DADOS BIOGRÁFICO

Maria Firmina dos Reis nasceu em São Luís do Maranhão, em 11 de outubro de 1825, "filha natural" da escrava alforriada  Leonor Felippa dos Reis, tendo como avó a também escrava alforriada Engrácia Romana da Paixão e, como tio, o professor, gramático e filólogo Sotero dos Reis, pertencente ao ramo branco da família e com forte atuação nos círculos letrados da capital maranhense. 

Em 1847, é aprovada em concurso público para a Cadeira de Instrução Primária na vila de São José de Guimarães, no município de Viamão, situado no continente e separado da capital pela baía de São Marcos, conforme registram seus biógrafos Nascimento Morais Filho (1975) e Agenor Gomes (2022). 

Segundo Morais Filho, ao se aposentar, no início da década de 1880, a autora funda, na localidade de Maçaricó, a primeira escola mista e gratuita do Maranhão e uma das primeiras do país. O feito causou grande repercussão na época e por isso foi a professora obrigada a suspender as atividades depois de dois anos e meio.

A professora foi presença constante na imprensa local, publicando poesia, ficção, crônicas e até enigmas e charadas. Segundo Zahidé Muzart (2000, p. 264), “Maria Firmina dos Reis colaborou assiduamente com vários jornais literários, tais como A Verdadeira Marmota, Semanário Maranhense, O Domingo, O País, Pacotilha, O Federalista e outros”.

Além disso, teve participação relevante como cidadã e intelectual ao longo dos noventa e dois anos de uma vida dedicada a ler, escrever, pesquisar e ensinar. Atuou como folclorista, na recolha e preservação de textos da cultura e da literatura oral e também como compositora, sendo responsável, inclusive, pela composição de um hino em louvor à abolição da escravatura.

Firmina é autora de Úrsula, publicado em 1859, mas com circulação somente a partir do ano seguinte. Livro revolucionário para o seu tempo, figura como o primeiro romance abolicionista de autoria feminina da língua portuguesa; e, possivelmente, o primeiro romance publicado por uma mulher negra em toda a América Latina. A narrativa aborda o problema do tráfico negreiro e do regime como um todo a partir do ponto de vista do sujeito escravizado e transformado em "mercadoria humana". A autora traz para a nascente ficção brasileira a África como espaço de civilização e de liberdade. E denuncia os traficantes europeus como "bárbaros", contrapondo-se desta forma ao pensamento hegeliano voltado para justificar a colonização escravista como empreendimento civilizatório. E bem antes do "Navio negreiro" de Castro Alves, denuncia os maus tratos a que eram submetidos os escravizados nos "tumbeiros", verdadeiros túmulos para muitos que não resistiam. 

Em 1861, a autora lança em formato de folhetim Gupeva, narrativa curta de temática indianista, publicada em capítulos na imprensa local, e com novas reedições ao longo da década de 1860. 

Já seu volume de poemas Cantos à beira-mar, cuja primeira edição é de 1871, traz textos marcados por forte inquietação e por uma subjetividade feminina por vezes melancólica diante da realidade oitocentista marcada pelos ditames do patriarcado escravocrata e também representada como problema perante a sensibilidade da autora.

Defensora da abolição, em 1887 publica na imprensa o conto "A escrava", texto abolicionista empenhado em se inserir como peça retórica no debate então vivido no país em torno da abolição do regime servil.

Maria Firmina dos Reis faleceu em 1917, pobre e cega, no município de Guimarães. Infelizmente, muitos dos documentos de seu arquivo pessoal se perderam e até o momento não se tem notícia de nenhuma foto sua daquela época. A propósito, circula na internet retrato da escritora gaúcha Maria Benedita Borman, pseudônimo "Délia", como se fosse da autora maranhense. A imagem digital reproduzida nesta página foi elaborada a partir de retrato falado colhido por Nascimento Morais Filho, biógrafo da autora.

A partir de 2017, por ocasião do centenário da morte de Firmina, seus livros vêm sendo relançados: Úrsula, já com cerca de trinta reedições, algumas trazendo em apêndice o conto "A Escrava"; Gupeva, em sexta edição; além de Cantos à beira-mar, volume de poemas novamente disponível em publicação da Academia Ludovicence de Letras,  organizada pela pesquisadora Dilercy Aragão Adler.

