Entrevista com Conceição Lima[1]

Assunção de Maria Sousa e Silva[i]

Assunção de Maria Sousa e Silva: Conceição Lima, em primeiro lugar, quero agradecer a sua disponibilidade de nos conceder essa entrevista. É com satisfação que lhe envio essas perguntas para que o público leitor tenha oportunidade de conhecer suas ideias. Um dos seus poemas “A casa” revela uma perspectiva de criação geo-territorial de um projeto e, ao mesmo tempo, traduz o modus operandi de sua formação. O eu poético exalta a constituição da casa através de um gesto cartográfico que dimensiona a formação e a projeção inacabada. O poema nos estimula a pensar sobre o passado, situarmo-nos no presente e perspectivar o futuro alimentado por nossos sonhos. Interrelacionando o poema com o contexto de seu país hoje, qual sua visão sobre o projeto de nação de São Tomé e Príncipe?

Conceição Lima: Sim, projecto de nação ou nação em construção, cujos fôlegos primordiais começaram por se manifestar através de uma consciência identitária dos crioulos, mestiços e negros, os chamados filhos da terra, uma consciência com enraizamento secular, passando pela afirmação e predomínio dos são-tomenses nos movimentos protonacionalistas ativos em Portugal durante a Iª República. Era um sentido identitário forrocêntrico que prevaleceu até a proclamação da independência, a 12 de Julho de 1975, altura em que o governo do Movimento de Libertação decreta o alargamento das margens da nação, conferindo o direito de pertença a todos os então residentes, uma decisão que abrangeu, de forma especial, as comunidades trazidas para o arquipélago, nas condições que todos conhecemos, para sustentar a impiedade da economia de plantação: angolanos, moçambicanos, cabo-verdianos. Creio ser importante dizer que a proclamação e reivindicação, a partir de finais da primeira metade do século XX, dessa nação projectada, desta obra inacabada, contínua, sujeita a mutações deste projecto em quotidiana construção, este projeto que conhece recuos, travagens e avanços, se formula pela palavra poética: Francisco José Tenreiro, Marcelo da Veiga, Maria Manuela Margarido, Alda Espírito Santo, Tomás Medeiros. Parafraseando Agostinho Neto, ‘’não foi o cantar do galo que anunciou o novo dia, mas sim a voz dos poetas.’’ A nação literária antecedeu a nação política e nos poemas dos pais e mães fundadores e fundadoras sente-se já o sopro vital da mátria. A minha visão sobre o projecto de nação para São Tomé e Príncipe inscreve no seu âmago a preservação da liberdade, a afirmação dinâmica da identidade e das identidades culturais num todo harmonioso, a justiça e a coesão sociais num Estado multicultural, embora exíguo (cinco línguas em 1000 quilómetros quadrados), a erradicação das desigualdades flagrantes, a abolição da sloganização da palavra. Uma nação em que a cultura não seja parente pobre, em que o livro seja acessível como instrumento de construção da cidadania e a leitura uma forma de respiração. Uma Casa-Nação, a um tempo colectiva e íntima, guardiã das suas memórias, as traumáticas e as luminosas, semeadora, vindimadora e fruidora de todo o potencial dos seus filhos e filhas, um pomar de esperança, de resiliência, ambição e concretização das aspirações mais elevadas. Uma nação na qual a exuberância e a beleza das paisagens, da natureza não estejam divorciadas do destino dos seus habitantes. Casa-mátria da qual possamos afirmar com orgulho que somos herdeiros e legatários. Um corpo de mar e de basalto, emergindo altivo das ondas como um degrau indestrutível, dádiva e oferenda, chamamento no âmago do poema que, habitando-a, concorre, simultaneamente, para a sua construção. Uma casa de paredes porosas e rijas que, tal como no verso, se metamorfoseie nos rostos dos seus moradores.

