Público entenderá um pouco mais sobre a produção editorial do poeta Cleber Teixeira, em aula com o curador Flávio Vignoli

Próxima quinta-feira, 14 de junho, o Centro de Memória da Faculdade de Letras encerra a exposição Cleber Teixeira e a Editora Noa Noa com as vitrines abertas e uma conversa com o curador Flávio Vignoli, às 19h, no espaço expositivo do Centro, que fica no segundo andar da Faculdade.

A memória impressa do aprendizado do poeta, escritor e tipógrafo Cleber Teixeira foi apresentada, na exposição, aberta desde o dia 3 de abril. A aula aberta é fruto de uma parceria entre o Centro de Memória da Faculdade de Letras (Fale) e o Gabinete do Livro, iniciativa inspirada em um espaço da biblioteca ideal que promove mostras de edições especiais, e deve se tornar uma prática ao final de cada exposição promovida pelo Gabinete do Livro.

Trinta e uma obras divididas em: livros do próprio poeta tipógrafo, livros de outros escritores brasileiros e estrangeiros, livros de poesia e, na sua maior parte, traduções – muitas delas feitas pelo poeta Augusto de Campos, compuseram a exposição.

“A história da Editora Noa Noa é uma espécie de memória impressa do aprendizado do poeta Cleber Teixeira, de sua educação de escritor e, em suas próprias palavras, um ‘mergulho profundo que diz respeito à criação literária, à manufatura do livro’. Sempre o livro como um poema de amor ao livro, às artes gráficas e à tipografia. Não foi Augusto de Campos quem chamou Cleber Teixeira de poeta da edição?”, afirma Flávio Vignoli, no texto de curadoria.

Outras informações podem ser adquiridas pelo telefone do Centro de Memória 3409-5108, pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.. Acesse o texto completo no site da Fale.

Cleber Teixeira e Noa Noa

Além de poeta e editor, Cleber Teixeira era também tipógrafo e impressor dos livros da Editora Noa Noa. Os livros da editora Noa Noa – nome retirado do livro de Paul Gauguin, e que significa terra perfumada – têm este encantamento do lugar do gesto da tipografia, da mão do tipógrafo. E Cleber Teixeira tinha consciência de que o processo de composição manual proporcionava este convívio físico, quase uma relação íntima, com os poetas que estava editando.

Sobre o Gabinete do Livro

O Gabinete do Livro, iniciativa que promove mostras de edições especiais, tem em seus seis anos de atividade oito exposições realizadas no âmbito do projeto Museu Vivo Memória Gráfica. Dele saíram mostras dedicadas à extravagante coleção Cattleya Alba da Confraria de Bibliófilos Brasileiros, à editora Noa Noa, para qual criação poética e produção tipográfica são aspectos indissociáveis, aos sóbrios livros impressos em tipografia pelas mãos do poeta João Cabral de Melo Neto, às aventuras editoriais de Gastão de Holanda e Aloísio Magalhães em O gráfico amador. Todas elas, coleções que compõem o acervo da Tipografia do Zé.

O autor irá expor suas reflexões sobre os sintomas da vítima contemporânea

Na próxima quinta-feira, 7, a Faculdade de Letras (Fale) recebe, no auditório 1007, a palestra Crítica da Vítima, proferida pelo professor e escritor italiano, Daniele Giglioli, às 14h.

Giglioli, que ensina Literatura Comparada na Universidade de Bergamo, na Itália, abordará algumas reflexões feitas em seu livro Critica della vittima, publicado em 2015, pela Editora Âyiné. Na obra, o autor analisa, da política aos costumes, da história à literatura, do direito à psicologia, os sintomas da vítima contemporânea que é, de acordo com o professor, transformada em “herói do nosso tempo”.

O autor investiga a origem da ideologia da vítima e a consolidação de uma estratégia de lamúrias que divide a sociedade em réus e vítimas, vítimas e algozes: “entre suas manifestações, a celebração obsessiva da memória, a crença humanitária que mantém ‘indefesos os desarmados’ e ‘deixa intactos os arsenais dos fortes’”, afirma.

Com base nas teorias dos filósofos Kant, Focault e Proust, bem como em acontecimentos históricos, como a Revolução Fancesa, Holocausto, Guerra do Vietnã, Giglioli afirma que: “Ser vítima dá prestígio, exige atenção, promete e promove reconhecimento, ativa um potente gerador de identidade, direitos e autoestima. Imuniza contra qualquer crítica, garante inocência para além de qualquer dúvida razoável”. O autor diz dedicar o livro às vítimas que querem se livrar dessa condição.

A palestra será apresentada em italiano com projeção do texto em português. Não é necessário fazer inscrição prévia.

Traduzido por Pedro Fonseca, a obra Crítica da Vítima tem 177 páginas e pode ser adquirida pelo site da editora. O investimento é de R$ 39 (versão impressa) e R$ 12 (ebook).

Patrizia Bastianetto abordará a prática do trabalho de tradução e o trabalho do tradutor, em palestra gratuita, que integra a programação do Letras Debate


Tradução simultânea será um dos tema abordados

O último Letras Debate do primeiro semestre de 2018 ocorrerá no próximo sábado, dia 26 de maio, das 10h às 12h, no auditório 1007, da Faculdade de Letras (Fale). Patrizia Bastianetto, professora de Italiano da Fale, vai levar os ouvintes a entrar em contato com a vida real do tradutor, isto é, como se dá, na prática, a atividade de tradução, na palestra A tradução interlinguística oral e escrita.

