Lima Barreto e a Literatura Afro-Brasileira:

o preconceito social e étnico nas malhas da ficção

 

Elisângela Lopes*

Riverson da Silva**

 

“Mas como ainda estamos longe de ser livres! Como ainda nos enleamos nas teias dos preceitos, das regras e das leis!”

Lima Barreto (“Maio”, 4/05/1911)

 

 

A contribuição de Lima Barreto para a literatura brasileira é indiscutível. Sua obra focaliza o mundo dos trabalhadores suburbanos do Rio de Janeiro – em geral pobres e descendentes de africanos, como o escritor. O desejo de retratar o que está à margem da sociedade e aqueles que lá estão impulsiona a escrita do romancista. Esse movimento de voltar-se para a periferia e de dar voz aos que nela se encontram pode ser percebido praticamente em toda a sua ficção. Em Clara dos anjos, por exemplo, o narrador preocupa-se em detalhar o ambiente, os casebres, as ruazinhas, os animais, as crianças, as discussões – tudo amontoado e em fase de expansão como “uma longa faixa que se alonga” (LIMA BARRETO: 1990, 82) – que caracterizavam o subúrbio do Rio de Janeiro. Depois de descrever esse espaço de exclusão, o narrador, incisivo, faz sua crítica:

 

Por esse intrincado labirinto de ruas e bibocas é que vive uma grande parte da população da cidade, a cuja existência o governo fecha os olhos, embora lhe cobre atrozes impostos, empregados em obras inúteis e suntuárias noutros pontos do Rio de Janeiro”. (LIMA BARRETO: 1990, 83)

 

 

O texto-denúncia de Barreto ilustra a verve político-social do escritor, capaz de trazer à tona aquilo que se deseja ver esquecido: “o quarto de despejo social”. Além disso, é veemente ao apontar o descaso governamental em relação aos pobres. Mas não só pelo retrato social presente nos seus textos e não somente pela riqueza de sua escrita, o autor deve ser destacado no universo dos grandes escritores que nosso país fez nascer. Mais do que precursor do romance social brasileiro, Lima Barreto é também um grande nome da literatura Afro-Brasileira. Considerado por Octávio Ianni como um dos fundadores dessa expressão literária, o romancista nos legou uma obra que merece ser repensada, relida, sob um novo olhar capaz de desvendar a sua relação com a literatura das margens. Segundo Ianni, o escritor conseguiu, em seus textos, assumir "a problemática do negro de modo aberto, pleno, em suas dimensões humanas, sociais, culturais e artísticas" (IANNI: 1988, 6), contribuindo assim, para uma nova visão a respeito da negritude: uma visão capaz de representar as condições a que estariam submetidos os negros, mulatos e pobres no Brasil pós-abolição.

 

A repulsa ao preconceito social e étnico pode ser facilmente percebida em Clara dos Anjos, mas está também presente em vários outros textos do autor. Nesse romance, ao mesmo tempo em que aponta a discriminação pela cor da pele, Lima Barreto enfatiza a ausência de mobilidade social na república recém-instalada. Ao retratar os gestos repressivos lançados pela elite sobre quem quer que desejasse ultrapassar as barreiras sociais minuciosamente construídas, Clara dos Anjos denuncia o lugar estático no qual deveriam para sempre permanecer negros e pobres. Nesse sentido, a protagonista, menina mestiça e pobre, surge triplamente condenada: pela cor da pele, pela posição social e por almejar a ascensão. Em determinado momento do texto, o narrador desnuda o pensamento de Marramaque, a respeito da afilhada Clara e deixa explícito como o preconceito, seja ele social, étnico ou de gênero, encontra-se incrustado numa sociedade que se diz “cordial” e como, muitas vezes, pode passar despercebido, mascarado pelo discurso:

 