A.M.S.S.:  Há na sua obra outros poemas que alertam sobre as artimanhas do poder ou daqueles que o detêm e exercem o controle sobre a população nos mais variados contextos e épocas. Refiro-me, por exemplo, ao que trata “Antiepopeia”, “O guardião”, “Os pequenos tiranos”, “Certos pequenos tiranos”. Você expõe poeticamente determinados atos de poder. Em que medida isso tem alguma relação com a construção e repercussão histórica do seu país?

C.L: Essa relação existe quanto à construção e repercussão histórica do meu país, em certa medida, e de África, especialmente da África sub-sahariana mas não só, pela experiência e pelos conhecimentos adquiridos sobre a trajetória mais recuada e a consciência de determinadas realidades no tempo presente. Esse percurso desnuda dolorosos pontos de contacto entre certas práticas de exercício do poder do passado e do presente.  Não existe o propósito de fazer do texto poético um substituto de páginas de compêndio de História ou de manifestos políticos. Como diz, é um exercício de elaboração poética.

Um exercício ao qual subjaz a intencionalidade de imbuir, de alguma forma, a palavra de uma função simultaneamente de rememoração, de exorcismo, de recusa do apagamento e de exortação a um estado crítico e de alerta, um estado gerador de resistência e de mudança. Uma resistência de que o próprio poema, dentro do âmbito da sua vocação e potencialidade, se torne tocha e âncora, quer propondo-se escavar, pelo viés da subjectividade meditativa, memórias traumáticas, quer intentando revelar, expor, as teias conjugadas que, no presente, cerceiam, rasuram, obliteram e adiam, muitas vezes, a concretização do sonho, da esperança, as mais legítimas aspirações, a prerrogativa de reivindicar e usufruir do direito aos frutos maduros e à justa claridade dos dias, como plenos habitantes da palavra e do tempo. 

A.M.S.S.: Em 2016, você e Gerson Soares criaram e produziram o documentário FITXICÊLU – Crenças, estigma e ostracismo (GS Produções) o qual aborda um dos grandes problemas sociais de São Tomé e Príncipe: a forma como as pessoas mais velhas e pobres são tratadas, acusadas de feitiçaria. Esse problema ainda persiste no país com a mesma intensidade? Quais têm sido as soluções para a garantia dos direitos dos idosos no seu país? Li matérias em sítios que o documentário foi excluído do prêmio de jornalismo à época. Quais foram as implicações e consequências da criação e publicização desse documentário

C.L: Esse documentário foi o primeiro trabalho de exposição e denúncia de uma dolorosa realidade, um tabu escancarado, um dos aspectos mais tenebrosos da sociedade são-tomense que tem vindo a aumentar: a marginalização, a ostracização, a estigmatização, a violentação física e psicológica das pessoas idosas. As principais vítimas são mulheres. Não creio que seja um exagero falar-se numa certa forma de feminicídio cívico e social que chega a culminar, às vezes, em assassinatos. O aumento dos níveis de pobreza, a inexistência de políticas públicas assistenciais por parte do Estado devido ao profundo enraizamento dos preconceitos e das crenças do topo à base, a dificuldade da própria família em compreender e interpretar os sinais de senilidade são fatores que se conjugam para vitimar os idosos e, principalmente, as idosas. Posso dizer que o maior advogado das pessoas idosas maltratadas por supostas práticas de feitiçaria em São Tomé e Príncipe tem sido o Bispo da Diocese de São Tomé, Manuel António Santos, que não se cansa de pregar e de apelar à mudança de mentalidades e à prática da solidariedade ativa.

