Eu, mulher negra, resisto
escrita
paixão se revelando
paixão nas mãos
minha face meio pedra
a perda não foi perder
pedras horas mortas
dor nos olhos
e no cansaço
ternura na minha mão
resiste
o silêncio que corri
os nomes que escrevi
na pele brusca do medo
quantas vezes tropecei
(Eu, mulher negra, resisto, p. 70.)