Na sua vida, tão agitada e tão variada, ele [Marramaque] sempre observou a atmosfera de corrupção que cerca as raparigas do nascimento e da cor de sua afilhada; e também o mau conceito em que se têm as suas virtudes de mulher. A priori, estão condenadas; e tudo e todos pareciam condenar os seus esforços e os dos seus para elevar a sua condição moral e social. (LIMA BARRETO: 1990, 45)

 

Noutra passagem do mesmo livro, o narrador barretiano vai às raízes patriarcais e escravocratas responsáveis pela constituição de todo um imaginário calcado na discriminação. Embora ressaltando a contribuição da mão de obra cativa para o desenvolvimento da economia, não deixa de se condoer e de apontar a desumanidade e os sofrimentos a ela impostos pelo regime: “estávamos em plena escravatura, se bem que nos fins, mas a antiga Província do Rio de Janeiro era próspera e rica, com suas rumorosas fazendas de café, que a escravaria negra povoava e penava sob açoites e no suplício do tronco”. (LIMA BARRETO: 1990, 38) O texto evidencia a crueldade do sistema, fundado, primeiramente, no trabalho forçado; e, após a abolição, no rebaixamento social pela via do preconceito.

Por estas duas amostras, já se pode perceber o olhar e a perspectiva que norteia o escritor. Como jornalista inquieto e observador atento do mundo a sua volta, presenciou momentos decisivos da revolução burguesa em curso no país, que se inicia com a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República e se prolonga nas décadas seguintes. Para Octávio Ianni (1988), é nessa época que o problema do negro parece se revelar mais pungente: "lumpenizado no lugar de livre; proletarizado em condições adversas, em face das vantagens e dos favores concedidos por fazendeiros e governadores aos imigrantes; discriminado em termos sociais, econômicos, políticos e culturais” (IANNI: 1988, 5), o negro passa, no período pós-abolição, a ocupar o não-lugar social. Enquanto mão-de-obra, era preterido em favor dos imigrantes europeus; socialmente, pouco representava, pois ajudava a engrossar a massa de miseráveis que se espalhava pelos subúrbios do país; economicamente, não se fazia representativo, uma vez que vivia a condição de lúmpem; politicamente, era voz inaudível. Já Culturalmente era discriminado por ser visto como sujeito dotado de “pouca inteligência”, estereótipo que a literatura da época ilustra na figura do negro animalizado, na sensualidade exacerbada da mulata, na bestialização do ex-escravo, sempre servo do ex-senhor.

É desse não-lugar social que emerge a voz-denúncia de Lima Barreto capaz de explicitar os preconceitos de que ele próprio era vítima, como demonstra seu biógrafo ao comentar passagem do Diário íntimo, na qual o autor escrevera “é triste não ser branco”, numa tentativa de resumir as limitações que a cor escura da pele impunha à realização de seus projetos e desejos, à sua aceitação social, ao seu reconhecimento intelectual pela sociedade e mais do que isso, à aceitação de si mesmo, enquanto “homem de cor”. (BARBOSA: 1952, 144). O desabafo do escritor encontra eco nas últimas palavras da protagonista de Clara dos Anjos, livro considerado por Afrânio Coutinho (2001) como “a primeira tentativa no gênero de fixar a história da escravidão no Brasil” (COUTINHO: 2001, 325). Depois de refletir sobre a indiferença dos outros para com a sua desgraça e de concluir que ninguém se importaria com sua infelicidade – “uma mulatinha, filha de um carteiro” – a personagem desabafa: “Nós não somos nada nessa vida”. (LIMA BARRETO: 1990, 155)

Considerado precursor do realismo crítico brasileiro, Barreto inaugura uma nova forma de retratar a sociedade do início do século XX. De forma invertida, paródica, o escritor parte das margens para direcionar um novo olhar sobre o centro, parte do subúrbio para entender a cidade e nesse movimento inverso particulariza a sua produção literária. Põe em prática um posicionamento extremamente crítico em relação à sociedade burguesa, como já acontece em seu primeiro romance – Recordações do escrivão Isaías Caminha –, que focaliza de forma crua o mundo da imprensa e do jornalismo, satirizando as “personalidades” que o compunham, vistas como metonímia das elites da época. Já em Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá, corporifica-se o desmascaramento da figura do burocrata, ao mesmo tempo em que se promove a defesa de um “lugar ao sol” para o mulato vítima da violência simbólica disseminada no cotidiano da belle époque brasileira.

