O evento contará com homenagens, apresentação teatral e exibição de vídeo comemorativo

O ano de 2018 marca o aniversário de 50 anos de fundação da Faculdade de Letras (Fale) da UFMG. No dia 26 de novembro, em 1968, a Fale desmembrou-se da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFI), que antes abrigava o curso de Letras criado no ano de 1939, por intelectuais mineiros, em sua maioria vinculados ao Colégio Marconi.

Em fevereiro de 1969, Ângela Vaz Leão, foi nomeada a primeira diretora, e agraciada, posteriormente, com o título de Professora Emérita desta Faculdade, em 1990. Durante suas décadas de existência, o curso de Letras funcionou em diversos endereços para, somente em 1983, fixar localização em sede própria, no Campus da Pampulha.

Atualmente, a Fale oferece, nos turnos da manhã e da noite, diversas habilitações em Licenciatura e Bacharelado. Os programas de pós-graducação contemplam as áreas da Linguística (Programa de Pós-Graduação em Linguística – Poslin) e da Literatura (Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários – Pós-Lit). Em 2013, foi criado o ProfLetras (Programa de Mestrado Profissional em Letras).

Foi também no ano de 2013 que a Faculdade alcançou o patamar de 8 mil alunos formados desde sua criação em 1941, quando se iniciavam os cursos de Letras Clássicas e de Letras Neolatinas.

 

Solenidade de abertura

No dia 16 de outubro, terça-feira, ocorrerá uma cerimônia de abertura das atividades comemorativas. Nesse mesmo evento, serão homeageadas grandes nomes que contribuíram para a construção da história da Fale, dentre os quais estarão ex-diretores, representantes das câmaras e de todos os setores da Faculdade e servidores recém-aposentados. A solenidade inicia-se às 19h no Centro de Atividades Didáticas de Ciências Humanas (CAD2).

Além das homenagens citadas, será exibido um vídeo comemorativo, produzido pelo Setor de Comunicação da Fale, durante o qual falaram o professor Jacyntho Lins Brandão e a professora Ângela Vaz Leão. O evento também será composto pela apresentação do Grupo de Contação de História, cujo coordenador é Marcos Alexandre, e que relatará a história da Fale desde a sua fundação.

As atividades comemorativos se extenderão até março de 2019.

Selo comemorativo

Para as comemorações foi criado, pela artista gráfica Tâmara Martins, um selo comemorativo em 2018, com a proposta de fazer alusão à flor de lis, símbolo que surgiu com Luís XVII, na França, sendo adotada nas Cruzadas, simbolizando a fé, a sabedoria e o valor. No curso de Letras, ela simboliza a articulação entre três grandes áreas: a linguística, a literatura e a gramática, representadas pelas pétala da flor.

Poeta mineiro será homenageado em exposição de poemas no Centro de Memória da Fale

 Com equipe de organização composta por Kaio Carvalho Carmona, Myriam Corrêa de Araújo Ávila e Rômulo Monte Alto, e com o apoio do Acervo de Escritores Mineiros da UFMG e do Centro de Memória da FALE, a Jornada Affonso Ávila – 90 anos carrega a missão de ilustrar o retrato de um dos poetas mais importantes da cena vanguardista brasileira. O evento será composto por debates e premiações referentes aos concursos de fotografia e de leitura de poemas, que serão realizados no Auditório Bicalho da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), no dia 24 de outubro a partir das 9h. Já a exposição dos poemas de Affonso, e de outros poetas, pode ser conferida entre os dias 17 de outubro e 14 de novembro no Centro de Memória da Fale.

É fazendo jus à palavra “jornada”que essas atividades buscam perspectivas diversas sobre a personalidade e produção literária do artista. Nascido em Belo Horizonte no ano de 1928, Affonso construiria sua escrita voltando-se para a singularização do cotidiano nacional e mineiro. Quando, em 1953, ele publica seu primeiro livro, O açude e sonetos da descoberta, já era notável a poesia descritiva voltada para a musicalidade da linguagem.

