Um dos grupos de trabalhos será coordenado pelo professor Matheus Trevizam, da Fale

De 24 a 26 de outubro, a Universidade Vale do Rio Verde (UninCor) realiza o 8º Encontro Tricordiano de Linguística e Literatura, reunião científica anual da Universidade criada com o objetivo de fomentar a troca de experiências com pesquisadores de outras Instituições de Ensino Superior e Centros de Pesquisa de todo o país.

Em sua oitava edição, o Encontro Tricordiano de Linguística e Literatura contará com minicursos, oficinas, Grupos de Trabalhos (GTs) e apresentação de comunicações de pesquisadores e estudantes de todo país, além de lançamento de livros.

Na ocasião, o professor Matheus Trevizam, da Faculdade de Letras (Fale), da UFMG, irá coordenar o Grupo de Trabalho com o título Poesia, fabulação e história na antiguidade. Para participar, os estudantes e professores de literatura grega ou latina interessados devem se inscrever na página do evento.

A proposta do professor é acolher comunicações em nexo estrito com obras greco-romanas, tendo como foco essencial o debate a respeito da constituição poética de mundos um tanto independentes das vicissitudes históricas. O pano de fundo da discussão será o reconhecimento das diferenças entre modelos de escrita mais (historiografia) ou menos (poesia) aderentes à concretude dos “fatos”. Toda a proposta do grupo pode ser acessada na página do evento.

Sobre o professor Matheus Trevizam

Bacharel e licenciado em Letras pela Universidade de Campinas (Unicamp), mestre e doutor em Linguística pela mesma Instituição. Atualmente é professor associado II na Faculdade de Letras da UFMG. Interessa-se por questões de gêneros literários e incorporação temática de tópicos culturais de relevância na Antiguidade. Traduziu integralmente Ovídio ('Ars amatoria'), Varrão ('De re rustica') e Catão ('De agri cultura'). É membro do NEAM ('Núcleo de Estudos Antigos e Medievais' da FALE/ FAFICH-UFMG) e líder do Grupo de Pesquisa 'Tradução e Estudo da Literatura Técnica e Didática Romana' (FALE-UFMG). Idealizador, com o prof. Dr. Paulo Sérgio de Vasconcellos, da Coleção 'Bibliotheca Latina', acolhida pela Editora da Unicamp, que conta com a previsão de aproximadamente dezenove títulos sobre os gêneros da Literatura Clássica romana.

Quem adota um espaço de dores, de insurreição e ressurreição de horrores aclamados?

 Quem se dispõe a ouvir, in vozes, a maquinaria cênica de um círculo relegado a loucos, moucos e poucos que proclamam a tortura de Prometeu, os crimes de Atreu e a revolta das Antígonas e Medeias de todos os tempos?

Tímele descuidada, desamparada, esgotada, vomitada, repleta de guimbas, bitucas, puchos, embalagens, copos plásticos, cacos de vidro, garrafas, restos que não havia em priscas eras...

Quem adota, em parceria com Truπersa, NELAP, GTT, NEAM, Neia, PLTA e Mayombe, o anfiteatro da Letras, para fazê-lo olímpico, com deuses renascidos dos sonhos e textos de Ésquilo, Sófocles, Eurípides, Plauto, Molière, Shakespeare, Nelson Rodrigues, Griselda Gambaro, Racine, Dario Fo, Franca Rame, Calderón de la Barca, Goethe, Juan Radrigán, Plínio Marcos...

Quem? Hein?

Campanha de manutenção do Teatro da Letras: se você vir sujeira no local, papel, guimba, plástico, preservativo, por favor, recolha... O espaço é de todos, é lindo e assim deve manter-se... A beleza salvará o mundo!

Público entenderá um pouco mais sobre a produção editorial do poeta Cleber Teixeira, em aula com o curador Flávio Vignoli

Próxima quinta-feira, 14 de junho, o Centro de Memória da Faculdade de Letras encerra a exposição Cleber Teixeira e a Editora Noa Noa com as vitrines abertas e uma conversa com o curador Flávio Vignoli, às 19h, no espaço expositivo do Centro, que fica no segundo andar da Faculdade.

A memória impressa do aprendizado do poeta, escritor e tipógrafo Cleber Teixeira foi apresentada, na exposição, aberta desde o dia 3 de abril. A aula aberta é fruto de uma parceria entre o Centro de Memória da Faculdade de Letras (Fale) e o Gabinete do Livro, iniciativa inspirada em um espaço da biblioteca ideal que promove mostras de edições especiais, e deve se tornar uma prática ao final de cada exposição promovida pelo Gabinete do Livro.

Trinta e uma obras divididas em: livros do próprio poeta tipógrafo, livros de outros escritores brasileiros e estrangeiros, livros de poesia e, na sua maior parte, traduções – muitas delas feitas pelo poeta Augusto de Campos, compuseram a exposição.