 Crédito da imagem: elaboração digital de Waniel Jorge Silva a partir das descrições colhidas por Nascimento Morais Filho (1975)


 

PUBLICAÇÕES

Obra individual

Úrsula: romance original brasileiro. São Luís: Typographia do Progresso, 1859.

Úrsula: romance original brasileiro. Edição fac-similar organizada por José Nascimento Morais Filho. Prefácio de Horácio de Almeida. Rio de Janeiro: Gráfica Olímpica; São Luís: Governo do Maranhão, 1975.

Úrsula: romance original brasileiro. 3 ed. Organização, atualização e notas por Luiza Lobo. Introdução de Charles Martin. Rio de Janeiro: Presença Edições; Brasíia: INL, 1988.

“A escrava”. In: Revista Maranhense, ano 1, nº 3, novembro de 1887. Incluído em REIS, Maria Firmina dos. Úrsula. 4 ed. Atualização do texto e posfácio de Eduardo de Assis Duarte. Florianópolis: Ed. Mulheres; Belo Horizonte: PUC Minas, 2004, bem como nas edições subsequentes do romance. 

Úrsula;A escrava”. 4 ed. Atualização do texto e posfácio de Eduardo de Assis Duarte. Florianópolis: Ed. Mulheres; Belo Horizonte: PUC Minas, 2004; 5. ed. Edição comemorativa dos 150 anos da publicação do romance. Atualização do texto e posfácio de Eduardo de Assis Duarte. Florianópolis: Ed. Mulheres; Belo Horizonte: PUC Minas, 2009.

Gupeva. Publicado inicialmente no jornal O jardim dos maranhenses em 1861. Republicado no jornal Porto Livre em 1863, e novamente em Echo da juventude em 1865. 6.ed. São Luís: Academia Ludovicense de Letras - ALL, 2017, apêndice à edição de Cantos à beira-mar. (conto)

Cantos à Beira Mar. São Luís: Typografia do Paiz, 1871. 2. ed. Edição fac-similar organizada por Nascimento Morais Filho. Rio de Janeiro: Granada, 1976. 3. ed. São Luís: Academia Ludovicense de Letras - ALL, 2017. (poesia). 

Cantos à beira-mar e Gupeva. 1 ed. atualizada conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em vigo. São Luís: Academia Ludovicense de Letras, 2017. 176 p.

Úrsula;A escrava”. 6. ed. Atualização do texto, cronologia e posfácio de Eduardo de Assis Duarte. Belo Horizonte: PUC Minas, 2017; 7. ed. Atualização do texto, cronologia e posfácio de Eduardo de Assis Duarte. Belo Horizonte: PUC Minas, 2018.

 

Antologias

Parnaso maranhense, 1861.

Maria Firmina: fragmentos de uma vida. Organização de Nascimento Morais Filho. São Luís: Comissão organizadora das comemorações de sesquicentenário de nascimento de Maria Firmina dos Reis, 1975.

Escritoras brasileiras do século XIX. Organização de  Zahidé Lupinacci Muzart. Florianópolis: Ed. Mulheres; Santa Cruz do Sul: EDUNISC Editora, 1999.

Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Organização de Eduardo de Assis Duarte. 2a Reimpressão. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2021, vol. 1, Precursores.

 


TEXTOS

 


CRÍTICA

 


FONTES DE CONSULTA

ADLER, Dilercy Aragão. Maria Firmina dos Reis: uma missão de amor. 1 ed. São Luís: Academia Ludovicense de Letras, 2017. 124 p.

ABREU, José António Carvalho Dias de. Os abolicionismos na prosa brasileira: de Maria Firmina dos Reis a Machado de Assis. 2013. 472 f. Tese (Doutorado em Letras) – Faculdade de Letras. Universidade de Coimbra, Coimbra, 2013.

ALCÂNTARA, Vanessa Figueiredo de Souza de. Entre a letra e a lei: narrativas e identidades femininas. 2014. 120 f. Dissertação (Mestrado em Letras e Ciências Humanas) – Universidade do Grande Rio, Duque de Caxias, 2014.

ALMEIDA, Horácio de. Prólogo. Úrsula. Edição fac-símile. São Luiz: Governo do Maranhão, 1975, p. III-VIII.