Ao lado da esposa Laís Corrêa de Araújo, Affonso Ávila passaria a atuar na vanguarda póetica brasiliera do século XX, valorizando o lado estético em conjunto com uma postura crítica, que pode ser observada em poemas a partir dos anos 60. A quebra de padrões seria abertamente defendida durante a Semana Nacional de Poesia de Vanguarda, em 1963, por integrantes do movimento da Poesia Concreta e da revista mineira Tendência. O evento, organizado por Affonso Ávila a pedido de Orlando de Carvalho, então reitor da UFMG, visava a junção entre as experimentações estéticas e “uma intervenção crítica na realidade”, segundo Maria Esther Maciel em O Pathos da Lucidez: a trajetória póetico-intelectual de Laís Corrêa de Araújo.

A visão crítica e de combate acompanha Affonso Ávila nos anos seguintes, como aponta Kaio Carmona em sua tese 26 Poetas Ontem: Belo Horizonte Literária. O estudioso destaca o livro Código Nacional de Trânsito (1972), que apresenta poemas de escrita valente, conciliada ao rigor técnico, em meio à censura da Ditadura Militar brasileira.

Palestras e exposição

Será possível entrar em contato com a escrita de Affonso Ávila e de outros artistas durante a exposição, em acetato, de diversos poemas no Centro de Memória da Fale a partir do dia 17 de outubro. Rogério Barbosa, professor do Departamento de Linguagem e Teconologia do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), falará na abertura da exposição. Dentre os nomes que terão seus textos à mostra, estão Laís Corrêa Araújo, Henri Corrêa Araújo, Décio Pignatari, Augusto e Haroldo de Campos, Márcio Sampaio, José Lino Grunewald, José Paulo Paes e Ronaldo Azeredo. Os poemas de Affonso, que estarão disponíveis para o público que visitar a exposição, são Carta sôbre a usura 1, Carta sôbre a usura 2 e Os híbridos 3.

Já a programação do dia 24 de outubro inicia-se com uma cerimônia de abertura, às 9h00, durante a qual falará Maria Zilda Cury, coordenadora do Programa de Pós- Graduação em Estudos Literários da FALE/UFMG. A primeira mesa da Jornada Affonso Ávila terá, como moderador, o Diretor do Acervo de Escritores Mineiros, Leandro G. Rodrigues, e contemplará elementos afetivos e políticos relacionados à escrita de Affonso Ávila. Os convidados a ministrar essas palestras são Wander Melo Miranda, Cristina Ávila e Eneida Maria de Souza, que abordarão, respectivamente, os seguintes temas: Resíduos a céu aberto, Memória histórico-afetiva do acervo Affonso Ávila, Escrita poética e ofício político no governo JK.

A segunda mesa, que se inicia às 14h00, será moderada por Rômulo Monte Alto, professor da Fale. A produção artística de Affonso Ávila será perscrutada a partir de ângulos que enfocam as formas poéticas criadas por ele, assim como a metodologia por trás dessa escrita. Os estudiosos que estarão à frente das discussões dessa mesa são Rafael Lovisi Prado, Carla Tomasi e Kaio Carmona. Rafael apresentará Affonso Ávila: dizer a mínima vida, enquanto Carla falará sobre A vida das formas poéticas: a estaticidade e a dinamicidade na obra do poeta-arquiteto Affonso Ávila. Na última palestra, Kaio explicará A poesia como método.

Através da projeção do poema Cromo, de autoria de Affonso Ávila, serão encerradas as apresentações que compõem a Jornada. O poema é narrado pela voz de Myriam Ávila, filha do homenageado. Após essa projeção, discentes de toda UFMG poderão participar do concurso de leitura de poemas inéditos de Affonso Ávila e também serão anunciados os vencedores do concurso de fotografias inspiradas por eses mesmos poemas inéditos.

Divido em duas partes, o livro aborda diversidade patrimonial e lexical.

Mesclando teorias e análises conceituais, Memória cultural e patrimônio, o primeiro volume da coleção Léxico Conceitual Brasil-Europa, será lançado no dia 19 de outubro, sexta-feira, às 18h. O evento ocorre na Livraria da Rua, localizada no número 913, da Rua Antônio de Albulquerque, na região da Savassi.

