O Grupo de Pesquisa Retórica e Argumentação - FALE-FAFICH/UFMG-CNPq convida para a palestra 'Retórica e Valores'

Prof. Narbal de Marsillac (UFPB): Presidente eleito da SOCIEDADE BRASILEIRA D ERETÓRICA (2019-20). Possui graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (1996), mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC/RJ (1999), especialização em psicanálise pelo Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação - IBMR (2001) e doutorado em Filosofia pela Universidade Gama Filho - UGF (2003). Atualmente é professor associado da Universidade Federal da Paraíba - UFPB, vinculado ao Departamento de Filosofia e professor do curso de mestrado e doutorado em Ciências Jurídicas e em Filosofia da mesma instituição. Tem experiência como professor de Filosofia Geral e Jurídica, atuando principalmente nos seguintes temas: Ética, Retórica, Hermenêutica e Teorias da Argumentação, Filosofia do Direito, Direitos Humanos. Sócio-fundador da Sociedade Brasileira de Retórica - SBR e membro do Gt Filosofia e Direito e do Gt Filosofia e Pragmatismo Americano da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia - ANPOF. Desenvolve pesquisa que trata das relações entre Retórica, Filosofia, Psicanálise e Direitos Humanos. .

Dia  6 de novembro de 2018, às 18h
Local:  sala 312-CAD2/UFMG

O objetivo das Jornadas é  reunir, periodicamente, estudiosos de retórica e análise do discurso, docentes e discentes, a fim de divulgar os trabalhos desenvolvidos na UFMG e em outras instituições nacionais e internacionais, em diferentes áreas de conhecimento ligadas à retórica (filosofia, direito, letras, história, comunicação, entre outras). Buscamos promover o debate interdisciplinar, a partir da cooperação de diversos especialistas, além de dar  visibilidade a representantes dos principais grupos de retórica e áreas afins no Brasil, e, na medida do possível, a pesquisadores de universidades estrangeiras. O evento, promovido pelo Grupo de Pesquisa Retórica e Argumentação, é coordenado pelas professoras Maria Cecília de Miranda Nogueira Coelho (Presidente da Associação Latino-Americana de Retórica), da Fafich, e Helcira Maria Rodrigues de Lima (Presidente da Sociedade Brasileira de Retórica) , da Faculdade de Letras (Fale). As Jornadas começaram em 2014 e  foram interrompidas durante os períodos de afastamento para Pós-doutorado das coordenadoras, de 1/2016 a 1/2017, sendo retomadas em setembro de 2017, com palestras mensais durante o semestre letivo.

Além de palestras, o evento conta com presença de grupo de pesquisa da UnB

O ofício da tradução estará no centro dos debates, no dia 9 de novembro, durante o Colóquio organizado a partir da parceria entre o Laboratório Experimental de Tradução (LETRA), o Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PosLin) e Bacharelado em Estudos da Tradução . Com o tema Estudos da tradução baseados em corpus e formação de tradutores, o evento será composto por palestras que abordam diferentes nuances encontradas por tradutores. As atividades terão início às 9h20 e todas ocorrerão no prédio da Faculdade de Letras (Fale).

A primeira exposição, que será ministrada no auditório 1007, aborda a tradução de obras literárias e analisa a inserção de profissionais nesse mercado de trabalho. A professora da Universidade de Brasília (UnB), Dra. Carolina Barcellos, estará a frente dessa palestra.

Essa mesma palestrante encabeçará o Seminário a respeito da Literatura brasileira para exportação: estudo baseado em corpus sobre representação e subjetividade. O tema será discutido na presença dos pesquisadores do Grupo de Análise Textual e Tradução (GRANT), os quais também estarão presentes na reunião que ocorrerá antes do Seminário. Tal reunião visa o diálogo sobre a possibilidade de uma parceria com o grupo do Corpus Multilíngue para Pesquisas em Línguas Estrangeiras, Tradução e Terminologia (COMPLETT).

Não é necessária inscrição para os alunos e professores interessados em participar do colóquio.

 

COMPLETT e GRANT

Fundado no ano de 2016, o COMPLETT é um grupo de pesquisa da UnB que  apresenta-se com o objetivo de tornar disponíveis textos de variados estilos e idiomas. Esse intercâmbio de informações facilitaria o trabalho de acadêmicos e aspirantes das áreas de tradução, terminologia e línguas estrangeiras aplicadas. Já o GRANT formou-se em 2009 e seus pesquisadores voltam o olhar para questões relacionadas aos sistemas semântico-discursivos, embasando- se na linha teórica da Linguística Sistêmico-funcional.

O livro está disponível na plataforma da Amazon, em formato kindle

A estudante de graduação, da Faculdade de Letras, Isadora Urbano, acaba de lançar seu primeiro romance Outros Estranhos, pela Amazon. Urbano que está concluindo o curso de Bacharelado em Estudos Literários, é autora do livro infanto-juvenil Selvagem, publicado em 2015, pela Editora UFV, premiado com o 3º lugar no 4º Concurso Viçosense de Literatura Infantil.

