Diversos utensílios do cotidiano são ressignificados na poesia delicada de Mário Alex Rosa

Talheres, tesouras, cadeados, óculos, rolo de macarrão e outros objetos do cotidiano são apropriados e ressignificados na nova exposição do Centro de Memória, da Faculdade de Letras (Fale). A poesia-objeto do poeta e artista visual, Mário Alex Rosa, será aberta na próxima segunda-feira, 18 de junho, às 19h, no espaço expositivo.

De acordo com o ensaísta e poeta, Ronald Polito, no texto de curadoria, os poemas-objetos expostos nos indicam com vários argumentos até que ponto a poesia se inscreve em todas as coisas do mundo e como essas coisas do mundo são e sempre foram assunto de poesia: “Indo além das fronteiras entre as artes, essas "instalações" de Mário Alex Rosa, um dos mais significativos construtores de poema-coisas entre nós, criam novas modalidades de experiência, reunindo-se à tradição que em Joan Brossa tem um marco essencial. Mas extrapolando-a, e então conhecemos seus gestos inaugurais: remeter tópicas da poesia no Brasil a possíveis artefatos que as interrogam e desfocam; salientar a dimensão "generosa" da poesia, pura oferta de possibilidades a se viver (e por isso tantos objetos que nos entregam algo, mesmo que azedoce); mas, sobretudo, mudar a escala dos envolvidos, quando reconhecemos surpreendidos que somos diminutos neste mundo de instrumentos, para o qual fazemos reverências em caixas- templos e pátios da linguagem.”

Nascido em São João Del Rei, Mário Alex Rosa é graduado em História e doutor em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (USP). Publicou alguns livros, entre eles, ABC futebol clube e Formigas (infantis) e Via Férrea. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira, atuando principalmente nos seguintes temas: Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Armando Freitas Filho, poesia marginal , poesia contemporânea brasileira.


FaLang translation system by Faboba

cenex    CEFALE SAEL

PÓS-GRADUAÇÃO