Ladainha

vamos lá
não pra ver o que é que dá
vamos lá pra virar
não são milhas pra partir
são encruzilhadas
barricadas
pra proteger e curar
essas feridas que sangram
cicatrizes que ficam
marcas que reivindicam
um grito de verdade

(Eu, mulher negra, resisto, p. 85.)

 

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LIVROS E LIVROS

Ficção

Ariele S. Santos – Reflexos
Reflexos é dividido em três partes: a primeira ‘A dor que atravessa’ é sobre tudo aquilo que dói demais e enquanto não se encara essa dor ela segue maltratando, que nenhuma dor perdure; a segunda ‘Ubuntu’ é sobre família, amizade, amor e esses laços invisíveis que nos unem e sem uns aos outros é difícil saber ao certo o que seríamos; a terceira ‘A energia da vida viva’ é o axé, é o poder que existe em cada coisa, na dor de amor, na libertação e na contemplação da vida. Reflexos é sobre se ver e pensar, refl...

Poesia

Marleide Lins de Albuquerque, Ernesto Moamba (Orgs.) – Antologia poética Brasil-Moçambique
 Criar caminhos de diálogos entre Brasil e África sempre esteve em pauta no cenário literário brasileiro. Seria perverso olvidar que os primeiros escritos produzidos por brasileiros/as tiveram a presença da África como parte inegável de nós mesmos. Todavia, a maneira como foi poetizado ou narrado o continente, o ethos populacional, o fluxo diaspórico e as heranças aqui deixadas sofreram intermitentes desvalorizações, uma vez que a historiografia li...

Ensaio

Leda Maria Martins – Performances do tempo espiralar: poéticas do corpo-tela
No âmbito das oralituras, o gesto não é apenas uma representação mimética de um aparato simbólico, veiculado pela performance. Ou, ainda, o gesto não é apenas narrativo ou descritivo, mas, fundamentalmente, performativo. O gesto, como poiesis do movimento e como forma mínima, pode suscitar os sentidos plenos. O gesto esculpe, no espaço, as feições da memória, não seu traço mnemônico de cópia especular do real objetivo, mas sua pujança de tempo em movimento. Em África, assim como nas Américas, “o bo...

Infantojuvenil

Patrícia Santana – Um dia feliz
Em janeiro de 2023, completaram-se 20 anos da Lei Federal n.º 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino da História e da Cultura Africana e Afro-brasileira em instituições de ensino públicas e privadas do país. Fruto das reivindicações do Movimento Social Negro, ainda que as desigualdades educacionais em decorrência do racismo sejam latentes, é imperioso notar que a referida lei tem impulsionado uma série de mudanças não só nas escolas, mas em vários setores da sociedade.  O mercado editorial de livros infantis é parte dessa mudança. ...

Memória

Elzira Divina Perpétua - A vida escrita de Carolina de JesusUm corpo lido: Carolina de Jesus por Elzira Perpétua Laura Padilha*   Chega a nós, no espaço das comemorações dos 100 anos de Carolina Maria de Jesus, uma obra por catorze anos esperada por muitos estudiosos da questão negro-africana no Brasil. Trata-se de A vida escrita de Carolina de Jesus, assinada por Elzira Divina Perpétua, na origem uma tese de doutorado, defendida, em 2000, na Universidade Federal de Minas Gerais. A “vida escrita” se faz “corpo lido” que os leitores hão de percorrer, a princípio, talvez com uma certa dose de espanto, quando estiverem frente a frente com um texto teci...

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