ALVES, Renata Carmo. As faces de Maria: ecos de Maria Firmina dos Reis em Lélia Gonzalez, Djamila Ribeiro e Marielle Franco. Dissertação (Mestrado em Letras) – Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro, 2019.

ANDRETA, Bárbara Loureiro. Visões da escravatura na América Latina: Sab e Úrsula. 2016. 152 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Centro de Artes e Letras. Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2016.

BASTOS, Laísa Marra de Paula Cunha. A narrativa de Maria Firmina dos Reis: nação e colonialidade. Tese (Doutorado em Letras) – UFMG, Belo Horizonte, 2020.  

BATIGNIANI, Rosangeli de Fátima. Caminhos entrecruzados: história, escravidão e literatura em Úrsula (1859) e As vítimas-algozes: quadros da escravidão (1869). 2016. 130 f. Dissertação (Mestrado em História) – Centro de Ciências Humanas. Universidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros, 2016.

BLAKE, Augusto Victorino Sacramento. Diccionário bibliographico brazileiro. Edição Fac-símile, Brasília: Conselho Federal de Cultura, 1970, v. VI, p. 232.

BRANDÃO, Maria de Lourdes Ribeiro. Maria Firmina dos Reis. In: V.V.A.A. Mulheres do Brasil. Fortaleza: Secretaria de Cultura e Desporto, 1986, p.327-85.

CALADO, Karina de Almeida. Vozes da dissonância no Atlântico Negro: encenações da diáspora nos romances Úrsula, Um defeito de cor e Becos da Memória. Tese (Doutorado em Letras) – Pontifícia Universidade Católica, Belo Horizonte, 2019.

CARDOSO, Mara Lívia Farias. Úrsula, de Maria Firmina dos Reis: romance fundacional da literatura afro-brasileira. Dissertação (Mestrado em Letras) – FURG, Rio Grande, 2020.

CARVALHO, Dayana Façanha de. Sombra e escravidão: tráfico de africanos e antiescravismo na literatura brasileira (1830-1871). Tese (Doutorado em História) – UNICAMP, Campinas, 2020.

CARVALHO, Jéssica Catharine Barbosa de. Literatura e atitudes políticas: olhares sobre o feminino e antiescravismo na obra de Maria Firmina dos Reis. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2018.

CARVALHO, Virgínia Silva de. A efígie escrava: a construção de identidades negras no romance Úrsula, de Maria Firmina dos Reis. 2013. 136 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Centro de Ciências Humanas e Letras. Universidade Estadual do Piauí, Teresina, 2013.

CARREIRA, Nara Lasevicius. Repertórios da literatura brasileira nos livros didáticos: uma perspectiva antirracista. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. 

CORREIA, Janaína dos Santos. O uso de fontes em sala de aula: a obra de Maria Firmina dos Reis (1859) como mediadora no estudo da escravidão negra no Brasil. 2013. 166 f. Dissertação (Mestrado em História Social) – Centro de Letras e Ciências Humanas. Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2013.

COSTA, Rayme Tiago Rodrigues. De Dandara a Firmina: o ensino de História do Brasil a partir de mulheres negras no Ensino Médio Integrado. Dissertação (Mestrado em História) – UFPA, Ananindeua, 2020.

CRUZ, Maria Carolina Scartezini. Entre nós: experimentos-rituais de divulgação poética afetados pela corporreativação de escritas sáficas. Dissertação (Mestrado em Divulgação Cultural e Cientifica) – Unicamp, Campinas, 2020.  

CUNHA, Maria de Lourdes da Conceição. Os destinos trágicos da figura feminina no romantismo brasileiro. 2004. 158 f. Dissertação (Mestrado em Literatura e Crítica Literária) – Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2004.

CUNHA, Maria de Lourdes da Conceição. Romantismo brasileiro: amor e morte. São Paulo: Factash Editora, 2005.

D´ADESKY, Noêmia Duque. Primavera literária afro-brasileira: do apagamento à reinvenção, a produção escrita de mulheres negras e sua inserção no mercado editorial. Dissertação (Mestrado em Letras) – PUC-Rio, Rio de Janeiro, 2021.

