papel da obra literária, suscitar provocações que levem a crítica e os leitores ao aprofundamento, e é preciso salientar que as observações de ambos podem ser inesgotáveis. Este é o nosso desejo ao trazer o olhar atento de Érica Luciana de Souza Silva sobre Salvar o fogo: desafiar leitoras e leitores a experienciar mais um estímulo intelectual.

 

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ELIANE MARQUES

 

A poeta Eliane Marques inaugura com Louças de Família seu primeiro romance. Sua atuação como escritora e intelectual abarca outras esferas, pois sempre esteve envolvida em diversos projetos, dentre eles a “Escola de Poesia” e a revista Ovo da Ema. Em sua narrativa, a autora propõe dar vida às personagens negras, que se tornaram vítimas da escravidão doméstica contemporânea, prática social que descende do escravismo colonial. Por meio do prefaciador Ronald Augusto, observamos a profundidade de sua escrita ficcional e somos impelidos a enxergar e testemunhar o nascimento de uma talentosa romancista. Venha conferir!

 

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GEOVANI MARTINS

Lançado em setembro de 2022, Via Ápia tornou-se o segundo livro do escritor Geovani Martins. A narrativa ficcionaliza a vida de jovens moradores da Rocinha.  A resenhista Mikaella Pereira da Silva, a partir de sua leitura crítica, dialoga conosco e nos propõe um debruçar na ficção do prestigiado autor. Cabe salientar que sua primeira obra, O sol na cabeça, foi finalista do Prêmio Jabuti, e vencedora do Prêmio Rio Literatura, além de publicada em diversos países. Venha conferir!

 

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ELIO FERREIRA e ANTONIO CABRAL

 

Dentre todos os lançamentos desta edição, coube a Elio Ferreira e ao ilustrador Antonio Amaral serem porta-vozes da Literatura Infantojuvenil, demarcando nosso compromisso com a importância e o valor de narrar histórias para o universo do letramento literário. Em A rolinha e a raposa, narrativa e ilustração dialogam, orquestrando uma convocação a todos e todas sedentos em mergulhar no cosmos imaginativo oriundo das narrativas infantis, sejam pequenos ou grandes. Convidamos você, leitora e leitor, a navegarem nesse universo através das impressões da estudiosa Maria do Socorro Rios Magalhães.

 

 

 

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LUANA TOLENTINO

 

 

O prefácio de Itamar Vieira Junior nos brinda com sua perspectiva sobre esta segunda publicação autoral de Luana Tolentino, historiadora e colunista da revista CartaCapital. O escritor aponta como a autora de Sobrevivendo ao racismo “se põe na centralidade de sua narrativa, com relatos do preconceito sofrido no ambiente escolar durante sua infância, passando pela maturidade e pelos casos de racismo e violência que se tornaram conhecidos da sociedade nos últimos anos”. Sem dúvida, o novo livro é um convite para um profundo mergulho nas estruturas sociais brasileiras.

 

 

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SORAIA MARTINS

 

A estudiosa e atriz Soraya Martins traz a público Teatralidades-aquilombamento: várias formas de pensar-ser-estar em cena e no mundo, fruto de sua pesquisa de Doutorado em Literaturas de Língua Portuguesa na PUC Minas. O livro é um convite à busca de novas visões epistemológicas relacionadas às narrativas do Teatro Negro. E, através do olhar cuidadoso da prefaciadora Cíntia Guedes, podemos esquadrinhar o mergulho crítico da autora nas artes teatrais afro-diaspóricas contemporâneas.

 

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LUBI PRATES

Até aqui é o mais recente livro da poeta, tradutora, editora e curadora de literatura Lubi Prates. Mediante a leitura sensível da estudiosa Giovanna Soalheiro, vamos penetrando nos textos da autora, em seus modos de ser e sentir poesia. Estética, técnica e lirismo caminham juntas neste exercício reflexivo que os versos nos impõem. Convidamos vocês a prosseguirem na exploração dos segredos das palavras!

