DADOS BIOGRÁFICOS

Adriano Carlos Moura é professor de Língua Portuguesa e Literatura, poeta e autor teatral. Doutor em Estudos Literários pela UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora e  Mestre em Cognição e Linguagem pela UENF – Universidade Estadual do Norte Fluminense.

Atua na graduação e pós-graduação do IFF  – Instituto Federal Fluminense. Ministra as disciplinas Literatura Portuguesa e Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa. Coordenou o subprojeto de Letras Pibid do IFF e pós-graduação em Literatura, "Memória Cultural e Sociedade".

Exerceu a função de editor executivo da Essentia Editora do Instituto Federal Fluminense. Estudou as relações intertextuais entre o cinema e a literatura com ênfase na Estética da Recepção em pesquisa de mestrado na UENF.

Adriano Moura publicou seu primeiro livro de poemas – Liquidificador – em 2007, após trazer a público duas peças teatrais em 2005: A matrioska ou o jogo da verdade e Relatos de professores. Desde então, vem desenvolvendo promissora carreira na poesia, na ficção e na dramaturgia, somando até agora nove lançamentos. Em paralelo, desenvolve intensa atividade como crítico literário, com diversos artigos em periódicos, além de coautoria em publicações destinadas aos estudos literários desenvolvidos junto ao público universitário. Tal postura confirma o perfil de escritor moderno por ele assumido, empenhado na produção literária em paralelo à reflexão crítica e teórica.

Em entrevista a Marisa Lourdes, do Tribuna de Minas, o escritor revelou:

"Nunca acreditei muito em inspiração. Soa sempre como algo metafísico, sobrenatural ou resultado apenas do universo interno do autor. Escrevo mais sobre o que vejo, escuto, toco do que sobre meu mundo interno. Parafraseando o poeta Ferreira Gullar, escrevo sobre o que me causa espanto. Pode ser um malabarista no sinal, uma notícia no jornal, um lugar, a própria linguagem. A realidade que vejo pela janela precisa desencadear em mim a vontade de escavá-la até encontrar nela, por meio da linguagem, material suficiente para o poema. A poesia deve estar nas coisas, não em mim. Nunca gostei muito de textos confessionais demais. A janela é a vida pulsante que nos circunda".

Em seu novo livro, Invisíveis (2020), Adriano retrata histórias realistas vividas pela população mais marginalizada no Brasil. Em entrevista ao site “Literatura é bom para vista”, o escritor explica o que o levou criar personagens abandonados socialmente: “O que vi e me despertou a vontade de narrar sobre pessoas ‘invisíveis’ foi o sentimento de abandono lido na pupila dos que fingimos não ver nas esquinas, bares, casas, ruas”.

Referências

MOURA. Adriano. Adriano Moura: “A poesia deve estar nas coisas, não em mim”. Entrevista concedida a Marisa Lourdes. Minas Gerais: Tribuna de Minas, 2018. Disponível em: https://tribunademinas.com.br/especiais/colunas/sala-de-leitura/23-10-2018/adriano-moura-a-poesia-deve-estar-nas-coisas-nao-em-mim.html.

MOURA, Adriano. “LIVROS SÃO AMULETOS E PATUÁS”, DIZ ESCRITOR ADRIANO MOURA. Entrevista concedida ao Literatura é bom para vista, ago. de 2020. Disponível em: https://literaturaebompravista.wordpress.com/2020/08/31/livros-sao-amuletos-e-patuas-diz-escritor-adriano-moura/.


PUBLICAÇÕES

Obra individual

A matrioska ou o jogo da verdade, 2005. (peça teatral).

Relatos de professores, 2005. (peça teatral).

Liquidificador: poesia para vita mina. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2007. v. 1. (poesia).

Meu querido diário, 2009. (peça teatral).

O julgamento de Lúcifer. São Paulo: Novo Século, 2013. v. 1. (romance).

O julgamento de Lúcifer, 2014. (peça teatral).

Pessoas, 2015. (Peça teatral).

Todo Verso Merece Um Dedo De Prosa. 1. ed. Lisboa: Chiado, 2016. v. Único. (poesia).

Invisíveis. Editora Patuá, 2020. (contos).

Antologias – Não ficção

A língua estrangeira de Manoel de Barros. In: Deneval Siqueira de Azevedo Filho; Elizabeth Gerlânea Caron Sandrini; Cinthia Mara Cecato da Silva; Cláudia Fachetti Barros. (Org.). Poetas brasileiros modernos: mosaico. 1ed.Curitiba: CRV, 2021, v. 1, p. 13-25.

MOURA, Adriano Carlos; Luiz Fernando Medeiros de Carvalho. O trabalho da luta na ficção e argumentação, entre a norma e a singularidade: 1925,1928,1931 - percurso de uma insistência. In: Davi Pinho; Maria A. de Oliveira; Nícea Nogueira. (Org.). Conversas com Virgínia Woolf. 1ed. Rio de Janeiro: Ape'Ku Editora e Produtora Ltda, 2020, v. 1, p. 166-178.