Aliás, as medidas de proteção e de assistência são lideradas pela Igreja Católica, através da Santa Casa da Misericórdia, das Cáritas e de instituições paroquiais que têm lares de acolhimento. Também a Cruz Vermelha de São Tomé e Príncipe desempenha um papel muito meritório, acolhendo idosos expulsos das suas comunidades, albergando-os, alimentando-os. Se é certo que os que acolhidos nesses lares deixam de ser perseguidos e maltratados, certo é também que passam a viver num estado de confinamento, de solidão, removidos das suas casas e das suas comunidades. Estas crenças e práticas sempre existiram em São Tomé e Príncipe mas, paradoxalmente, aumentaram de forma exponencial depois da independência. Muitos anos antes de ter produzido o documentário, essa trágica realidade inspirou-me o poema ‘’A Lenda da Bruxa’’. Digamos que o documentário coproduzido por mim e por Gerson Soares retoma o espírito do poema, retratando de forma tão factualmente objetiva quanto nos foi possível, com exemplos concretos, dando voz às vítimas, à Igreja Católica e à Cruz Vermelha, a assistentes sociais, a académicos e a sociólogos, entre outros. Os dois responsáveis do Governo contactados – um ministro e uma diretora – declinaram participar no programa. O documentário foi submetido a tempo. Porém, acabou sendo excluído do concurso, a pretexto de um pormenor burocrático que teria sido facilmente ultrapassado, caso nos tivessem informado a tempo. Quando nos foi dito que havia ‘’ um requisito’’ alegadamente não preenchido, já o prazo de aceitação das candidaturas havia expirado. A verdade é que o documentário teve repercussões, com vozes da opinião pública e da sociedade civil mostrando-se indignadas com a sua exclusão do concurso. O lado positivo é que a TVS, a Televisão São-tomense, o tem transmitido regularmente, está nas redes sociais e gostaríamos de acreditar que, no mínimo, os pungentes testemunhos das vítimas, bem como o posicionamento dos que revelam as causas e se opõem a estas crenças e práticas, procurando combatê-las, diluí-las, estejam a levar algumas mentes a refletir sobre essa faceta da sociedade são-tomense, repensando respostas além da indiferença ou da caução silenciosa, questionando, simultaneamente, a inexistência de políticas públicas de proteção.

A.M.S.S.: Em uma roda de conversa nas redes sociais (2014), você se refere às escritoras negras no enfrentamento contra as injustiças e diz que ser escritora é “a realização de um direito e a concretização da plenitude de um ser”. Quais os possíveis “pontos de contatos” das mulheres negras que escrevem em São Tomé em Príncipe com as de outros países africanos, as do Brasil ou do Caribe?

C.L: Bem, julgo não estar a distorcer a realidade se disser que na literatura e, neste caso concreto, na poesia, prevalece uma hegemonia ocidental e do sexo masculino. É preciso não esquecer que, mesmo no Ocidente, escritoras como Amandine Aurore Dupin e Mary Ann Evans, entre outras, para se esquivarem aos preconceitos de sociedades que depreciavam a produção intelectual feminina, recorreram a pseudónimos masculinos (George Sand e George Eliot). Claro que já não estamos no século XIX, mas persiste a hegemonia ocidental, masculina e burguesa. Para as mulheres negras, sejam africanas ou afrodescendentes, os entraves e obstáculos no universo literário serão maiores, embora com exceções motivadoras, quer em termos de oportunidades de publicação, quer em termos de tradução. Um dos pontos de contacto é essa consciência de perifericidade. Outro, a consciência da importância da literatura enquanto flor e espada contra as heranças dos silêncios colectivos e individuais impostos por séculos de dominação e subalternização. Outro importante ponto de contacto pode resultar da constatação de que as mulheres negras em São Tomé e Príncipe, em outros países africanos, no Brasil ou no Caribe, estando cientes do duradouro legado escravagista e colonial, do qual o racismo será uma das expressões mais resistentes e pérfidas, se apropriem, simultaneamente, de abordagens criativas das especificidades de género para destapar não só as injustiças sociais, mas também, por exemplo, a natureza, muitas vezes desigual e perversa, do relacionamento entre a mulher negra e o homem negro. Nesse domínio, as norte-americanas Tony Morrison e Alice Walker são dois exemplos emblemáticos, mostrando como o autoquestionamento ou a dissecação atualizada dos pontos negativos da nossa própria comunidade pode ser um excelente fermento para a criação literária. Também os espinhosos desafios de se ser mulher, mãe, quantas vezes chefes de famílias monoparentais, as implicações desses factores para a afirmação da cidadania plena.  