Em outra obra, O cemitério dos vivos, a ficção tanto convive quanto cede espaço ao memorialismo, o mesmo acontecendo com os escritos coligidos no volume Um sonho longo do futuro. Nesses instantes pungentes de reflexão autobiográfica, Lima Barreto narra as lembranças das vezes em que esteve internado no hospício. Entre diários, cartas, entrevistas e confissões dispersas, recolhemos o depoimento que resume a consciência do autor a respeito dos motivos que o levaram ao encarceramento:

 

De mim para mim, tenho certeza que não sou louco; mas devido ao álcool, misturado com toda espécie de apreensões que as dificuldades da vida material, há seis anos, me assoberbam, de quando em quando dou sinais de loucura: delírios. (LIMA BARRETO: 1993, 153)

 

Os fatos subseqüentes comprovam as afirmações do escritor. E as internações não o impediram de prosseguir em seu afã de, pela escrita, refletir e posicionar-se criticamente a respeito da liberdade e da privação desta, sobretudo naquele mundo de encarcerados. De fato, é no hospício que Lima Barreto estrutura o plano de O cemitério dos vivos, como declara em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, de 31/01/1920:

 

Tenho coligido observações interessantíssimas para escrever um livro sobre a vida interna dos hospitais dos loucos. Leia O cemitério dos vivos. Nessas páginas contarei, com fartura de pormenores, as cenas mais jocosas e as mais dolorosas que se passam dentro destas paredes inexpugnáveis. (LIMA BARRETO: 1993, 308).

 

Outro escrito que merece destaque é o texto dramático “Os negros (esboço de uma peça?)” escrito em 1905 e publicado em Marginália. Seus personagens são todos negros, o cenário é negro, o mar é negro... O texto retrata “cenas nos tempos da escravidão” e nos primeiros parágrafos descreve o ambiente: um penhasco, cortado por “um estreito caminho vigiado de um e outro lado pela Morte” (p. 307), onde se encontra reunido um grupo de negros. É no primeiro diálogo da peça que percebemos que o grupo é formado por escravos fugidos que haviam andado por quatro dias, ininterruptamente, para escapar da fazenda onde viviam. Um dos personagens, a olhar o mar que parecia emendado ao céu, observa um navio que vai ao longe e inicia um processo de rememoração:

 

3º negro – Os navios, que não nos vejam eles... Quando vim, da minha terra, dentro deles... Que coisa! Era escuro, molhado... Estava solto e parecia que vinha amarrado pelo pescoço. Melhor vale a fazenda...

2º Negro – É longe a tua terra? Lá só há negro?

3º Negro – Não sei... Não sei... Era pequeno. Andei uma porção de dias. As pernas doíam-me, os braços, o corpo, e carregavam muito peso. Se queria descanso, lá vinham uns homens com chicotes. Vínhamos muitos de vários lugares. Cada qual falava uma língua. Não nos entendíamos. Todo o dia, morriam dois, quatro; e os urubus acompanhavam-nos sempre. Minha terra... Não sei... Era perto de um rio, muito largo, como o mar, mas roncava mais... Sim! Tudo era negro lá... Um dia, houve um grande estrépito, barulho, tiros e quando dei acordo de mim estava atado, amarrado e... marchei... Não sei... Não sei... (LIMA BARRETO: 1956, 308-9)

 

