DEDICATÓRIA 

 

Oh, negrada, destorcida!  

Que não quer não, outra vida  

Melhor que esta de chalaça,  

por entre fumo e cachaça;  

Prá você, negrada boa,  

que chamam de gente à toa,  

Alinhavei tudo isto. 

 

este livrinho - um entulho  

à sua malemolência,  

o qual falará da dor  

desta infeliz gente negra,  

gente daqui da pontinha,  

desgraçada gente minha,  

A gente do meu amor! 

 

(Negro preto cor da noite, 1936)