“A história da Editora Noa Noa é uma espécie de memória impressa do aprendizado do poeta Cleber Teixeira, de sua educação de escritor e, em suas próprias palavras, um ‘mergulho profundo que diz respeito à criação literária, à manufatura do livro’. Sempre o livro como um poema de amor ao livro, às artes gráficas e à tipografia. Não foi Augusto de Campos quem chamou Cleber Teixeira de poeta da edição?”, afirma Flávio Vignoli, no texto de curadoria.

Outras informações podem ser adquiridas pelo telefone do Centro de Memória 3409-5108, pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.. Acesse o texto completo no site da Fale.

Cleber Teixeira e Noa Noa

Além de poeta e editor, Cleber Teixeira era também tipógrafo e impressor dos livros da Editora Noa Noa. Os livros da editora Noa Noa – nome retirado do livro de Paul Gauguin, e que significa terra perfumada – têm este encantamento do lugar do gesto da tipografia, da mão do tipógrafo. E Cleber Teixeira tinha consciência de que o processo de composição manual proporcionava este convívio físico, quase uma relação íntima, com os poetas que estava editando.

Sobre o Gabinete do Livro

O Gabinete do Livro, iniciativa que promove mostras de edições especiais, tem em seus seis anos de atividade oito exposições realizadas no âmbito do projeto Museu Vivo Memória Gráfica. Dele saíram mostras dedicadas à extravagante coleção Cattleya Alba da Confraria de Bibliófilos Brasileiros, à editora Noa Noa, para qual criação poética e produção tipográfica são aspectos indissociáveis, aos sóbrios livros impressos em tipografia pelas mãos do poeta João Cabral de Melo Neto, às aventuras editoriais de Gastão de Holanda e Aloísio Magalhães em O gráfico amador. Todas elas, coleções que compõem o acervo da Tipografia do Zé.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assistência Estudantil (FONAPRACE) estão realizando a quinta edição da Pesquisa do Perfil Socioeconômico dos Estudantes das Instituições Federais de Ensino Superior. Os dados, coletados durante o período de matrícula para o primeiro semestre de 2018, são fundamentais por gerarem subsídios para políticas públicas e diagnóstico de como está constituído o corpo discente das instituições federais de Ensino Superior, com a finalidade de auxiliar, sobretudo, nas demandas de assistência estudantil.

A principal inovação desta Pesquisa, considerando a edição anterior, é que ela será censitária, ou seja, todos os estudantes das IFES serão convidados a participar, o que contribuirá para o conhecimento do perfil mais exato possível dos graduandos ativos nos cursos presenciais do país. Os dados serão mantidos em segurança, sob total sigilo, e informações pessoais, como Nome, CPF e e-mail, serão utilizadas apenas para identificação no acesso à plataforma da pesquisa.

Participe! 

(Texto extraído do site oficial da Pesquisa)

O autor irá expor suas reflexões sobre os sintomas da vítima contemporânea

Na próxima quinta-feira, 7, a Faculdade de Letras (Fale) recebe, no auditório 1007, a palestra Crítica da Vítima, proferida pelo professor e escritor italiano, Daniele Giglioli, às 14h.

Giglioli, que ensina Literatura Comparada na Universidade de Bergamo, na Itália, abordará algumas reflexões feitas em seu livro Critica della vittima, publicado em 2015, pela Editora Âyiné. Na obra, o autor analisa, da política aos costumes, da história à literatura, do direito à psicologia, os sintomas da vítima contemporânea que é, de acordo com o professor, transformada em “herói do nosso tempo”.

O autor investiga a origem da ideologia da vítima e a consolidação de uma estratégia de lamúrias que divide a sociedade em réus e vítimas, vítimas e algozes: “entre suas manifestações, a celebração obsessiva da memória, a crença humanitária que mantém ‘indefesos os desarmados’ e ‘deixa intactos os arsenais dos fortes’”, afirma.

Com base nas teorias dos filósofos Kant, Focault e Proust, bem como em acontecimentos históricos, como a Revolução Fancesa, Holocausto, Guerra do Vietnã, Giglioli afirma que: “Ser vítima dá prestígio, exige atenção, promete e promove reconhecimento, ativa um potente gerador de identidade, direitos e autoestima. Imuniza contra qualquer crítica, garante inocência para além de qualquer dúvida razoável”. O autor diz dedicar o livro às vítimas que querem se livrar dessa condição.

A palestra será apresentada em italiano com projeção do texto em português. Não é necessário fazer inscrição prévia.

Traduzido por Pedro Fonseca, a obra Crítica da Vítima tem 177 páginas e pode ser adquirida pelo site da editora. O investimento é de R$ 39 (versão impressa) e R$ 12 (ebook).

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