DALCOL, Mônica Saldanha. As vozes das excluídas: a condição da mulher negra na literatura brasileira em Úrsula, Casa de Alvenaria e Um defeito de cor. Tese (Doutorado em Letras) – UFSM, Santa Maria, 2020.

DIOGO, Luciana Martins. Da sujeição à subjetivação: a literatura como espaço de construção da subjetividade, os casos das obras Úrsula e “A Escrava” de Maria Firmina dos Reis. 2016. 220 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Brasileiros) – Instituto de Estudos Brasileiros. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.

DIOGO, Luciana Martins. Maria Firmina dos Reis: vida literária. Rio de Janeiro: Malê, 2022.

DUARTE, Eduardo de Assis. Maria Firmina dos Reis e os primórdios da ficção afro-brasileira. In: Literatura, política, identidades. Belo Horizonte: FALE-UFMG, 2005, p. 132-145.

DUARTE, Eduardo de Assis. Posfácio. In: REIS, Maria Firmina dos. Úrsula. Edição comemorativa dos 150 anos da primeira edição. Florianópolis: Ed. Mulheres; Belo Horizonte: PUC Minas, 2009.

FAUSTINO, Leliane Amorim. Úrsula caminha entre nós: Maria Firmina dos Reis e a literatura romântica como perspectiva antirracista para a História do Brasil. Dissertação (Mestrado em História) – UFOP, Mariana, 2022.

FILHO, Cícero Barros Feitosa. Firmine-se: uma proposta de mediação de leitura e análise do romance Úrsula (1859) de Maria Firmina dos Reis. Dissertação (Mestrado em Letras) – UEMS, Dourados, 2020.

FILHO, Nascimento Morais (Org.). Maria Firmina: fragmentos de uma vida. São Luiz: Comissão organizadora das comemorações de sesquicentenário de nascimento de Maria Firmina dos Reis, 1975.

FRANCISCO, Carla Cristine. Le portrait en contraste: l'imaginaire dans les représentations iconographiques et littéraires de la femme noire au Brésil (XIXe). 2012. 120 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Université de Provence Aix Marseille I, Aix Marseille, 2010.

FRANCISCO, Carla Cristine. Mãe Susana, Mãe África: a invenção da diáspora negra em Úrsula (1859) de Maria Firmina dos Reis. 2010. 120 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Université de Provence Aix Marseille I, Aix Marseille, 2010.

FREITAS, Dayane Cristina de. O tema e o problema: memória e esquecimento nas pesquisas acadêmicas sobre Maria Firmina dos Reis (1987-2019). Dissertação (Mestrado em História) – UFU, Uberlândia, 2021.

FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS. Mulher Brasileira. Bibliografia anotada – 2. São Paulo: Brasiliense, 1981, p. 345.

GOMES, Agenor. Maria Firmina dos Reis e o cotidiano da escravidão no Brasil. São Luís: Academia Maranhense de Letras, 2022.

JOB, Sandra Maria. Em texto e no contexto social: mulher e literatura afro-brasileiras. 2011. 146 f. Tese (Doutorado em Teoria Literária) – Centro de Comunicação e Expressão. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2011.

LOBO, Luiza. Autoretrato de uma pioneira abolicionista. In: Crítica sem juízo. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1993. 2 ed. revista. Rio de Janeiro: Garamond; Brasília: CNPq, 2007.

LOBO, Luiza. Maria Firmina dos Reis. In: DUARTE, Eduardo de Assis (Org.). Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. 2ª Reimpr. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2021, vol. 1, Precursores.

LOBO, Luiza. A pioneira maranhense Maria Firmina dos Reis. Trabalho apresentado, em versão resumida, na IV Jornada de Estudos Americanos da Associação Brasileira de Estudos Americanos, 25-27 de maio de 1988, Mariana (MG).

LOPES, Elaine. Mulheres negras no ensino de História do Brasil: a história de Maria Firmina dos Reis. Dissertação (Mestrado em História) – UEPG, Ponta Grossa, 2021.

LOPES, Michelly Cristina Alves. Irrompendo silêncios: a literatura afro-brasileira de Maria Firmina dos Reis, Carolina Maria de Jesus e Conceição Evaristo. Dissertação (Mestrado em Letras) – UFES, Vitória, 2019.  

