Newsletter 29 – Janeiro/Fevereiro/Março de 2018

Nossa primeira edição de 2018 coincide com a inauguração do novo Portal literafro, que entrou no ar em meados de fevereiro, com um novo lay out, com mais praticidade para a navegação e a pesquisa, e muito mais conteúdo.
Como não poderia deixar de ser, literafro novidades 29 destaca em primeiro lugar a publicação de Cadernos Negros 40, atestado inequívoco da força criadora da vertente afro da literatura brasileira. O volume de 375 páginas recebe as considerações de Eduardo de Assis Duarte. E mais: Maria Firmina dos Reis retorna finalmente às livrarias com o volume de poesias Cantos à Beira-mar, seguido do conto “Gupeva”, ambos resenhados pela pesquisadora Jéssica Catharine; Fausto Antônio, inicia o ano com o volume duplo No reino da carapinha / Memórias dos meus carvoeiros, narrativas destinadas ao público infantojuvenil analisadas por Fernanda Figueiredo e Laura Oliveira; Elio Ferreira nos traz Poesia negra, vigoroso estudo crítico sobre Solano Trindade e Langston Hughes, objeto das reflexões do crítico Roland Walter; e o poeta Aciomar de Oliveira tem seu ensaio crítico Entre o dilema e o silenciamento, abordando Lima Barreto e João do Rio, resenhado por Harion Custódio. Boa leitura!

 

Cadernos Negros 40

Marco importante de uma trajetória vitoriosa iniciada em 1978, em plena ditadura civil-militar, a série Cadernos Negros chega à sua quadragésima edição com um portentoso volume reunindo contos de 42 autores – 21 homens e 21 mulheres. Estão presentes nomes conhecidos como Márcio Barbosa, Miriam Alves, Cuti, Esmeralda Ribeiro, Sacolinha, Lepê Correia e Cristiane Sobral, unidos a uma plêiade de jovens que faz dos Cadernos ponto de confluência de pelo menos três gerações. Marcado pela diversidade de temas e procedimentos construtivos, o livro é objeto da leitura atenta de Eduardo de Assis Duarte.

 

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Maria Firmina dos Reis

Maria Firmina dos Reis, primeira autora de um romance abolicionista em língua portuguesa, vem recebendo tardiamente a atenção que merece da crítica. Cantos à beira-mar, volume de poesias esgotado há décadas, acaba de ganhar nova edição, organizada pela pesquisadora Dilercy Adler e acompanhada do conto indianista “Gupeva”. É um alento para os leitores e pesquisadores dos primórdios de nossas letras. O volume é resenhado por Jéssica Catharine, estudiosa da escritora maranhense.

                       

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Fausto Antônio

Poeta, dramaturgo, ficcionista, crítico – muitas são as facetas desse criador incansável que vem a ser Fausto Antônio. Seu trabalho mais recente reúne duas narrativas voltadas para o público infantojuvenil – No reino da carapinha e Memórias dos meus carvoeiros – reunidas de forma criativa num só volume. Memória, ancestralidade e enfoque crítico da condição afrodescendente convivem com uma linguagem leve e fluente destinada a cativar jovens de todas as idades. As narrativas recebem a leitura das pesquisadoras Fernanda Figueiredo e Laura Oliveira.

                                                                                         

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Elio Ferreira de Souza

Conhecido também como poeta e performer, o piauiense Elio Ferreira de Souza cultiva também a pesquisa e a crítica, sendo um dos responsáveis pelo regate dos escritos de Esperança Garcia, pioneira da escrita feminina no Brasil. Seu trabalho mais recente - Poesia negra - faz instigante exercício de literatura comparada ao cotejar a produção do brasileiro Solano Trindade com a do estadunidense Langston Hughes. O alentado volume de 305 páginas é objeto das reflexões do crítico Roland Walter.