A autora teve como inspiração para a nova obra uma disciplina ofertada na Fale. Outros, Estranhos  narra em estrutura sincopada os conflitos próprios do seu tempo, levando ao exame de diversos aspectos da literatura e da vida contemporânea, a partir dos conflitos sociais, amorosos e identitários de personagens que encaram de formas distintas o desafio da cidade e da vida moderna, com toda a sua desordem, seu brilho, sua complexidade.

Confira a entrevista pingue-pongue com a jovem escritora sobre seu novo livro.

 

 

Me conta, Isadora, como você teve a ideia de escrever o livro? No semestre retrasado, se eu não me engano, eu fiz a disciplina Vertentes da Literatura Contemporânea Brasileira, com a professora Maria Zilda, e eu fiquei com aquelas questões na cabeça, a questão do estrangeiro, da fragmentação, dos trânsitos, do lugar do feminino, dessas vertentes marginalizadas, e eu já tinha o projeto de escrever um outro livro, que ainda não foi publicado e ele é mais experimental, depois resolvi trabalhar nesse.

A minha primeira proposta, como eu estava um pouco sem inspirações, inicialmente, pensei em fazer várias histórias, mas todas entrecortadas. Então se você olhar a estrutura dos capítulos, que vai do um até o oito, depois volta no capítulo um. E esse foi um dos desafios que eu mesma me impus, trabalhar dessa forma.

Inclusive eu ainda não tentei ler, saltando os capítulos, para ler continuamente. Por exemplo, ler o capítulo um inteiro, depois o dois inteiro, ainda não tentei, mas imagino que seja uma outra possibilidade.

 

E é o primeiro livro? Eu publiquei já um livro infantil, em 2015, pela UFV [Universidade Federal de Viçosa], e é o primeiro romance que eu publico, mas tem um outro escrito que ainda não foi publicado.

 

No Centro de Memória, existe um projeto que está começando a ser desenvolvido sobre os ex-alunos escritores da Faculdade de Letras. É muito comum a gente ouvir que a Fale não é um bom lugar para quem quer escrever. E você, ainda aluna, está escrevendo e publicando, o que você acha disso? A Faculdade contribuiu para a sua escrita? Eu acho que aqui não tem muitas disciplinas que sejam voltadas para o ofício da escrita, mas a gente reflete muito sobre isso. Sobre disciplinas, por exemplo, eu fiz uma de escrita criativa, mas foi escrita dramatúrgica, com a professora Elen de Medeiros, e que foi muito produtiva. Embora eu tenho que dizer que eu sou um fiasco com dramaturgia.

Enfim, eu acho que aqui na Faculdade poderíamos ter mais “laboratórios de escrita”, ou algo desse tipo, mas acredito que de toda a forma essas reflexões que a gente faz, a respeito de quem está escrevendo, mesmo que não seja daqui de dentro, contribui bastante para o nosso trabalho.

 

Entendo, mas pensando que o próprio livro surgiu a partir de uma disciplina… Com certeza, eu acho que a gente quando não trabalha com isso dentro da Faculdade, perde muito da problematização, qual que é a função de uma literatura hoje, por mais que exista aquela falácia de “ah, a arte não tem função, não é uma possibilidade”, mas existem sim as funções de memória, de reflexão, especialmente no período que estamos vivendo…

Essa disciplina da Maria Zilda foi fundamental, porque eu, realmente, escrevi pensando muito no que a gente viu lá, em todas essas possibilidades e novas formas. Nós trabalhamos com os conteúdos, às vezes, vamos para o lado dos estudos culturais, mas me salta muito aos olhos essas possibilidades de como fazer isso esteticamente. Trabalhar essas temáticas todas sem perder a relação com a forma, o que é sempre um desafio.  

 

Agora voltando um pouco mais no livro… O que as pessoas vão encontrar nele? Olha, são nove personagens principais ou algo assim. São três histórias principais, que acabam se ligando, mas não muito. Então, nós temos três personagens femininas, protagonistas, que de fato fazem essa liga da história, a Íris, que é uma filha de imigrantes, estudante; a Larissa, médica que já é mãe; e a Elis, que é uma psicóloga e atende as duas outras personagens.

Essas três personagens tem esses pontos de contato, por serem pacientes da mesma pessoa, Íris e Larissa se conhecem por terem sido vizinhas, mas não vem ao caso a relação entre elas. No livro, de fato, isso não é fundamental, o fundamental alí é como essas pessoas estão lidando com seus problemas, pequenos problemas, pequenas angústias, no cotidiano da cidade. Então, o caso da Íris, por exemplo, ela reflete muito a respeito dessa condição de filha de imigrantes, porque ela cresce em Belo Horizonte, para ela, ela é brasileira.

