O tempo passou ainda mais (êta tempo que voa, né?). A avó de Betina foi se encontrar com os ancestrais e Betina tornou-se uma mulher adulta e com energia contagiante. Mas, além de crescer, a nossa Betina-menina-trançadeira virou Betina-mulher-cabeleireira. Ela montou um salão de beleza que cuidava, trançava e penteava todos os tipos de cabelos e de todo tipo de gente. Mas o seu salão tinha algo especial: era um dos poucos na cidade que sabia pentear e trançar com muito charme e beleza os cabelos crespos.

O salão ficava cheinho de gente e Betina precisou empregar muitas pessoas para ajudá-la no trabalho. Afinal, era tanta gente que ela sozinha não conseguia cuidar de tudo. No dia a dia do salão, Betina corria pra lá, corria pra cá, trançava, penteava, atendia ao telefone, conversava com todo mundo, sempre alegre e com as bochechas sorridentes, como era desde criança. O salão foi se tornando um lugar muito legal de se ir e de conviver e, aos poucos, Betina ficou conhecida por muita gente, dentro e fora da sua cidade e imagina... até fora do país.

Quem passava pelo salão da Betina saía de lá com os cabelos bem tratados, com penteados diferentes, tranças criativas e cheios de energia boa! Parecia mágica!

Betina pensava: “Se minha avó estivesse aqui, ela ia ficar orgulhosa!”, e os seus olhos derramavam lembranças.

(Betina, p. 18)