A.M.S.S.: Sua obra é reconhecida e respeitada pela qualidade e contundência poéticas. Há poucos meses, a Academia Americana de Poetas e a Revista Words Without Borders protagonizou, com precisamente 327 poetas de 79 países, um concurso no qual você foi uma das premiadas pelo poema “Afroinsularidade”, traduzido por David Sook. Fale sobre a importância deste intento para você e para a literatura de São Tomé e Príncipe?

C.L: Foi um momento inesquecível para mim e julgo que marcante para a literatura de São Tomé e Príncipe, muito mal conhecida no exterior e muito pouco estudada no país. Vencer, ex aequo, o concurso Poems in Translation, ao qual concorreram 606 poemas em 61 línguas e 327 poetas de 79 países, significou algo de muito especial para mim.

As homenagens do Presidente do parlamento, do Governo, na pessoa do Primeiro-ministro, da União Nacional dos Escritores e Artistas, de outros círculos culturais, bem como dos cidadãos são-tomenses no país e na diáspora, indicaram que São Tomé e Príncipe se identificou com esse reconhecimento, com esse prémio. E não poderia deixar de referir aqui as manifestações de carinho de amigas e amigos de várias partes do mundo, incluindo o Brasil.

A.M.S.S.: Dos livros O útero da casa Poesia (2004), A dolorosa raiz do micondó (2006), O país de Akendenguê (2011) e Quando florirem salambás no tecto do pico (2015), qual você teve alguma dificuldade de escrever e em publicar e o que provocou maior impacto sobre os leitores? E ainda pergunto: como se realiza seu processo de criação?

C.L: Não tive qualquer dificuldade em publicar os três primeiros. Pelo contrário, o segundo e o terceiro foram-me praticamente arrancados das mãos pelo meu querido editor da Editorial Caminho, Zeferino Coelho, porque tenho o hábito de reescrever, reescrever, reescrever, está sempre a perguntar quando lhe enviarei o próximo livro. Espero que seja este ano. Estive muito tempo sem publicar, acumulando proto-escritos na gaveta. Agora, sinto que tenho matéria para publicar. O quarto, Quando Florirem Salambás no Tecto do Pico, foi escrito sob uma certa pressão e apelo emocionais e, uma vez escrito, quis concorrer ao Prémio Nacional de Literatura Francisco José Tenreiro, com muito pouco tempo já, razão pela qual foi editado em São Tomé pela casa impressora Lexonics. Foi uma edição bela e quase artesanal, de que gosto muito e que teve uma tiragem muito pequena. Só recentemente me empenhei em contatos editoriais para a sua publicação fora de São Tomé, o que deverá acontecer ainda este ano. Não sinto que tenha tido propriamente dificuldades em escrever qualquer deles. Diria, sim, que O País de Akendenguê foi mais demorado, se calhar porque os poemas que o compõem moraram muito mais tempo dentro da minha cabeça, foram sujeitos a um processo de ordenamento mental mais lento do que os outros. Julgo não haver dúvidas de que o meu livro mais divulgado, estudado, o que tem suscitado mais atenção da crítica, nomeadamente aí no Brasil, e dos tradutores, é A Dolorosa Raiz do Micondó. Já foi traduzido para o espanhol pela Editora Baile del Sol e pela Editora El Perro y la Rana, de Caracas, traduzido para o alemão pela Editora Delta, de Estugarda (que já traduziu os meus quatro livros), pela italiana Edizione Kolibris e, no próximo ano, está projetada uma tradução para o francês.

O meu processo de criação é, habitualmente, lento, pela obsessão da reescrita, embora haja poemas que saíram e saem da cabeça e do espírito para o papel quase prontos. Curiosamente, um deles é o poema mais longo que escrevi até hoje: ‘’ Canto Obscuro às Raízes’’, do livro A Dolorosa Raiz do Micondó. Contudo, muitas vezes, o poema fica dançando, fica em fermentação dentro de mim durante um tempo indeterminado. Quando o transfiro para o papel (gosto de escrever primeiro em blocos de notas e só depois passo para o computador) é por sentir que já tenho um poema, o poema, embora depois me ponha a reescrever. Também rasgo uns quantos. Preciso de um anel de silêncio à minha volta para escrever e isso explicará o facto de escrever quase sempre à noite.  