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Aciomar de Oliveira

Poeta com incursões pela prosa infantojuvenil e pela crítica, Aciomar de Oliveira traz a público Entre o dilema e o silenciamento, volume resultante de sua pesquisa de Mestrado. O autor aborda a produção cronística de dois monumentos de nossa literatura de inícios do século XX: Lima Barreto e João do Rio, que têm seus textos estudados a partir das relações entre etnicidade, memória e poder. O novo livro é analisado pelo pesquisador Harion Custódio.

 

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Newsletter 28 – Outubro/Novembro/Dezembro de 2017

A última edição de 2017 traz resenhas e apresentações de lançamentos de relevo no panorama afro-literário do segundo semestre e, quiçá, do ano inteiro. Conceição Evaristo tem revelados os bastidores do diálogo com suas parceiras através das Cartas negras, até então inéditas; o decano Oswaldo de Camargo comparece com Luz & breu, sua mais recente coletânea poética; Cristiane Sobral comprova a maturidade de sua poesia no volume Terra preta, onde o lirismo mais tocante dialoga com os cantos de resistência que caracterizam seus escritos; Regina Dalcastagnè e Laeticia Jensen Eble apresentam o volume crítico Literatura e exclusão, densa coletânea de estudos sobre as margens na literatura brasileira contemporânea. E Eliane Debus nos traz A temática da cultura africana e afro-brasileira na literatura para crianças e jovens, precioso trabalho crítico voltado para a educação literária.

 

Conceição Evaristo

Publicadas num belo volume distribuído aos visitantes da “Ocupação Conceição Evaristo”, realizada pelo Itaú Cultural no primeiro semestre, as Cartas negras resultam de uma iniciativa de Conceição Evaristo nos anos 1990, momento em que a presença feminina ganha força na literatura afro-brasileira. Projeto de reflexão sobre a escrita – e a vivência – de mulheres negras que, cada vez mais, se propunham a “tomar a palavra”; e projeto agora retomado com a presença das “vozes-mulheres” do século XXI. O volume traz ainda um encarte com trechos do diário de Joana Evaristo, mãe da autora, e recebe as considerações dos críticos Gustavo Tanus e Thamyris Rodrigues.

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Oswaldo de Camargo

Oswaldo de Camargo é presença de relevo na literatura afro-brasileira desde meados do século passado, quando estreia ainda jovem na cena literária da Pauliceia. O autor dá mostras do vigor de sua poesia com seu mais recente trabalho, Luz & breu, bela coletânea de escritos do passado e do presente, que recebe as considerações do crítico e também poeta Edimilson de Almeida Pereira.

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Cristiane Sobral

Poeta, dramaturga e atriz, Cristiane Sobral tem seu nome reconhecido pela crítica e pelos leitores das diversas edições de seus livros anteriores, a exemplo do já consagrado Não vou mais lavar os pratos. A autora retoma seu estilo marcado pelo lirismo em muitos momentos contundente, mas sem perder a ternura, nos poemas do novo livro – Terra preta –, que motiva as considerações do crítico Luiz Henrique Silva de Oliveira.

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Regina Dalcastagnè / Laeticia Jensen Eble

O trabalho do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, da Universidade de Brasília, tem seus méritos e contribuições críticas reconhecidos em toda a comunidade acadêmica do país, e não apenas em função do periódico que hoje é referência para os estudos da área. Para além dos inúmeros livros, artigos, teses e dissertações que vem produzindo, o grupo traz a público a coletânea de ensaios Literatura e exclusão, organizada por Regina Dalcastagnè e Laeticia Jensen Eble, trabalho imprescindível para se repensar a história da literatura brasileira.

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Eliane Debus

Incansável educadora e pesquisadora voltada para a literatura infantil e infantojuvenil afro-brasileira, Eliane Debus apresenta em seu novo livro – A temática da cultura africana e afro-brasileira na literatura para crianças e jovens – leituras preciosas de quatro autores negros dedicados a esta vertente de nossas letras: Joel Rufino dos Santos, Júlio Emílio Braz, Rogério Andrade Barbosa e Georgina Martins. O livro é parte do esforço em capacitar nosso sistema de ensino para a correta aplicação da Lei 10.639 e recebe as reflexões do pesquisador e crítico Paulo Vinicius Baptista da Silva.

