AMANHÃ É AGORA

                           Adriano Moura

Que se espalhem pelos caminhos

luminárias de sossego.

Que os jovens mortos

floresçam no fim da trilha.

Que as mortes homicidas

das crianças

sejam menores

que as flores de lótus

na boca de nosso lixo

diário.

Esse tempo, meu amor,

não é desespero,

é de espera.

 
(In: Todo verso merece um dedo de prosa).

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