MENDES, Algemira de Macêdo. A escrita de Maria Firmina dos Reis na literatura afrodescendente brasileira: revistando o Cânone. Lisboa: Chiado Editora. 2016.

MENDES, Algemira de Macedo. Maria Firmina dos Reis e Amélia Beviláqua na história da literatura brasileira: representação, imagens e memórias nos séculos XIX e XX. Tese (Doutorado em Letras) – PUC-RS, Porto Alegre, 2006.

MENDES, Melissa Rocha Teixeira. Uma análise das representações sobre as mulheres no Maranhão da primeira metade do século XIX a partir do romance Úrsula, de Maria Firmina dos Reis. 2013. 149 f. Dissertação (Mestrado em História Social) – Centro de Ciências Humanas. Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2013.

MENESES, Raimundo de. Dicionário literário brasileiro. 2 ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1978, p.570-1.

MENESES, Francisca Pereira da Silva. As questões étnicas e de gênero nos romances Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, e A Escrava Isaura, de Bernado Guimarães. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, 2017.

MIRANDA, Fernanda Rodrigues de. Corpo de romances de autoras negras brasileiras (1859-2006): posse da história e colonialidade nacional confrontada. Tese (Doutorado em Letras ) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019.

MIRANDA, Fernanda Rodrigues de. Silêncios prescritos: estudo de romances de autoras negras brasileiras (1859-2006). Rio de Janeiro: Malê, 2019.

MONTEIRO, Maria do Socorro de Assis. O subterrâneo intimismo de Úrsula: uma análise do romance de Maria Firmina dos Reis. In: Letrônica, v.2, n.1, julho 2009, p. 361-381.

MONTELLO, Josué. A primeira romancista brasileira. Jornal do Brasil, 11 nov. 1975. Republicado em Madri, Espanha, com o título La primera novelista brasileña, número 41, junio, 1976.

MOTT, Maria Lúcia de Barros. Submissão e resistência: a mulher na luta contra a escravidão. São Paulo: Contexto, 1988.

MOTT, Maria Lúcia de Barros. Escritoras Negras resgatando a nossa história. In: Papéis Avulsos 13. Rio de Janeiro: CIEC – Centro Interdisciplinar de Estudos Contemporâneos/UFRJ, 1989.

MOTT, Maria Lúcia de Barros. Escritoras negras: buscando sua história. In: GOTLIB, Nádia Battella (Org.). A mulher na literatura. Belo Horizonte: ANPOLL, VITAE, UFMG, 1990, p. 42-55.

MOTA, Sara Cesar Brito. Sequência didática para uma educação antirracista em perspectiva decolonial: conceitos fundamentais, roteiro urbano e fontes literárias. Dissertação (Mestrado em História) – UERJ, São Gonçalo, 2020.

MUZART, Zahidé Lupinacci. Maria Firmina dos Reis. In MUZART, Z. L. (Org.) Escritoras brasileiras do século XIX. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2000.

NASCIMENTO, Juliano Carrupt do. O romance Úrsula de Maria Firmina dos Reis: estética e ideologia no romantismo brasileiro. 2009. 102 f. Dissertação (Mestrado em Letras Vernáculas) – Faculdade de Letras. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.

NASCIMENTO, Juliano Carrupt do. O negro e a mulher em Úrsula de Maria Firmina dos Reis. Rio de Janeiro: Caetés, 2009.

NERES, Jéssica Frizon. A figura do negro escravizado em Úrsula e Assombramento. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco, 2019.

OLIVEIRA, Américo Lopes de; VIANA, Mário Gonçalves. Dicionário mundial de mulheres notáveis. Porto: Lello & Irmão, 1967, p. 1114.

OLIVEIRA, Adriana Barbosa de. Gênero e etnicidade no romance Úrsula, de Maria Firmina dos Reis. 2007. 107 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Faculdade de Letras. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007.

OLIVEIRA, Calila das Mercês. Movimentos e (re)mapeamentos de mulheres negras na literatura brasileira contemporânea. Tese (Doutorado em Letras) – UnB, Brasília, 2021.

OLIVEIRA, Cristiane Maria Costa. A escritura-vanguarda de Maria Firmina dos Reis: inscrição de uma diferença na literatura do século XIX. 2001. Dissertação (Mestrado em Letras) – Faculdade de Letras. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2001.