Ao revisitar os recônditos da memória, o 3º Negro vai promovendo um processo de lembrança marcado também pelo esquecimento e nesse processo consegue fazer uma única afirmação segura em relação a sua terra: “sim! Tudo era negro lá...”, até serem surpreendidos pela chegada dos navios negreiros e seus negociadores de homens. A ausência de lembranças nítidas, o não saber e a dúvida irão marcar o discurso desse personagem, assim como marcam também o discurso da Negra Velha: “eu não sei nada mais donde vim. Foi do ares ou do inferno? Não me lembro... “ (LIMA BARRETO: 1956, 309) Da mesma forma que no personagem masculino acima referido, a lembrança marcante da Negra Velha é o desembarque em terras brasileiras, já na condição de mercadoria: “escolheram dentre nós alguns. Experimentaram os dentes, os braços, faziam abrir as pernas, examinavam a nós, com cuidado; e, ao fim, andávamos por muitas terras. Eu fui comprada pelo coronel. (Silêncio)” (Idem)

O drama vivido pelos personagens, a condição cativa, a liberdade provisória, que a qualquer momento pode ser quebrada pela chegada do feitor e os seus capatazes, tudo isso marca o texto de uma forma muito peculiar. Um dos personagens, O Negro Velho, tem seus olhos “parados nas órbitas; não há neles nem amor, nem ódio, nem esperança, nem temor” (p.307) e a certa altura da peça desabafa: “ – O tronco faz a gente sonhar” (p. 309). A descrição do cenário, do ambiente é toda marcada pela escuridão: os personagens estão cercados por “pontas de rocha negra” (p.306) e, embaixo, por uma “cavidade escura” (p. 307). No mar, um dos personagens observa “as ondas altas, negras...” (p.310), até que tudo se transforma em uma imensa escuridão e nesse momento “o negro é intenso. Nada se vê” (p. 310). Os escravizados desejam ser engolidos por uma baleia que pudesse levá-los para um lugar onde fossem livres. Ouvem passos que se aproximam. O Negro Velho morre ali, aos olhos de todos e “durante uma pausa, ouve-se um tiro próximo” (p.312). Teria morrido pelo medo de voltar a sonhar no tronco com uma liberdade que estava experimentando naquele momento?

Além de uma significativa produção ficcional – em que o autor manifesta seus vínculos com a afro-descendência não apenas em termos temáticos, mas também através de um ponto de vista vinculado a sua constituição identitária e ao seu existir como afro-brasileiro – há que se ressaltar sua atuação na imprensa da época. E surge então o cronista muitas vezes ácido e polêmico, outras tantas marcado por um olhar poético sobre o cotidiano que lhe é dado viver. Destacaríamos uma crônica que vem a público na Gazeta da Tarde, em 1911. Seu título é “Maio” e nela o leitor se depara com as impressões do menino Lima Barreto sobre o dia 13 de maio de 1888, data da Abolição da Escravatura. Ele conta que, dias antes, seu pai havia chegado em casa e dito a ele: “a lei da Abolição vai passar no dia dos teus anos” (LIMA BARRETO: 1995, 127). E, de fato, foi o que se sucedeu: naquele dia, um domingo, o menino Lima Barreto foi levado pelo pai para o Largo do Paço, local onde as pessoas se aglomeravam para comemorar a assinatura da lei. E narra na crônica que viu de longe “o grande Patrocínio”, – o tigre da abolição. Ao descrever a cena, ressalta a alegria que havia se apoderado das pessoas:

 

Havia uma imensa multidão ansiosa, com o olhar preso às janelas do grande casarão. Afinal a lei foi assinada e, num segundo, todos aqueles milhares de pessoas o souberam. A princesa veio à janela. Foi uma ovação: palmas, acenos com lenço, vivas...