A.M.S.S.: No poema “Poucas palavras”, você recorre à ideia de versar sobre a palavra dita em sua escassez, sedimentada nas intempéries da vida: “O verso captura a magreza de um osso / Cifra a solidão de um pássaro em voo”. Poema intenso em imagens e na primazia da concisão para atingir o âmago poético. Esse exercício primaz com a palavra: dizer buscando revelar “a magreza de um osso” e “cifr[ar] a solidão de um pássaro em voo” faz parte de sua busca por um maior refinamento estético?

C.L: Eu procuro sempre um maior refinamento estético. Se consigo ou não, a palavra caberá aos leitores, aos críticos literários. Porém, é um facto que em alguns dos meus poemas mais curtos, mais enxutos, mais secos, sinto manifestar-se uma sensação especialmente gratificante de domínio e controlo da palavra e do seu alcance.

A.M.S.S.: Aqui no Brasil, você é uma das autoras africanas cujos poemas são lidos, comentados e divulgados por muitos/as leitores/as. Qual a importância desse reconhecimento para você e para a literatura de São Tomé e Príncipe?

C.L: A importância desse reconhecimento é imensa e extremamente motivadora, inspiradora. A minha poesia está particularmente ligada ao Brasil por laços muito especiais. Antes de todos, os que referiu, pois o destino do poema é o leitor e saber que tenho um número significativo de leitores e leitoras no Brasil é muito estimulante. Estes laços foram fortalecidos por convites que me permitiram participar em quatro eventos de relevo, nomeadamente a IIª Bienal de Brasília, uma Feira do Livro no Ceará que me proporcionou a oportunidade de conhecer pessoalmente Wole Soyinka e ter o privilégio de traduzir a sua conferência, o ÁFRICA BRASIL 2017 - V Encontro Internacional de Literaturas, Histórias e Culturas Afro-brasileiras e Africanas da UESPI, em Teresina e a IIª Conferência dos Docentes de Literaturas Africanas.

Esta ligação estendeu-se ao plano editorial com a publicação do meu segundo livro de poemas, A Dolorosa Raiz do Micondó, pela Geração Editorial, de São Paulo. Dessa relação editorial surgiu um dos momentos mais marcantes da minha carreira, quando, em 2015, o livro ficou em primeiro lugar num concurso do Programa Nacional de Bibliotecas Escolares, PNBE, entre mais de 400 títulos concorrentes, daí tendo resultado uma tiragem de 35.500 exemplares pelo Ministério Brasileiro da Educação. É-me também particularmente gratificante a atenção que a minha poesia tem vindo a merecer da comunidade académica brasileira, os diversos estudos, ensaios, dissertações, as teses de licenciatura, mestrado e doutoramento. Estou convencida de que o Brasil é o país onde a minha poesia é mais estudada, entendendo esse facto não apenas como um prolongamento do conhecimento da minha obra mas, igualmente, como uma projecção da literatura de São Tomé e Príncipe não muito conhecida além-fronteiras, o que reforça sobremaneira para mim a importância desse reconhecimento. 

A.M.S.S.: Muito obrigada pela entrevista, Conceição Lima. 

C.L: Os agradecimentos mais sinceros são meus. Êxitos redobrados para a revista.

NOTA

1 Entrevista publicada inicialmente na Revistas Mangues & Letras, disponível em: https://cchla.ufrn.br/publicacoes/revistas/mangues_letras/


[i] Assunção de Maria Sousa e Silva é doutora em Letras – Literaturas de Língua Portuguesa, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Professora adjunta da UESPI, professora titular UFPI/EBTT. Autora do livro Nações entrecruzadas: tessitura de resistência na poesia de Conceição Evaristo, Paula Tavares e Conceição Lima.

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