O Prof. Fábio Bonfim Duarte, da FALE, divulga o lançamento de um vídeo/pitch em que apresenta os resultados obtidos na Oficina de Documentação e Promoção da Língua Guajajara, realizada em dezembro de 2021, na Aldeia Lagoa Quieta (Hamyz ete), que fica na terra indígena Arariboia, no estado do Maranhão. A peça já está disponível para visualização e pode ser conferida no YouTube.

A iniciativa - coordenada pelo Prof. Fábio Bonfim, Ana Claudia Menezes e por Cíntia Guajajara e Tuíra Guajajara - teve como objetivo principal a produção de textos da literatura oral e de gramáticas descritivas da língua Tenetehára, no intuito de contribuir com sua preservação e revitalização, além de encontrar estratégias para a valorização da língua Guajajara nas aldeias. Isso se justifica pelo interesse demonstrado por parte das lideranças indígenas, especialmente dos professores de língua tenetehára, em obter parcerias com o Laboratório de Línguas Indígenas da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, a fim de receber treinamento técnico para sua formação linguística e pedagógica.

Falada por cerca de 25.000 pessoas, a Tenetehára é uma língua pertencente à família Tupi-Guarani, afiliada ao tronco linguístico Tupi, que se encontra fortemente impactada pelo contato interétnico, tendo em conta a pressão que o uso da língua portuguesa impõe a seus falantes. O que se nota é que, como resultado do contato com a sociedade envolvente, muitos indígenas vêm abandonando a sua língua nativa, situação que não é desejável nem do ponto de vista linguístico, nem do ponto de vista étnico e social. Uma língua, para manter-se viva, precisa ser constantemente repassada às gerações mais jovens, do contrário corre sério risco de desaparecer.

 

 

A oficina é, por isso, considerada como uma etapa de um processo em andamento mais longo e mais complexo que não pode ser interrompido. Ações dessa natureza estão inseridas no contexto da Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032) – DILI –, que foi instituída na Assembleia Geral das Nações Unidas, como resultado do Ano Internacional das Línguas Indígenas, proclamado pela UNESCO em 2019, e motivada pelos povos indígenas da Bolívia, que compreenderam a importância de uma ação efetiva e contínua em prol do reconhecimento, da valorização e da manutenção das línguas indígenas.

Portanto, esse vídeo/pitch visa ampliar a divulgação da importância dessas ações entre a comunidade em geral e também chamar atenção dos gestores internos e externos à UFMG para a importância do financiamento a pesquisas voltadas às línguas nativas faladas no Brasil.  

O projeto conta com o apoio da Fapemig, CNPq, da Faculdade de Letras da UFMG, do LaliAfro e da Pró-reitoria de Pesquisa da UFMG.

 

CLIQUE AQUI para assistir ao vídeo no canal do Youtube do Prof. Fábio Bonfim.

 

 

Assessoria de Comunicação da FALE – 2022

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