Dom e Dom Casmurro: adaptação ou intertextualidade temática. In: Ana Carolina Rocha Santa Rita; Wendel Vasconcelos Sampaio. (Org.). Leitura de literatura no Ensino Superior. 1ed. Curitiba: CRV, 2019, v. 1, p. 59-75.

Não ficção

MOURA, Adriano Carlos; GONÇALVES, Ana Beatriz Rodrigues. Nação e identidade em Mayombe de Pepetela. In: CLARABOIA, v. 13, p. 23-33, 2020.

MOURA, Adriano Carlos. Identidades transnacionais e multiterritoriais em O retorno e Também os brancos sabem dançar. In: SCRIPTA UNIANDRADE, v. 18, p. 139-164, 2020.

MOURA, Adriano Carlos; GONÇALVES, Ana Beatriz Rodrigues. (Des)civilização e barbárie na guerra colonial em Moçambique: uma análise do personagem Luís Alex de A costa dos murmúrios, de Lídia Jorge. In: RAÍDO (Online), v. 13, p. 185-194, 2019.

MOURA, Adriano Carlos; GONÇALVES, Ana Beatriz Rodrigues. Expressão da memória e delírio em 'Hotel Paris' de Maria Isabel Abad Landoño. In: IPOTESI (Juiz de Fora. Online), v. 13, p. 2-11, 2019.

MOURA, Adriano Carlos. Poética, política e literatura menor na poesia de Noémia de Sousa. In: Travessias Interativas, v. 16, p. 299-314, 2018.

MOURA, Adriano Carlos. Nacionalismo e hibridismos identitários no romance histórico Mulheres de Cinzas, de Mia Couto. In: LITTERATA - Revista do Centro de Estudos Portugueses Hélio Simões, v. 8, p. 30-41, 2018.

MOURA, Adriano Carlos. Estudo Deleuziano de Literatura Contemporânea:  Literatura Menor e Agenciamento em António Lobo Antunes e Ferréz. In: Diálogos: Revista de Estudos Culturais e da Contemporaneidade, v. 1, p. 40-49, 2015.

MOURA, Adriano Carlos. Autobiografia: gênero literário ou forma de recepção. In:  Miguilim, v. 3, p. 142-152, 2014.

MOURA, Adriano Carlos. Babel: cinema hipertextual e processos de significação. In: Tempo Brasileiro, v. único, p. 159, 2011.


TEXTOS

Adriano Moura - Amanhã é agora

Adriano Moura - Ascese

Adriano Moura - Carta à Princesa Isabel

Adriano Moura - Com quantas conchas se faz um verso

Adriano Moura - De Assis

Adriano Moura - Isto não é um fuzil

Adriano Moura - O mar de Sueli

Adriano Moura - Os donos do poder

Adriano Moura - Por que não só rio

Adriano Moura - por que temer as hienas


FONTES DE CONSULTA

PEREIRA, Daniele Prates; BRUNIERI, Ariana Regina Storer. SP invisível: a experiência da Fanpage no Facebook como construção de uma obra narrativa digital. Paraná: UNIOESTE - Humanidades nas Fronteiras, 2017. Disponível em: https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/3546

PEREIRA, D. P.; BRUNIERI, A. R. S. A EXPERIÊNCIA LITERÁRIA A PARTIR DA FANPAGE SP INVISÍVEL NO FACEBOOK. DESAFIOS - Revista Interdisciplinar da Universidade Federal do Tocantins, v. 5, n. 3, p. 54-69, 30 set. 2018.


LINKS

Poemas do livro “Liquidificador” (2007)

Matéria sobre o livro “Todo verso merece um dedo de prosa” (2016)

Entrevista concedida ao poeta Artur Gomes

Resenha sobre o livro “Invisíveis” (2020)

Resenha sobre o romance “O julgamento de Lúcifer” (2013)

Sobre a peça teatral “Relatos de professores”

Sobre a peça teatral “Relatos de professores”

Sobre a peça “Matrioska ou o jogo da verdade”

Bienal do livro em Campos dos Goytacazes: Adriano Moura e Gabriel Pensador

Artigo sobre a autora moçambicana Noémia de Sousa

Artigo sobre identidade e hibridismo na literatura africana

Invisíveis, de Adriano Moura

Adriano Moura – Invisíveis

Adriano Moura: 'Os invisíveis são a mão de obra barata'

Adriano Moura: “O Brasil não gosta de se ver no espelho”

“LIVROS SÃO AMULETOS E PATUÁS”, DIZ ESCRITOR ADRIANO MOURA

Adriano Moura – Facebook

Lattes

Adriano Moura: “A poesia deve estar nas coisas, não em mim”