Novo episódio do programa ‘Aqui tem ciência’ aborda dissertação da Fale realizada com base em cartas da escritora, que revelam uma imagem diferente da difundida entre os leitores
Correspondências de Clarice Lispector para suas irmãs e para amigos como Fernando Sabino e Lygia Fagundes Telles revelam um lado menos conhecido da escritora: alegre, cuidadosa e, às vezes, chateada com a crítica literária, embora manifestasse publicamente que não se preocupava com as opiniões sobre sua obra.
As cartas, já publicadas em vários livros e disponíveis em manuscritos do acervo do Instituto Moreira Salles, são analisadas na dissertação de mestrado "Não se pode andar nu: pose e artifício na correspondência de Clarice Lispector", desenvolvida pela pesquisadora Raynara Voltan no Programa de Pós-graduação em Estudos Literários da Faculdade de Letras da UFMG. O título faz referência a uma frase do livro Água viva: “Não se pode andar nu, nem de corpo, nem de espírito”.
A análise abrange três conjuntos de cartas. Além das trocadas com pessoas íntimas, que frequentemente abordam as críticas literárias, há correspondências dirigidas aos chamados “homens de letras”. “São literalmente homens, que eram editores e tradutores, falando da obra dela”, explica a pesquisadora. O terceiro conjunto reúne cartas com caráter ficcional exagerado, classificadas como camp – conceito discutido pela escritora estadunidense Susan Sontag, cuja obra faz parte do referencial teórico da pesquisa.
O "Aqui tem ciência" é um podcast veiculado na Rádio UFMG Educativa às segundas-feiras, às 11h, durante o programa Conexões, com reprise nas sextas, às 20h. Os episódios também ficam disponíveis nas plataformas de podcast, como Spotify e Amazon Music.
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(Fonte: Notícias UFMG)
Assessoria de Comunicação da FALE – 2025
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