A premiada escritora negra, Conceição Evaristo, entrega carta de autoapresentação e confirma sua candidatura à Academia Brasileira de Letras (ABL), nesta segunda-feira, 18 de junho de 2018.

Após a criação de uma petição online em apoio à eleição da autora, a ideia repercutiu na internet, recebendo grande apoio da população e destaque na mídia. A petição, que já ultrapassa 20 mil assinaturas, reivindica a ocupação da cadeira número 7 da ABL. O lugar está vago desde a morte de Nelson Pereira dos Santos.

Em carta entregue à ABL, no Rio de Janeiro, a escritora afirma: “assinalo o meu desejo e minha disposição de diálogo e espero por essa oportunidade”.

Conceição Evaristo é uma das mais reconhecidas autoras negras do Brasil. A escritora nasceu e viveu até a década de 1970 na favela do Pindura Saia, região em que hoje está localizada a parte alta da Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte. Em busca de melhores condições de vida, Evaristo mudou-se para o Rio de Janeiro, onde fez mestrado, doutorado e se tornou escritora e professora universitária. Recebeu, em 2017, o Prêmio Governo de Minas Gerais pelo conjunto de sua obra. Conquistou o Prêmio Jabuti, em 2015, com Olhos d’água. É autora do romance Ponciá Vicêncio (2003), de Becos da Memória (2006), Insubmissas lágrimas de mulheres (2011), Olhos d’água (2014) e Histórias de leves enganos e parecenças (2016), entre outros escritos.


LIVROS E LIVROS

Ficção

Cuti - A pupila é preta
Luiz Silva, conhecido no universo literário por Cuti, nasceu em Ourinhos, estado de São Paulo. Graduou-se em Letras (português-francês) pela USP. Concluiu mestrado em Teoria da Literatura e doutorado em Literatura Brasileira pela Unicamp. Histórico militante pelos direitos da população negra brasileira, foi um dos fundadores do coletivo Quilombhoje Literatura, com o qual manteve vasta colaboração. Cuti também ajudou a criar a série Cadernos Negros, a qual teve início em 1978 e segue em plena atividade. O ano de 1978 marca o início da vida literária...

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Infantojuvenil

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A epígrafe inscrita acima é um dos orikis2 para os ibejis, divindades gêmeas do panteão nagô que, no movimento de sincretismo religioso à brasileira, foram associados aos santos católicos Cosme e Damião. (Re-)configurado e (re-) contado, o mito de origem yorubá é presentificado e atualizado por meio do rito que tem nas festas de Cosme e Damião (Erê, Vunji, Ibejis), comumente realizadas no fim de setembro, o seu traço mais vult...

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