OLIVEIRA, Priscila Vieira de. Maria Firmina dos Reis e a interrogação ao cânone com o romance Úrsula. Dissertação (Mestrado em Letras) – UERJ, São Gonçalo, 2021.

PASSOS, João Carlos dos. Maria Firmina dos Reis: as vozes que emergem do contexto de leitura da obra Úrsula. Dissertação (Mestrado em letras) – Uniandrade, Curitiba, 2020.

PAIXÃO, Luziane Isaura Barbosa Passos. O jogo Heróis de Todo o Mundo: referências negras da história brasileira para a construção da identidade do educando. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) – Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2018.

PALMEIRA, Francineide Santos. Vozes femininas nos Cadernos Negros: representações de insurgência. 2010. 133f. Dissertação (Mestrado em Letras e Linguística) – Instituto de Letras. Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2010.

PALMEIRA, Francineide Santos. Vozes de escritoras afrodescendentes na América Latina: Brasil e Colômbia. Tese (Doutorado em Estudos Étnicos e Africanos) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2014.

PEREIRA, Lúcia Miguel. As mulheres na literatura brasileira. In: Anhembi, n. 49, vol. XVII. São Paulo, dez 1954.

PEREIRA, Theicy Rhoxana Ferreira. O pensamento político de Maria Firmina dos Reis: a intelectual maranhense por trás das convenções sociais e políticas do Brasil oitocentista. Dissertação (Mestrado em Ciência Política) – UERJ, Rio de Janeiro, 2020.

PIMENTA, Amanda Maria Marques. Quando a escrita traz a marca do sofrimento: privação de reconhecimento na vida e na obra de autores negros brasileiros. Tese (Doutorado em Psicologia) – PUC-MG, Belo Horizonte, 2021.   

PINHEIRO, Thayara Rodrigues. Vozes femininas em Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, “uma maranhense”. 2016. 94 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2016.

PIRES, Clarissa dos Santos Pinto. Provas do Bello Talento: gênero, raça e abolição sob a pena de Maria Firmina no Maranhão Oitocentista. Dissertação (Mestrado em História) – UFF, Niterói, 2020. 

REIS, Vanessa Jamile Santana dos. A invisibilidade do feminismo negro nos instrumentos de representação do conhecimento: uma abordagem de representatividade social. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2019.

RIBEIRO, Sálua Francinele. Por uma literatura afro-brasileira: memória, subjetividade, afetividade e maternidade na obra de Maria Firmina dos Reis. Tese (Doutorado em História) – UFU, Uberlândia, 2022. 

RIO, Ana Carla Carneiro. Autoria, devir e interdição: os “entre-lugares” do sujeito no romance Úrsula. 2015. 137 f. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) – Faculdade de Letras. Universidade Federal de Goiás, Catalão, 2015.

RIO, Ana Carla Carneiro. Poder, resistência e verdade nos romances abolicionistas Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, e A escrava Isaura, de Bernardo Guimarães. Tese (Doutorado em Letras) – UFG, Goiânia, 2020. 

ROCHA, Paraguassú de Fátima. A representação do herói marginal na literatura afro-brasileira: uma releitura dos romances Úrsula de Maria Firmina dos Reis e Ponciá Vicêncio de Conceição Evaristo. 120 f. Dissertação (Mestrado em Teoria Literária) – Centro Universitário Campos de Andrade, Curitiba, 2008.

RODRIGUES, Rodrigo Gouvêa. Romance de autoria feminina: “o ser mulher” em Maria Firmina dos Reis e Júlia Lopes. Dissertação (Mestrado em Letras) – Pontifícia Universidade Católica, Goiânia, 2018.

SANTOS, Katiana Souza. Relações de gênero na segunda metade do século XIX na perspectiva de Maria Firmina dos Reis: análise do romance Úrsula. 135 f. Dissertação (Mestrado em Cultura e Sociedade) – Centro de Ciências Humanas. Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2015.

SANTOS, Carla Sampaio dos. A escritora Maria Firmina dos Reis: história e memória de uma professora no Maranhão do século XIX. 126 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2016.

SANTOS, Thayara Rodrigues Pinheiro dos. Vozes femininas em Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, “Uma maranhense”. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2016. 

SILVA, Andressa Marques da. Autoras de seus dias: escritoras negras e o ensino de literatura. Tese (Doutorado em Letras) – UnB, Brasília, 2021.

