Semelhanças temáticas entre a negritude e o Teatro Negro serão analisadas, em diversas perspectivas

Com a proposta de apontar para a influência da cultura afro-brasileira nos diversos nichos sociais, o Encontro Negritude e Teatro Negro reunirá artistas, estudantes, professores e pesquisadores nos dias 22 e 23 de novembro, das 9h às 21h, no auditório 1007 da Faculdade de Letras (Fale). O evento, organizado pelo professor Marcos Alexandre e pela professora Elisa Belém, abordará questões relacionadas à oralidade, religião, às vivências de mulheres negras, assim como aos processos criativos que perpassam a negritude e refletem no Teatro negro.

O debate sobre a expressão das minorias sociais também está presente na pesquisas promovidas pelo Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Alteridade (NEIA) que, juntamente com o Projeto de Extensão Literatura Afro-Brasileira em Foco, estiveram à frente da realização do Encontro. Na tentativa de compreender como as representações de gênero, etnia e cultura popular convergem-se na contemporaneidade, o universo da negritude estará no centro desse evento através de discussões embasadas pela teoria e pela prática de diversos estudiosos do tema.

Além da Fale, a comissão organizadora também recebeu apoio do Centro de Extensão da Faculdade de Letras (CENEX-Fale), do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), do Programa de Apoio Integrado a Eventos (PAIE/PROEX) e do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários (Pós-Lit).

Não é necessária inscrição para participar do Encontro. Para mais informação, acesse https://goo.gl/feA7bC.

A palestrante Maria Helena Neves é professora em importante universidades e desenvolve trabalhos que envolvem a história e o funcionalismo gramatical

Com o tema Lições de gramática pelo texto,  Maria Helena de Moura Neves estará à frente da conferência que ocorrerá no dia 21 de novembro, às 18h, no auditório 1007 da Faculdade de Letras (Fale). O evento foi organizado pelo Colegiado de Graduação,  em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PosLin).

Conhecida como uma das mais respeitadas linguistas brasileiras, Maria Helena Neves atua como professora na Universidade Presbiteriana Mackenzie e na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP).  Doutora em Letras Clássicas (Grego) pela Universidade de São Paulo, desenvolve, também, trabalhos sobre gramática de usos do português, texto e gramática, história da gramática, descrição da língua portuguesa e funcionalismo. Além de atuar na área da pesquisa acadêmica, a linguista lançou livros como A Gramática do Português Revelada em Textos (2018), Guia de uso do português: Confrontando regras e usos (2003) e Que Gramática Estudar na Escola? - Norma e Uso na Língua Portuguesa (2003).

Para emissão de certificados e inscrição gratuita, é necessário acessar http://www.letras.ufmg.br/eventoscolgra/.

O conferencista Piers Armstrong publicou livros sobre  a recepção

internacional da cultura brasileira

 

A proposta de analisar as obras de Guimarães Rosa está no centro da conferência organizada pelo Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários (Pós-Lit) e o Núcleo de Estudos de Literatura Brasileira (LIBRA). O evento, que carrega, como tema, Guimarães Rosa e o Modernismo Europeu, ocorrerá no dia 12 de novembro e terá o professor Piers Armstrong à frente da exposição. A conferência será  no auditório 2003 da Faculdade de Letras (Fale) às 14h.

Estudos sobre a Literatura Brasileira

João Guimarães Rosa é reconhecido por sua escrita que se relaciona profundamente a regiões rurais e subdesenvolvidas, extraindo seus enredos de experiências pessoais e de histórias repassadas por gerações. Esse legado literário liga-se aos estudos de Armstrong na medida em que o professor da California State University (Cal State LA) pesquisa a recepção internacional da literatura e cultura brasileiras.

Lecionando na Cal State LA há mais de 10 anos, o conferencista publicou Third World Literary Fortunes: Brazilian Cultural Identity and its International Reception (1999), que aborda a recepção, na Europa e na América do Norte, da Literatura Brasileira. No livro, Armstrong compara essa recepção à maneira como a literatura de outros países da América Latina foi recebida pelo público, além de apontar para o reconhecimento alcançado por outros aspectos da cultura popular brasileira. Em 2001, Piers Armstrong lançou, também, Cultura Popular na Bahia & Estilística Cultural Pragmática, no qual investiga como o turismo cultural na Bahia influencia o interesse dos estrangeiros pela cultura popular.