Fazia sol e o dia estava claro. Jamais na minha vida, vi tanta alegria. Era geral, era total; e os dias que se seguiram, dias de folganças e satisfação, deram-me uma visão da vida inteiramente de festa e harmonia”. (Idem)

 

Esse texto, escrito vinte e três anos depois, retrata a visão da criança a respeito do fato histórico e o deslumbramento do menino que, àquela altura, não tinha consciência do que era a nefasta instituição: “eu tinha então sete anos e o cativeiro não me impressionava. Não lhe imaginava o horror; não conhecia a sua injustiça. Eu me recordo, nunca conheci uma pessoa escrava. Criado no Rio de Janeiro, na cidade, onde já os escravos rareavam, faltava-me o conhecimento direto da vexatória instituição, para lhe sentir bem os aspectos hediondos”. Assim, Barreto parecia querer justificar sua visão idílica, de tempos idos, a respeito da abolição, porém permite que se entremeie às lembranças a visão crítica de um intelectual inquieto, de um homem politizado, ao desabafar a certa altura do texto: “mas como ainda estamos longe de ser livres! Como ainda nos enleamos nas teias dos preceitos, das regras e das leis!”. (LIMA BARRETO: 1995: 127).

Essa crônica é muito parecida com a que foi publicada por Machado de Assis, em A semana (14/05/1893), na qual contrapõe o sol, “sócio natural das alegrias públicas”, que despontou no céu azul do Brasil em 13 de maio de 1888, e o “o céu feio e triste” de 13 de maio de 1893. Ambos, Lima Barreto e Machado de Assis, retornam ao histórico dia e retratam a alegria pública da data tão esperada, para fazer uma reflexão crítica sobre as novas amarras sociais de seu tempo.

A visão crítica de Lima Barreto sobre a sociedade de seu tempo é um fator que particulariza sua produção ficcional. Eduardo de Oliveira (1999) assim justifica a prática do desmascaramento social levada a cabo pelo romancista: “Barreto não devia agradecimentos a ninguém, não tinha interesses egoístas a proteger, por este motivo, podia ser plenamente honesto em sua descrição da sociedade, uma honestidade que por fim o levou a morte prematura devido à pobreza e ao alcoolismo”.

Revisitar a produção ficcional de Lima Barreto e perceber nela a voz das margens, o preconceito social, a discriminação racial e, principalmente, a inquietude do escritor com relação a tudo isto faz com que voltemos nossos olhos para a sociedade contemporânea a fim de observá-la criticamente. Talvez, por isso, a escrita desse homem inquieto seja tão atual. O reconhecimento intelectual, sempre almejado pelo escritor, parecia ser impedido pelos preconceitos, o que o levou a se entregar aos vícios. Tal reconhecimento veio... Agora, reconhecemos a imensa contribuição de Lima Barreto para a literatura Afro-brasileira, fazendo-o “clássico duas vezes”.

 

* Mestre em Teoria da Literatura pela UFMG

** Graduando em Letras pela UFMG

 

 

Referências Bibliográficas

 

BARBOSA, Francisco de Assis. A vida de Lima Barreto: 1881-1922. Rio de Janeiro: José Olympio, 1952.

COUTINHO, Afrânio; SOUZA, J. Galante. Enciclopédia de Literatura Brasileira, 2001. Vol. I, p. 325.

IANNI, Octávio. Literatura e consciência In Revista do Instituto de Estudos Brasileiros. Edição Comemorativa do Centenário da Abolição da Escravatura. São Paulo, nº 28, 1988.

LIMA BARRETO, Afonso Henriques. Um longo sonho do futuro: diários, cartas, entrevistas e confissões dispersas. Rio de Janeiro: Graphia Editorial, 1993.

_______. “Maio” In Crônicas Escolhidas. São Paulo: Ática, 1995.

_______. Clara dos Anjos. Rio de Janeiro: Garnier, 1990.

_______. Marginália. São Paulo: Brasiliense, 1956.

OLIVEIRA, Eduardo (Org.). Quem é quem na negritude brasileira. São Paulo: Congresso Nacional Afro – Brasileiro ; Brasília : Secretaria Nacional de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, 1998.

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