 

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literafro novidades n. 52 – setembro 2023

 

Em mais uma edição dedicada à Literatura Afro-brasileira, apresentamos aos nossos leitores um conjunto de seis resenhas. Para começar, na categoria ensaio, destaca-se o pioneirismo do pensamento da intelectual Beatriz Nascimento que se concretiza em “Por uma história do homem negro” - texto de abertura do livro Uma história feita por mãos negras. Trazemos, ainda, a poesia de Fabrício de Oliveira, autor do recém-lançado Viração. Os versos intercontinentais dão o tom da Antologia Poética Brasil-Moçambique, organizada por Marleide Lins e Ernesto Moamba. Marcado pela beleza e sensibilidade, Um dia feliz, de Patrícia Santana, é dedicado às crianças mas também encanta adultos. Para nos “desconsertar”, trazemos o romance Uma temporada no inferno, do professor e escritor Henrique Marques Samyn. Também partilhamos a escrita forte e intensa de Odailta Alves, autora de Amor nos entre-prazeres da vida preta.

Registramos os nossos mais sinceros agradecimentos aos resenhistas e aos leitores que nos acompanham nessa jornada. Desejamos a todos boa leitura!

 

 

 

BEATRIZ NASCIMENTO

Vitimada pelo feminicídio em 1995, sem sombra de dúvida, Beatriz Nascimento continua sendo um dos principais nomes da intelectualidade negra no país. Pioneira nos estudos sobre quilombos, também se destacou nas discussões sobre a masculinidade afrodescendente no Brasil. No artigo “Por uma história do homem negro”, a autora questiona a historiografia brasileira e reivindica novas perspectivas e novos olhares em relação aos ex-escravizados e seus descendentes, por meio do qual estes sejam reconhecidos como sujeitos e não como meros objetos de estudo, muitas vezes folclorizados. Em sua resenha, Lara Carvalho Cipriano mostra que passados quase trinta anos da morte de Beatriz Nascimento, sua obra permanece atualíssima.

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FABRÍCIO DE OLIVEIRA

Seguindo a tradição de autores como Graciliano Ramos e Guimarães Rosa, são justamente os esquecidos, os ultrajados, os que ficam para trás que interessam ao escritor Fabrício Oliveira no livro Viração. Lançado em 2022, por meio de memórias individuais e coletivas, o escritor busca dar voz aos que a sociedade brasileira insiste em não ouvir e em não enxergar. Essas são algumas das reflexões que o também escritor Adriano Moura apresenta em sua resenha.

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MARLEIDE LINS E ERNESTO MOAMBA

A antologia poética Brasil-Moçambique chega às mãos do leitor brasileiro com uma forte simbologia: uma ponte entre o oceano, feita de versos. Tal diálogo, há tempos construído, se concretiza no volume, dando destaque à poesia de conhecidos escritores da história literária e também contemporâneos, num conjunto de 50 poetas dos dois países. Neste release, os organizadores não só apresentam a obra como também alinhavam as vozes oriundas destas duas nações irmãs.

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PATRÍCIA SANTANA

Seguindo os princípios da literatura infantil afro-brasileira, cujas obras visam a contribuir para o fortalecimento da autoestima das crianças negras, de forma sensível e cuidadosa, Patrícia Santana traz em Um dia feliz a relação marcada por muito amor entre a menina Ayana e sua avó Maria. Pensado para crianças, o livro também causa encantamento nos adultos. Em suas páginas, é possível perceber de maneira muito nítida o cotidiano de meninos e meninas negras que habitam as periferias do Brasil. No livro, esses espaços não são o lugar da falta, mas, sim, do afeto, das brincadeiras, das falas que afirmam a beleza da negritude. Outro ponto alto da obra é a belíssima ilustração de Carol Fernandes. Esses são alguns dos registros feitos por Luana Tolentino em sua resenha.

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HENRIQUE MARQUES SAMYN

O professor e escritor Henrique Marques Samyn, em Uma temporada no inferno, dialoga com a obra e a vida de Lima Barreto, neste romance que tem como tema central a loucura. Para tanto, o autor toma como cenário um ambiente que Lima Barreto conheceu de perto: o hospício. Nesta resenha assinada por Adélcio de Souza Cruz, a atuação do narrador é destacada, a fim de que mais do que sua voz, possamos refletir sobre sua performance.

 

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ODAILTA ALVES

Por meio dos seus versos, Odailta tenta ressignificar as experiências de mulheres negras - muitas vezes marcadas pelo sofrimento e pela pobreza. Em Pretos prazeres, a dor cede lugar aos “gritos, risos, prantos, sussurros, burburinhos negros” que transcendem os corpos negros, fazendo da escrita e do corpo negro uma forma de resistência. Nos dizeres da pesquisadora e professora Janaína Ferreira, o livro se sintetiza como uma “coreografia da vida”.