De acordo com Bastianetto, serão mostrados os diversos campos de atuação do tradutor, seja em tradução oral, seja em tradução escrita. A tradução oral pode ser simultânea feita com aparelhagem e em cabine; ou pode ser uma tradução consecutiva, que envolve memória e recodificação das estruturas usadas pelo falante estrangeiro. A tradução escrita inclui também diversos tipos, como a tradução técnica, a tradução literária e a legendagem de filmes, cada tipo com suas especificidades: “Mas uma coisa todos têm em comum: a busca pela legibilidade, ou seja, o objetivo de transposição da mensagem para a língua do ouvinte da forma mais clara e natural possível. Isso nem sempre é fácil e óbvio, e há várias armadilhas, por exemplo, como traduzir provérbios, referências culturais ou jogos de palavras?”, afirma.

A professora assinala, ainda, que essa e tantas outras questões são pontos aos quais o tradutor deve estar atento, para que o leitor ou ouvinte possa entender o texto estrangeiro da forma mais natural na língua de chegada, e ao mesmo tempo da forma mais aderente ao texto na língua de partida. Assim, serão apresentados os diversos tipos de tradução, as modalidades tradutórias possíveis, os desafios linguísticos e os recursos para a pesquisa lexical, visando à compreensão, pelo destinatário, do texto traduzido.

A atividade é gratuita. Para participar, os interessados deverão realizar inscrição, no site do Letras Debate. Haverá emissão de certificados e as vagas são limitadas. Mais informações podem ser obtidas pelo site do evento, pelo facebook ou pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

O Letras Debate ocorre ao longo do ano, nas manhãs dos sábados, com o propósito de oferecer aos estudantes a oportunidade de ouvir e de participar de palestras, mesas-redondas, seminários, workshops e outras atividades, bem como trazer novas perspectivas de atuação do profissional de Letras, no mercado de trabalho.

Além disso, o evento é uma excelente oportunidade para que os alunos integralizem os créditos das Atividades Acadêmicas Científico-culturais (AACC), exigidas pelo Projeto Pedagógico da Faculdade de Letras.

Sobre Patrizia Bastianetto

Graduada em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais em Língua Italiana e Portuguesa com mestrado em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutorado em Letras pela Universidade de São Paulo - USP (2004). Professora na Faculdade de Letras onde leciona nas Áreas de Italiano e Tradução. Intérprete e tradutora, tradutora credenciada junto ao Consulado da Itália em Belo Horizonte. Publicou livros, tradução de livros, capítulos de livros e artigos sobre Tradução e Interpretação, ensino/aprendizagem da Língua Italiana, Linguística Contrastiva, Legibilidade textual e manutenção argumentativa em textos traduzidos. Tem pesquisa no âmbito dos Estudos da Tradução e da Legibilidade em textos traduzidos.

Tendo em vista a dificuldade de locomoção por que passa o país, a palestra do Letras Debate sobre Tradução foi cancelada no próximo dia 26 de maio, e será reagendada para uma data futura, que será posteriormente comunicada a todos. Agradecemos a compreensão e esperamos contar com todos nos próximos eventos do Letras Debate.

Durante o Encontro será realizada homenagem aos professores fundadores da APEMG, em comemoração aos seus 30 anos

Reforma do Ensino Médio será um dos temas debatidos durante o Encontro

Nos dias 18 de 19 de maio, a Faculdade de Letras (Fale) sedia o 12º Encuentro de Profesionales de Español de Minas Gerais, o 7º Seminário APEMG e o 1º Encuentro de Profesores de Español del Sudeste.

Os eventos têm o objetivo de reunir pesquisadores, professores de língua espanhola e estudantes de Letras de toda região sudeste para que se possa refletir sobre temas da área do Espanhol, como, por exemplo, a retirada do espanhol do ensino médio e a discussão de políticas públicas no ensino de línguas estrangeiras, tendo em conta a Lei nº 13.415/2017, que muda as regras da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

Além disso, é uma excelente oportunidade para que os professores de educação básica tenham contato com estudos e pesquisas recentes da área, para o fortalecimento de grupos de pesquisa e os projetos desenvolvidos nos programas de pós-graduação e para a articulação de diferentes propostas teóricas e práticas na área do ensino de espanhol.

Durante o Encontro será feita uma homenagem aos professores fundadores da Associação dos Professores de Espanhol de Minas Gerais (APEMG), já que no dia 13 de maio a Associação completa 30 anos.

No dia 15 de maio, terça-feira, às 14h, o professor Rogelio Nazar, da Universidade Católica de Valparaíso, do Chile, realizará a conferência Inducción automática de taxonomías de sustantivos generales y especializados a partir de corpus textuales desde el enfoque de la lingüística cuantitativa, no auditório 2003, como parte da programação do Encontro.

A abertura será realizada das 19h às 21h, no auditório 1007, no dia 18 de maio, com a conferência Aprender espanhol com mulheres latino-americanas pode ser uma boa, proferida pela professora Márcia Paraquett, da Universidade Federal da Bahia (UFBa).

Professora Márcia Paraquett, da Universidade Federal da Bahia (UFBa)

Toda a programação, bem como todas as informações sobre o evento, pode ser consultada no site do Encontro ou pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

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cenex    CEFALE SAEL

PÓS-GRADUAÇÃO