“37. São estes versos de desculpar
que lhe ofereço.
Vê, não sou poeta,
como se pensava fosse.
Não tenho adereço,
também não faço esforço:
faço apenas versos,
como se versos fossem
porque demais careço.
Não têm lírica, nem rima.
E pra não deixar só nisso,
tem pé quebrado!
E fica assim tão simples
que talvez nem existam,
embora estejam impressos,
já disse,
do que demais careço.
Oh!!!
Deculpa-me se lhe confesso!
Desculpa-me!, viu?”
 (Prosoema, texto 37)