O conteúdo de Memória cultural e patrimônio compõe-se de um tom ensaístico, ainda que seja apresentada como uma obra colaborativa entre o Centro de Estudos Europeus (CEE) e os pesquisadores da Universidade de Bolonha (UNIBO). O livro, que se divide em duas partes, busca embasamento teórico para abordar aspectos relacionados a tribos indígenas como os yanomamis, perpassando a literatura escrita em Língua Portugesa e a arte barroca.

O enfoque da primeira parte é a história conceitual e lexical euro-brasileira e o da segunda são as questões relacionadas à diversidade da memória e do patrimônio culturais. Ivan Domingues (UFMG) e Roberto Vecchi (UNIBO) são os organizadores deste volume inicial.

Livro é resultado de colaboração entre CEE e pesquisadores da UNIBO
Fonte: Editora-Fino Traço

Estudantes de diversas habilitações participam das monitorias

Com o objetivo de promover a evolução de habilidades linguísticas, o Projeto Naili (Núcleo de Auto-Instrução em Língua Inglesa) foi criado no ano de 2015 pelas professoras Ana Larissa Marciotto e Andrea Machado. De acordo com a coordenadora do Núcleo, Climene Arruda, professora adjunta área de Língua Inglesa, da Faculdade de Letras (FALE), o Naili recebe estudantes da graduação em Inglês e de outras habilitações.

O projeto é organizado no formato de monitorias, que enfocam a oralidade, a pronúncia e o vocabulário dos estudantes. De segunda à quarta-feira, existem horários disponíveis no turno das 11h às 13h30 e das 17h às 18h30. As monitoras responsáveis são estudantes da graduação, mas os English
Teaching Assistants (ETA)
, das agências CAPES e Fullbright, também participam dos antendimentos àqueles que procuram os Culture Clubs e Conversation Clubs, também promovidos pelo Naili.

O apoio institucional, destinado ao Naili, é viabilizado através da Área de Inglês e do Colegiado de Graduação da FALE. É necessário marcar o horário de monitoria com antecedência pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

Culture Clubs e Conversation Clubs

Seguindo a postura pedagógica do Núcleo, esses clubs são organizados para que a comunidade acadêmica desenvolva fluência na língua inlgesa, além de discutir aspectos cultrais da América do Norte. A coordendora Climene Arruda afirma que a participação dos estudantes é expressiva.

Os Culture Clubs ocorrem mensalmente, já os Conversation Clubs acontecem semanalmente.

Livro foi escrito por Schlegel e procura pontos comuns entre o moderno e o antigo

Considerada uma obra essencial para a compreensão da problemática entre os antigos e modernos, Sobre o estudo da poesia grega (1797), de Friedrich Schlegel, foi traduzida por Constantino Luz de Medeiros, professor da Faculdade de Letras (FALE). A edição, que foi publicada pela Editora Iluminuras, é mais uma contribuição do professor para o conhecimento das fontes primárias do romantismo alemão.

Inserido em um debate secular, o livro foi escrito no formato de um ensaio e tem, dentre seus objetivos, demonstrar a trajetória histórica da formação da arte, descrever suas leis e encontrar o ponto de confluência entre o antigo e o moderno, de modo a incitar uma revolução estética. Essa mesma revolução influenciou a forma como se pensava a história, a crítica e a teoria da literatura, inaugurando, de certo modo, a modernidade literária.

Os temas abordados, nesta obra, por Schlegel surpreendem pela singularidade para a época em que foram escritos, como a estética do feio enquanto algo constitutivo da poética moderna, e a clara percepção de que a literatura que então despontava indicava algo inteiramente diverso. Para o autor, essa literatura caracteriza-se como reflexiva, problemática, subjetiva e filosófica, sendo também descrita como o caminho futuro para o que o crítico chama de poesia romântica, universal e progressiva.

Com estudo introdutório do Professor Constantino Luz de Medeiros, e apresentação do filósofo e professor Pedro Duarte (PUC-RIO), a obra encontra-se à venda no site da editora (www.iluminuras.com.br), assim como nas livrarias da UFMG.

 

Dados biográficos

Nascido em 1772, Friedrich Schlegel foi um dos líderes da primeira fase do Romantismo. Atuou como poeta, crítico literário, filósofo, além de ingressar para o serviço diplomático da Áustria.

FaLang translation system by Faboba

cenex    CEFALE SAEL

PÓS-GRADUAÇÃO