Thaíse Santana
Eu te vejo
eu te vejo na doçura que imprime na palavra
como se ela fosse música para os meus ouvidos
eu te vejo no cuidado que reveste o seu toque
como se os seus dedos fossem feitos de espumas
eu te vejo na luz que escapa dos teus olhos
como se nos meus ela achasse abrigo
eu te vejo no fogo que habita o teu corpo
como se buscasse refrigério nas minhas águas
eu te vejo nos atos de menino-homem solitário
como se no meu abraço encontrasse casa.
(Dentro da casa o vazio, 2024)