DADOS BIOGRÁFICOS

Integrante de uma nova e promissora geração de autores negros brasileiros, Guellwaar Adún, batizado Marcus Gonçalves da Silva, nasceu no Rio de Janeiro, em 1971, tendo vivido a infância e a primeira adolescência na Baixada Fluminense. Em 1988, muda-se para Salvador, terra de seus familiares e ancestrais, logo se integrando à vibrante cena cultural soteropolitana. Mais tarde, participa como educador do Projeto Axé e leciona literatura no Instituto Cultural Steve Biko, além de coordenar as atividades pedagógicas do Instituto Oyá. Participa do bloco afro IIê Aiyê, onde atua como compositor e faz história ao vencer por três vezes o Festival de Música Negra daquela organização. Participa ainda da fundação do “Maloqueiros” – grupo de teatro de rua com espetáculos de grande receptividade de público e crítica.

Em 2011, participa do número 34 de Cadernos Negros, com o conto “A solidão de Soledade”, transcrito entre os textos selecionados no literafro. Nos anos seguintes, publica poemas nos números 35 e 37 dos Cadernos Negros.

Guellwaar Adún é também um dos fundadores do “Coletivo Literário Ogum’s Toques Negros” e da editora homônima, que vem atuando no lançamento de novos autores, além de publicar referências negras de outras gerações, como José Carlos Limeira, Miriam Alves e Beatriz Nascimento. Nessa linha, organizou em 2015, juntamente com Mel Adún e Alex Ratts, a antologia Ogum’s toques negros, com participação de dezenove poetas de diversas regiões do país. Em paralelo, tem forte atuação nas redes sociais, nelas construindo espaços alternativos de circulação do texto literário, como o blog Ogumstoques.

Em 2016, o autor traz a público Desinteiro, seu primeiro livro de poemas, “um lance de dados mallarmaico” pautado pela invenção, conforme pontua o poeta e crítico Ronald Augusto no prefácio. Para ele, o título “alude a uma força centrífuga, Desinteiro se descentra enquanto estilhaça a volátil área semântica demarcada por cada poema.” Criador “exusíaco” e leitor atento das vanguardas e da tradição da literatura negra da diáspora, Guellwaar Adún figura entre os expoentes da renovação vivida pela literatura afro-brasileira nas primeiras décadas do século XXI.

 


PUBLICAÇÕES

Obra individual

Desinteiro. Editora Ogum’s. Salvador. Bahia, 2016.

Antologias

Cadernos Negros 34. Org. Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa. São Paulo: Quilombhoje, 2011.

Cadernos Negros 35. Org. Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa. São Paulo: Quilombhoje, 2012.

Cadernos Negros 37. Org. Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa. São Paulo: Quilombhoje, 2014. 

Ogum’s toques negros: coletânea poética. Org. Guellwaar Adún; Mel Adún; Alex Ratts. Salvador: Ogum’s Toques Negros, 2014.

Cadernos Negros 39. Org. Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa. São Paulo: Quilombhoje, 2016.

Enegrescência – coletânea poética, Editora Ogum’s Toques, 2016

Pretumel de chama e gozo: antologia de poesia negro-brasileira erótica. Org. Akins Kintê, Cuti. São Paulo: Ciclo Contínuo, 2015.

 


TEXTOS

 Negrezas (poema)

"p&b" (Poema)

Luiza Bairros, yalodê (poema)


CRÍTICA

 


FONTES DE CONSULTA

 


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