 

Não é necessária inscrição para aqueles interessados em participar da conferência.

O CENEX/FALE torna público que no período de 13 de novembro a 29 de novembro de 2018, estão abertas as inscrições para o exame de seleção de bolsista para o curso de Frânces - Disciplina: Língua Francesa.

Para mais informações vide edital de nº 068/2018 disponível aqui.

Livros de professor da Fale reúnem materiais de documentação e registro do Tenetehára

Na língua Tenetehára, os Guajajaras, que habitam, entre outras terras, o Vale do Rio Pindaré, no Maranhão, são “os donos e aqueles que carregam o cocar”. Pesquisa desenvolvida há mais de 10 anos pelo professor Fábio Bonfim, da Faculdade de Letras, em colaboração com outros pesquisadores e lideranças da própria etnia, vem ajudando esse povo a também se apropriar de sua língua, o Tenetehára, fortemente ameaçada de extinção pela pressão imposta pelo idioma português.


Os estudos resultaram nos livros Interpretação de textos e ­atividades gramaticais na língua Guajajára e Coletânea de narrativas guajajáras. “Trata-se de um apurado material de documentação e registro da língua e da literatura Tenetehára [pertencente à família linguística tupi-guarani, tronco tupi], que será de grande valia para o trabalho de educação escolar nas aldeias”, explica Fábio Bonfim.


O professor contou com a colaboração de quatro pesquisadores: as professoras Marina e Cíntia Guajajara, lideranças da aldeia Lagoa Quieta, na Terra Indígena Araribóia, o professor Quesler Fagundes Camargos, do Departamento de Educação Intercultural da Universidade Federal de Rondônia (Unir), e o pesquisador Ricardo Campos Castro, pós-doutorando em linguística na Universidade de Campinas (Unicamp).


O volume de literatura cobre aspectos da cosmologia e do imaginário do povo Guajajara e reúne estórias sobre a criação da lua, do fogo e da luz, entre outros temas do imaginário indígena. O outro volume aborda elementos da estrutura gramatical da língua e se subdivide em exercícios práticos e atividades de leitura e escrita. “Com esse material, acreditamos que os Tenetehára Guajajára terão maior controle social das relações linguísticas, interculturais, econômicas e políticas, além de acesso a instrumentos que lhes possibilitem dominar a modalidade escrita de sua língua nativa”, avalia o pesquisador.

Volume de literatura aborda cosmologia e imaginário Guajajara
Reprodução


Idas e vindas


Fábio Bonfim conta que começou a desenvolver a pesquisa em 2005, no âmbito do Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos (Poslin), e os livros são fruto de um trabalho intenso marcado por suas viagens e de outros pesquisadores às terras indígenas, no Maranhão, e pela vinda à UFMG, no período de 2012 a 2016, de professores indígenas para a produção dos materiais no Laboratório de Línguas Indígenas e Africanas (Laliafro), durante as oficinas de revitalização linguística. Entre os professores que participaram do trabalho de supervisão dos volumes, estão Cíntia, Moisés, Luiz ­Carlos, Zezico, ­Raimundo Alves de Lima, Marcilene e Danúbia, todos da etnia Guajajara.

 

O livro contou com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Fundação OAK.


Dissertações, teses e artigos científicos elaborados sobre a ­língua Tenetehára estão disponíveis no site do professor Fábio Bonfim e no portal do Laboratório de Línguas Africanas da Fale.
Obras: Interpretação de textos e atividades gramaticais na língua Guajajára e Coletânea de narrativas guajajáras


Coordenação: Fábio Bonfim Duarte
Organização: Cíntia e Marina Guajajara, Quesler Fagundes Camargos e Ricardo Campos Castro
Diagramação: Sília Moan
Edição: Fale/UFMG
Acesso: Os interessados podem enviar mensagem ao professor Fábio Bonfim (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.) solicitando os volumes em formato pdf


(Matéria publicada no Boletim UFMG, dia 05 de novembro, por Isabella Lisboa)
Acesse a matéria aqui: https://ufmg.br/comunicacao/publicacoes/boletim/edicao/2039/os-donos-do-cocar-e-da-lingua

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cenex    CEFALE SAEL

PÓS-GRADUAÇÃO