Sereia

arabô ayô!

arabô ayô!

odò ìyá rainha!

tu que és musa

soberana dos poetas

 

embala toda essa gente

que faz terreiro no seu quintal

e clama proteção

em barquinhos de esperança

 

agita tua imensidão

em ventos salgados

e maré de bom agrado

 

para a brisa do teu cheiro

espalhar chuvas

de pipoca e canjica

no seu grande dia.

(Acorde um verso, 2014, p.48).