SILVA, Geraldo Ferreira da. Maria Firmina dos Reis: a voz negra na Literatura Brasileira dos oitocentos. Dissertação (Mestrado em Letras) – UniMontes, Montes Claros, 2017.

SILVA, Jeissyane Furtado da. Nas trilhas literárias de Maria Firmina dos Reis. Dissertação (Mestrado em Letras) – UFAC, Rio Branco, 2020.

SILVA, Joseyla Lima. A narrativa de Maria Firmina dos Reis e a perspectiva hermenêutica para a prática dos estudos literários. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, 2018.

SILVA, Marllon Antonio Alves da. Mulheres, raça e literatura: as representações femininas presentes no romance Úrsula (1859), de Maria Firmina dos Reis. Dissertação (Mestrado em História) – UERJ, Rio de Janeiro, 2021.

SILVA, Régia Agostinho da. A escravidão no Maranhão: Maria Firmina dos Reis e as representações sobre escravidão e mulheres no Maranhão na segunda metade do século XIX. 177 f. Tese (Doutorado em História Econômica) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.

SIMÕES, Bárbara. O negro samaritano e a santa virgem de Maria Firmina dos Reis. In: PEREIRA, Edimilson de Almeida, JÚNIOR, Robert Daibert (Org.). No berço da noite: religião e arte em encenações de subjetividades afrodescendentes. Juiz de Fora: MAMM/UFJF, 2012.

SOARES, Diego Carvalho de Oliveira. As trajetórias possíveis do banzo: desdobramentos em narrativas de autoria negra. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – UERJ, Rio de Janeiro, 2021. 

SOUSA, Larissa da Silva. As mulheres do século XIX pelas narrativas de Maria Firmina dos Reis. Dissertação (Mestrado em Letras e História) – UECE, Quixadá, 2021.

SOUZA, Antonia Pereira de. A prosa de ficção nos jornais do Maranhão oitocentista. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2017.

SOUZA, Natália Lopes de. Uma senhora maranhense que cultiva as belas letras: Maria Firmina dos Reis e sua trajetória na imprensa (1860-1911). Dissertação (Mestrado em História) – UFJF, Juiz de Fora, 2020.

TELLES, Norma de Abreu. Encantações: escritoras e imaginação literária no Brasil, século XIX. São Paulo: Editora Intermeios, 2012.

TELLES, Norma de Abreu. Encantações: escritoras e imaginação literária no Brasil, século XIX. 531 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Faculdade de Ciências Sociais. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1987.

TRINDADE, Maria de Nazaré Barreto. A “senhora do reino encantado de Guimarães” e suas contemporâneas: antropologia e literatura na trajetória da escrita feminina negra na Amazônia do entresséculos XIX e XX. Tese (Doutorado em Antropologia) – UFPA, Belém, 2022. 

TROINA, Rosane Jaehn. Marcas da desconstrução das concepções hegemônicas da condição de gênero e etnia no romance Úrsula, de Maria Firmina dos Reis. Dissertação (Mestrado em Letras) – FURG, Rio Grande, 2021. 

VERÍSSIMO, Tássia Hallais. Maria Firmina dos Reis: a escrita de uma mulher no Brasil oitocentista. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.

VRBATA, Sidnea Almeida Pedreira. Maria Firmina dos Reis: Iyalodê do Brasil. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, 2018.

ZIN, Rafael Balseiro. Maria Firmina dos Reis: a trajetória intelectual de uma escritora afrodescendente no Brasil oitocentista. 100 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Faculdade de Ciências Sociais. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2016.

ZIN, Rafael Balseiro.  Maria Firmina dos Reis: a trajetória intelectual de uma escritora afrodescendente no Brasil oitocentista. São Paulo: Aetia Editorial, 2019.

ZIN, Rafael Balseiro. Escritoras abolicionistas no Brasil-Império: Maria Firmina dos Reis e Julia Lopes de Almeida na luta contra a escravidão. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – PUC-SP, São Paulo, 2022.

Nota: agradecemos ao pesquisador Rafael Balseiro Zin pelo acesso à relação atualizada das Teses e Dissertações sobre a vida e a obra de Maria Firmina dos Reis. 


LINKS