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Newsletter 27 – Agosto/setembro de 2017

Nosso número 27 destaca a 6ª edição de Úrsula, da afro-maranhense Maria Firmina dos Reis – primeira mulher a escrever um romance abolicionista em toda a língua portuguesa. Publicado inicialmente em 1859, o livro passou mais de 100 anos no esquecimento e vem despertando grande interesse por seu pioneirismo. literafro novidades traz também Na minha pele, o novo livro de Lázaro Ramos, misto de escrita de si e reflexão sobre a condição do negro em nosso país; e ainda: Canções de amor e dengo, incursão lírica e tocante de Cidinha da Silva pelos caminhos da poesia; os poemas polifônicos de Resiliência – bela reunião de versos-vozes de Aciomar de Oliveira; e a vibrante homenagem à mulher afro-brasileira presente no volume Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis, de Jarid Arraes.

 

Maria Firmina dos Reis

Primeira mulher a publicar um romance abolicionista em todo o campo da lusofonia, a maranhense Maria Firmina dos Reis vem cada vez mais despertando a atenção da crítica. Mulher de seu tempo e de seu país, sua obra dialoga com o que de mais contemporâneo havia no contexto do movimento abolicionista na Europa e nas Américas. A nova edição de Úrsula contém detalhada contextualização histórica, além de novo posfácio de Eduardo de Assis Duarte, e recebe as observações da pesquisadora Laísa Marra.

 

 

 

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Lázaro Ramos

Ator reconhecido internacionalmente por suas performances no teatro, no cinema, e em produções de sucesso na TV, Lázaro Ramos dá um salto ousado em 2017: Na minha pele, narrativa de si mesclada a uma densa reflexão sobre sua condição de homem negro em processo de construção identitária na sociedade brasileira do século XXI. Autor de dois livros infantis praticamente esgotados, Lázaro Ramos parte de uma infância idílica na Bahia para refletir sobre seus embates com o preconceito e discriminação. O livro recebe as observações de Glauciane Santos.

 

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Cidinha de Silva

Autora prolífica, com 11 livros publicados nos últimos 11 anos, Cidinha da Silva inova em 2017 com Canções de amor e dengo: em lugar da crônica muitas vezes ácida com que narra a violência e a miséria, entre outros temas da atualidade; ou do conto denso, pleno de sentidos, marcado pela ironia; seus leitores vão encontrar uma inédita incursão pela experiência com a palavra poética. E para tratar do afeto, “cada vez mais raro na poesia brasileira contemporânea”, no dizer do crítico Emerson Inácio, que apresenta o novo livro aos nossos leitores.

 

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Aciomar de Oliveira

Autor que vem experiências bem sucedidas na poesia e na narrativa infantil, Aciomar de Oliveira traz a público Resiliência #Diálogos de facebook, coletânea poética plena de novos lampejos da lírica dialógica já presente em seu livro de estreia. O poeta articula falas e vozes de distintos lugares num coro marcado por sínteses que remetem aos mestres da poesia oriental. Seu livro é objeto das reflexões do crítico e também poeta Marcos Fabrício Lopes da Silva.

 

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Jarid Arraes

A literatura de Cordel, presente na cultura brasileira desde a colonização, dada a empatia exercida pela tradição oral, faz-se cada vez mais presente entre a juventude adepta do Slam e dos duelos de MCs. Nesse contexto, a poeta Jarid Arraes vem cumprindo importante papel ao recuperar essa tradição centenária, trazendo-a para os grandes centros. Seu novo trabalho, Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis, homenageia figuras históricas e recebe as apreciações de Bruna Carla dos Santos e Alen Silva.

 

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