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 literafro novidades n. 50 – março 2023 

 

Chegamos ao número 50 de um percurso iniciado em julho de 2013, trazendo trimestralmente, nesses quase 10 anos de edição, lançamentos importantes no âmbito da produção literária afro-brasileira. Neste número, apresentamos um conjunto de publicações que merece estar no horizonte de leitura de todas e todos aqueles que se dedicam à leitura e ao estudo das produções negras no Brasil. Iniciamos com o poderoso livro O pacto da Branquitude, de Cida Bento, a que se seguem as narrativas de Exuzilhar, da destacada escritora Cidinha da Silva; o elogiado quadrinho Mukanda Tiodora, de Marcelo D’Salete; as Cartas para minha avó, da ativista e pensadora Djamila Ribeiro; o necessário livro Maria Firmina dos Reis: vida literária, de Luciana Diogo, e a exposição Um defeito de cor, com curadoria da própria escritora Ana Maria Gonçalves, Amanda Bonan e Marcelo Campos, que está exposta no MAR, até maio de 2023. Boa leitura!

 

 

 

CIDA BENTO

Um dos nomes de relevo do ensaismo negro contemporâneo, Cida Bento é também psicóloga e ativista brasileira, além de diretora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), que atua na redução das desigualdades raciais e de gênero no ambiente de trabalho. Seu livro O pacto da branquitude apresenta a problemática racial no Brasil sob um ponto de vista pouco debatido, ou seja, sob a perspectiva das alianças construídas pelos brancos que são decisivas para a perpetuação do racismo e dos abismos que ele provoca, conforme aponta Luana Tolentino, em sua leitura atenta deste livro.

 

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CIDINHA DA SILVA

 

Um dos grandes nomes da ficção contemporânea, já com muitos livros publicados, Cidinha da Silva possui um estilo ímpar, denso, pois alia com precisão as muitas linguagens que compõem o seu repertório como historiadora, editora, escritora e pesquisadora das vivências e das tradições afro-brasileira e africana. Em Exuzilhar, que motiva o estudo da pesquisadora e professora Cristiane Côrtes, temos acesso a temas como o racismo, a violência, a desigualdade social, a exploração do trabalhador, além daqueles que se associam propriamente ao pensamento sociocultural afrodiaspórico, como é comum aos escritos da autora.

 

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MARCELO D’SALETE

 

Quadrinista, ilustrador e professor, consagrado pelos quadrinhos Angola Janga e Cumbe, ganhador do Prêmio Jabuti, em 2018, Marcelo D’Salete vem recebendo inúmeros elogios por seu trabalho. Aqui, o seu álbum Mukanda Tiodora recebe a leitura cuidadosa da colunista Carol Almeida, do Suplemento Pernambuco. Neste projeto, resultado de três anos de pesquisa, o autor ficcionaliza parte da experiência de uma mulher negra afastada do filho, do marido, e trazida ao Brasil como escravizada.

 

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DJAMILA RIBEIRO

 

Autora consagrada por seus estudos sobre racismo, por sua presença ativa das redes sociais, Djamila Ribeiro, neste Cartas para minha avó – sobre o qual se debruça cuidadosamente a poeta e pesquisadora Heleine Fernandes –, propõe um diálogo epistolar com o passado, a partir da relação afetuosa vivida com a avó, Antônia benzedeira, na infância. Nessas epístolas, observam-se vozes coletivas e individuais, evocando a imagem e a presença dos griots africanos, num ritual de preservação da palavra e da memória daqueles que a cercavam.

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LUCIANA DIOGO

 

Pesquisadora da obra de Maria Firmina dos Reis, Diogo vem se dedicando, desde o seu mestrado, à vida e à obra da poeta, contista e romancista maranhense. Maria Firmina dos Reis: uma vida literária, objeto de leitura da professora e pesquisadora Glauciane Santos, além de dar voz à escritora negra silenciada pelo racismo no séc. XIX, apresenta-nos Firmina dos Reis no âmbito pessoal, mas principalmente literário, informando ainda ao leitor as fontes de estudo que ensejam os debates sobre a romancista.

 

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ANA MARIA GONÇALVES

 

Autora do clássico Um defeito de cor, publicado em 2006, Ana Maria Gonçalves é motivo de uma bela exposição que acontece agora no MAR, no Rio de Janeiro (RJ). Aline Arruda, como visitante, nos fala sobre a sua experiência de ver o livro ganhar outra dimensão e forma: “são cerca de 400 obras numa coletânea que reúne pinturas, colagens, vídeos, esculturas, instalações, de artistas brasileiros e africanos, sendo a maioria formada por mulheres negras”.

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