DADOS BIOGRÁFICOS

 

Luciany Aparecida nasceu em 1982 no Vale do Rio Jiquiriçá, Bahia. Atualmente, reside em Salvador. É professora, pesquisadora, escritora de romances, contos, dramaturgias e poemas, além de ser Doutora em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). No âmbito da crítica literária, os estudos da autora versam sobre a teoria literária, a literatura contemporânea, na interface entre história, memória, ancestralidade, afro-diáspora, imigração, nação e performances. Sua tese de doutorado recebeu parecer “aprovada com distinção”, devido ao estudo do Poemário Modelosvivos (2010), de Ricardo Aleixo.

Em 2023, surge o romance Mata Doce (Editora Alfaguara), muito elogiado pela crítica contemporânea. Além desse livro, a autora publicou Macala, em 2022, pela Círculo de Poemas: um conjunto de 11 poemas produzidos a partir da interlocução entre literatura e uma fotografia de Marc Ferrez (“Mulher negra da Bahia”, de 1885). Em 2021, lança Joanna Mina, resultado do edital Dramaturgias em Processo do Teatro da USP. Com aassinatura de Ruth Ducaso (assinatura estética da escritora), publica Florim, em 2020, e Contos ordinários de melancolia, em 2017, ambos pela Paralelo 13S.

Luciany Aparecida possui também participação em algumas antologias, como em Abrindo a boca, mostrando línguas (Paralelo 13S, 2021), em Descuidosa de sua beleza (Mondrongo, 2020), em 40 em quarentena (Oficina Raquel, 2020). Alguns de seus textos foram traduzidos para a língua inglesa, publicados na Asymptote Journal (tradução de Elisa Wouk Almino, em 2018), na Monoa (2019) e na Jellyfish Review (tradução de Sarah Rebecca Kersley, em 2020). Teve ainda um de seus contos na coletânea turca Trendeki Yabanci (2021), da editora Can Publishing (tradução de Özde Çakmak).

Sobre o seu novo romance, Mata doce, Rafael Glória disserta:

Aparecida consegue articular a narrativa do livro de uma forma muito harmônica, costurando as idas e vindas da história, de modo que vamos descobrindo aos poucos e por diferentes caminhos como se deu sua vida, e, por extensão, a de Mata Doce durante quase um século. Um olhar melancólico, e muito singelo, paira por esses personagens atravessados por grandes e pequenas tragédias, muitas delas com origem no colonialismo e na violência, marcas que continuam ecoando na sociedade brasileira, sobretudo na população negra e indígena. (Glória. Jornal Nonada, 2023).

A escritora participa, frequentemente, de rodas de conversas, clubes de leitura, debates não apenas sobre seus livros, mas também temas relacionados à afro-diáspora, à performance e à cultura brasileira. Em dezembro de 2023, Mata doce foi eleito como um dos melhores livro, conforme pesquisa realizada pela Folha Ilustrada.

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PUBLICAÇÕES

 

Obra Individual

Romance/novela/conto

Contos Ordinários de Melancolia. 2. ed. Salvador: Paralelo13S, 2019. 82p.

Florim. 1. ed. Salvador: Boto cor-de-rosa livros, arte e café/paralelo13S, 2020. v. 1. 67p.

Mata Doce. 1. ed. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2023. 305p.

Poesia

Ezequiel. 1. ed. Salvador: Pantim, 2018. 80p.

Macala. 1. ed. São Paulo: Círculo de Poemas, 2022. v. 1. 24p.

Dramaturgia

Joanna Mina. 1. ed. Salvador: selo editorial paralelo13S, 2022. v. 1. 134p.

Dramaturgias em processo: 2021 JOANNA MINA. 1. ed. São Paulo: Teatro da Universidade de São Paulo, 2021. v. 1. 480p.

Antologias

40 em quarentena. Festejos de Liberdade. In: Jorge Marques. (Org.). 1ed.Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2020, v. 1, p. 1851.

Memória de Passarinho. In: Tiburi, Marcia. (Org.). Ato Poético. 1ed.Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2020, v. 1, p. 1.

Descuidosa de sua beleza. In: Nívia Maria Vasconcellos. (Org.). 1ed.Itabuna: Mondrongo, 2020, v. 1, p. 135-144.

Correio literário. De Luciany Aparecida para Gloria Anzaldúa. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2024. 

Não-ficção

Auto-retrato. 1. ed. Salvador: Pantim, 2018. 40p.

Cadernos Araxá. 1. ed. Salvador: Pantim, 2018. v. 1. 307p.

Estudos de literatura brasileira contemporânea. Vaga carne: a visão da voz., v. 1, p. 1-3, 2023.

AFROASIA, Poesia e sociedade na literatura brasileira contemporânea., v. 65, p. 839-844, 2022.

A Journal of Brazilian Literature. Fernanda Bastos. Selfie-purpurina. Brasil/Brazil, v. 35, p. 186-188, 2022.

Revista Brasileira de Literatura Comparada. Não quero mais negar minha alma, v. 23, p. 140-145, 2021.

Cerrados. Metamorfose das Feridas: Formação diaspórica na literatura contemporânea, v. 30, p. 1, 2021.

Modelos vivos em uso: Poesia e performance de Ricardo Aleixo (em) um exercício crítico de literatura contemporânea. 2015. 254 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2015.

 

TEXTOS

 

CRÍTICA

 

 

 

FONTES DE CONSULTA

 

QUERINO, Joseli dos Reis; BRITTO DE QUEIROZ, Milena. E eu não sou uma escritora? Vozes-mulheres deslocando lugares de opressão na poética de Luciany Aparecida. Revista Cerrados, [S. l.], v. 30, n. 57, p. 51–61, 2021. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/cerrados/article/view/38249. Acesso em: 12 abr. 2024.

POLESSO, Natália Borges. os rastros de Ruth Ducaso: linguagem e liberdade nos livros de Luciany Aparecida. Revista Crioula[S. l.], n. 30, p. 14–35, 2022. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/crioula/article/view/201756. Acesso em: 12 abr. 2024.

 

LINKS

Literatura negra: narrar vidas fora de mim - Revista Quatro cinco um

Com Mata Doce, Luciany Aparecida cria narrativa contracolonial protagonizada por mulheres negras do campo - Revista Nonada 

Cartas, Memórias e Fantasmas: conheça a narrativa profunda de Mata Doce, de Luciany Aparecida - Revista Redemoinho

Trecho do livro Mata Doce - Revista Gama

Um protesto tímido e poético - Carta Capital

Luciany Aparecida defende papel social da literatura de trazer sensibilidade a temas banalizados  - TV Brasil

Novo romance de Luciany Aparecida - Arte1