Com a Larissa eu tentei trazer o lado mais político, um conflito familiar que leva para esse outro âmbito. O pai dela é um militar e ela entra em conflito com ele pensando se o pai seria uma pessoa “do bem”. Sempre tentando trazer também pontos que trabalham o fato de essa pessoa teve opiniões e posicionamentos políticos péssimos, mas agora é um senhor idoso, avô do filho dela e como isso vai se encontrar ali dentro.

A Elis, viúva, que lida com a profissão e com a filha que se fecha muito e a culpa pela morte do pai. O que gera uma frustração nela pela profissão e pela relação com a filha. Acho que são três grandes pontos.

 

 O livro está disponível na plataforma da Amazon, por R$ 9,99, em formato kindle. Para comprar, basta acessar o site disponível aqui.

Escritor tem obras adaptadas para o cinema e falará em evento que aborda diferentes aspectos relacionados à literatura

O escritor, Carlos Herculano Lopes, estará presente no Encontro Marcado, projeto organizado pelo Centro de Estudos Literários e Culturais (CELC), e com o apoio do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários (Pós-Lit). O evento ocorrerá no dia 9 de novembro, às 18h, no Acervo de Escritores Mineiros, localizado no 3º andar da Biblioteca Central.

Carlos Herculano é um mineiro que vivenciou o interior e a capital Belo Horizonte. O jornalista e autor de crônicas, contos e romances afirma, em entrevista dada ao site do Grupo Editorial Record, que enxerga a literatura como uma maneira de atingir a consciência das pessoas.

Pensado como um espaço para debates a respeito do universo literário, o Encontro Marcado visa analisar o ofício do escritor inserido na contemporaneidade. Não é necessário fazer inscrição para participar do evento.

 

Trajetória do convidado

Carlos Herculano Lopes nasceu em Coluna, no Vale do Rio Doce, mas se mudou para Belo Horizonte quando ainda era adolescente. Autor de 13 livros, pelos quais recebeu prêmios como o da Quinta Bienal Nestlé de Literatura, com o romance Sombras de julho (1987), e o Prêmio Especial do Júri da União Brasileira de Escritores pelo livro de contos Coração aos pulos (2001). Foi, também, duas vezes finalista do prêmio Jabuti, com os romances A dança dos cabelos (1987) e O vestido (2004), além de ter sido um dos 10 finalistas do Prêmio Jorge Amado, pelo conjunto da obra.

Dentre as histórias redigidas por Carlos, quatro foram adaptadas para cinema e televisão: Estranhas criaturas, do livro Memórias da sede, que foi dirigido por Aaron Feldman em 1980); Sombras de julho, que se tornou, em 1995, uma minissérie de Marco Altberg para a TV Cultura de São Paulo e um filme; Um brilho no escuro, que foi uma minissérie de Breno Milagres, originada por Coração aos pulos, e transmitida pela TV Minas em 2004; O vestido, que foi adaptado como um filme de Paulo Thiago em 2004.

Mesas redondas serão compostas por apresentações que abordam a vivência da comunidade negra, a questão de gênero e narrativas distópicas

No dia 6 de novembro, a atuação feminina no âmbito da ficcção científica será debatida durante a 1ª Jornada do Núcleo de Estudos de Utopismos e Ficção Científica - de Shelley a Atwood. O evento ocorrerá no auditório 1007 da Faculdade de Letras (Fale) entre às 9h00 e 16h00.

Mary Shelley é o nome escolhido para o debate durante a palestra de abertura, que será ministrada por Julio Jeha. O processo criativo de uma dos nomes mais proeminentes do gênero artísticos em análise será perscrutado a partir da perspectiva da Ética da criação em Frankenstein.

Após essa exposição, serão iniciadas as discussões da mesa redonda, que carrega o tema Ficção científica contemporânea escrita por mulheres. As vertentes eleitas para compor esse assunto vão desde explicitar a marca deixada pela literatura produzida por mulheres negras, como Octavia Butler, até o enredo permeado pelo totalitarismo das obras de Margaret Atwood. As palestrantes dessa mesa são Fernanda Sousa Carvalho, Melissa Cristina Silva e Silvia Moreira dos Santos.

O tema que encerrará essa primeira edição é o das Transgressões midiáticas em ficção científica. As histórias que se desenrolam com governos autoritários como plano fundo continuam no centro dos debates durante a palestra sobre o livro Kallocain (1940), de Karin Boye. Essa mesa redonda também analisará a ficção científica presente no universo cinematográfico, sendo que a obra central será o filme Les créatures (1966), dirigido por Agnés Varda. Ao final dessa mesa redonda, as discussões adentrarão as questões relacionadas ao gênero e à transgressão, que estão presentes em Hopeful Monsters.Valéria S. Pereira, Pedro Groppo, Juliana Borges estarão à frente dessas apresentações.

Não é necessária inscrição para os interessados em participar da Jornada. Confira aqui a programação.

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PÓS-GRADUAÇÃO