Entre os dias 02 de outubro e 12 de novembro, a FALE/UFMG promoverá o Circuito do Clube de Leitura Francófona (CLF-UFMG). Organizado por Caio Emídio e coordenado pela professora Lia Miranda, o evento reúne palestras, oficinas, mesas-redondas e um clube do livro, abertos a estudantes e demais interessados.
O objetivo é discutir os sistemas literários francófonos e suas relações com o sistema literário brasileiro. Para isso, a programação conta com a participação de tradutores, pesquisadores, editores e professores da área.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo formulário online disponível no link: Clique aqui.
Para dúvidas e outras informações, envie mensagens no perfil clf.ufmg no Instagram, ou e-mails para O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

PROGRAMAÇÃO
02/10, quinta feira, 19h30 - online
Oficina - "Qe é qe tem em mente qem reescreve Perec?"
Zéfere (UFPB)
Resumo: Faltam palavras (palavras atadas, danadas, caladas…) pra falar / de qe é qe se deve expender (entender de Perec…) nesse speech, em qe se / diz qi qi si qis, qi qi fiz ni qi qi insisti, dirimi, imprimi, pidi bis / pro compor (no dobro) dos books do loco-mor do OoLoPo. No workshop, / únu cum tu um “úrru(!)” cum um “súmu(!)”, u cru cum u nu, u túdu cum u núlu…

16/10, quinta feira, 19h30 - presencial UFMG
Mesa redonda - "Importar literatura francófona: questões sobre tradução"
Luciene Guimarães, Juçara Valentino e Rafaela Vianna
Resumo: A mesa redonda “Importar literatura francófona: questões sobre tradução” reunirá três tradutoras literárias do par linguístico francês-português: Luciene Guimarães de Oliveira, Juçara Valentino e Rafaela Faria Vianna. As comunicações abordam suas experiências com o texto, a tradução e a publicação de livros traduzidos, evidenciando o diálogo intrínseco entre tradução e pesquisa.

23/10, quinta feira, 19h30 - online
Provocação - "Hermes ou Exu? A tradução? L.H.O.O.Q.!"
Fernando Scheibe (UFAM)
Inscrição: Clique aqui
Resumo: “Devemos liberar nosso desejo, dizem eles. Não! Devemos criar prazeres novos.” Transladada para o campo da tradutologia, essa lapada de Michel Foucault na psicanálise e na esquerda tradicional pode significar que é lindo traduzir, como fez Leonardo Antunes, The Destruction of Sennacherib por A destruição de Seilaoquê. A tradução pode sair do campo da hermenêutica, pode ter fogo no rabo, parte com Exu, que, como diz Aimé Césaire, é um mauvais plaisant (um pregador de peças). “É para lá que eu vou. Ou não vou? Vou, sim.”

27/10, segunda feira, 19h30, presencial na Aliança Francesa
Mesa redonda - "Interseções: Marguerite Duras e Clarice Lispector"
Leonardo Alexander Silva (Aliança Francesa-BH), Rafaela Vianna
Resumo: Marguerite Duras e Clarice Lispector são escritoras cujas obras marcaram a segunda metade do século XX. Além do estilo único que une ambas escritoras, elas são frequentemente aproximadas sob o prisma da escrita feminina, uma vez que seus textos tematizam a experiência da mulher de forma particular, ao mesmo tempo em que trabalham, no nível da linguagem, a impossibilidade de expressar esses elementos escorregadios: o desejo, o feminino, a própria escrita. A mesa redonda “Interseções: Marguerite Duras e Clarice Lispector” reunirá os pesquisadores Leonardo Alexander Silva e Rafaela Faria Vianna para discutir aspectos das obras dessas escritoras — tanto no que as torna particulares, quanto no que as aproxima.
30/10, quinta feira, 19h30 - online
Mesa redonda - "Fotoliteratura em foco: Sophie Calle e Annie Ernaux"
Larissa Fontenelle, Letícia Campos de Resende (UEMS)

06/11, quinta feira, 19h30 - online
Palestra - "O livro como ponto de partida: bastidores de uma editora independente"
Roberto Borges e Régis Mikail (Editora Ercolano)
Resumo: A fala discorre sobre a experiência da Editora Ercolano, fundada em 2022 e já com 25 títulos publicados, com o objetivo de refletir sobre o papel das editoras independentes no Brasil. O encontro aborda os bastidores do processo editorial — da escolha de um texto às negociações de direitos, tradução, projeto gráfico e estratégias de comunicação. A Ercolano se dedica tanto à redescoberta de obras esquecidas ou inéditas em português quanto à publicação de autores contemporâneos que dialogam com questões atuais. A partir de exemplos concretos do catálogo, a fala mostra como cada livro funciona como ponto de partida para debates culturais mais amplos. Mais do que revelar práticas editoriais, a proposta discute o editor como mediador entre autores e leitores, entre tradições literárias e o presente, entre o Brasil e outros territórios linguísticos e culturais.

07/11, sexta feira, 14h - presencial UFMG
Aula aberta - "Introdução à crítica literária"
Lia Araújo Miranda
Resumo: Esta aula apresenta fundamentos básicos da análise e da crítica literária a partir da abordagem dialética, conforme elaborado por Bastos (2011) a partir de Candido. Apresentam-se noções teóricas para uma aproximação refletida da obra literária, uma metalinguagem essencial à descrição dos recursos estilísticos mobilizados pelo autor, bem como parâmetros para a apreciação e a hierarquização do valor estético de obras contemporâneas de ficção em prosa. A discussão integra as atividades do Grupo de Leitura Francófona, projeto de extensão ligado à Faculdade de Letras da UFMG e ao Choix Goncourt Brésil, este último promovido pela Embaixada da França. Os fundamentos teóricos serão apresentados em língua portuguesa. Entre os textos que analisaremos juntos, pode haver excertos em língua francesa.
10/11, segunda feira, 11h00, presencial UFMG
Clube do livro - "Triste tigre", de Neige Sinno
Vinícius R. Bozzo
12/11, quarta feira, 19h30 - online
Oficina - "Imagens botânicas como ferramenta de análise: Barbey d'Aurevilly e David Lynch"
Maria Clara Menezes (DCU, Irlanda)
Resumo: A oficina “Imagens botânicas como ferramenta de análise: Barbey d’Aurevilly e David Lynch” parte de uma provocação simples: o que uma flor pode revelar sobre o modo como arte e desejo se enraízam no mundo? A proposta é apresentar e experimentar uma taxonomia das imagens botânicas como instrumento de leitura e criação que atravessa a literatura e o cinema. Iniciamos com duas cenas que não precisam de tradução: de um lado, o jardim perfeito e apodrecido imaginado por David Lynch em Blue Velvet; do outro, as fragrantes resedas descritas por Barbey d’Aurevilly em Le Dessous de cartes d’une partie de whist, flores nutridas pelo crime e pela paixão. A partir delas, discutimos como o vegetal, em sua aparente inocência, se torna matéria simbólica, formal e poética. Na segunda parte, os participantes criam pequenos textos a partir de imagens, aplicando as categorias da taxonomia e testando sua aplicabilidade. O objetivo é compreender, pela prática, como as imagens botânicas florescem como formas de pensamento, de sentir, narrar e imaginar o real.

Assessoria de Comunicação da FALE – 2025
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