Acaba de ser publicado o volume 34, nº 1, da Aletria - Revista de Estudos de Literatura da UFMG. Nesta edição, a temática é "Poesia e filosofia: a atualidade do primeiro romantismo alemão", organizada pelos professores Constantino Luz de Medeiros (FALE/UFMG/CNPq), Pedro Duarte (PUC-Rio/CNPq) e Guilherme Fóscolo de Moura Gomes (UFSB).

O conjunto de textos expõe a pluralidade de direções que os estudos sobre Romantismo alemão encontram hoje. Há desde exames detalhados e internos da doutrina de autores do Romantismo, passando pela exploração ali de questões que não estavam tão evidentes naquelas obras, até relações com produções geográfica e historicamente distantes, como no Brasil do século XX. Isso demonstra a fecundidade do pensamento romântico e como ele pode abrir caminhos para pensar.

O volume 34, nº 1 da Revista Aletria está disponível para download gratuito no site da publicação.

 

 

Resumo

No século XVIII, a reivindicação de um estatuto de autonomia para a arte surge como projeto de uma época que suspeita da própria capacidade de se fazer entender. O fracasso da comunicação verbal consolida-se como um problema propriamente filosófico no Romantismo alemão – Friedrich Schlegel dedica-lhe até mesmo um ensaio, “Sobre a Ininteligibilidade” (1800). Eis por que, para os românticos alemães, a poesia não era apenas o objeto da filosofia, mas, como afirma Armin Erlinghagen (2012, p. VIII), “o próprio pensamento poetológico enquanto o medium da reflexão filosófica”– o que indica que para expressar o inexprimível a filosofia precisava adentrar o terreno da poesia, abarcando sua natureza poética. Repensando autores da filosofia, desde Platão e Aristóteles até seus contemporâneos Kant e Fichte, os românticos deram relevância inédita à poesia e à literatura. Isso fez deles também, depois, assunto central para autores como Walter Benjamin, Phillipe Laucoe-Labarthe, Jean-Luc Nancy ou Maurice Blanchot. Além disso, autores como Shakespeare e Goethe tiveram sua recepção marcada pelo Romantismo, que assim se coloca entre a história da filosofia e da literatura. Por fim, os próprios experimentos românticos mostraram-se decisivos para as experimentações estético-filosóficas que irão desaguar nas vanguardas em geral e até no Modernismo – e se farão sentir por isso, no Brasil, do movimento antropofágico ao tropicalismo.Com este número da revista Aletria reunimos textos que expõem o estado da pesquisa sobre o legado e atualidade do Romantismo alemão.

 

Sobre o periódico

A Aletria: Revista de Estudos de Literatura é um periódico trimestral, com avaliação de pares, mantido pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil) desde 1993. Tem como missão fomentar a produção acadêmica sobre Estudos Literários e Culturais, permitindo a pesquisadores do Brasil e do exterior divulgarem suas pesquisas e contribuírem para o debate na área.

 

 

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