Solitude do Vento

Labutar com a morte
É ofício de santos.
Despedida sem volta,
Sem súplicas.
Nem réplicas.

É relíquia de anjos,
Vício do Nada,
Arrelia das gentes,
Solilóquio
Do Pranto.

Labutar com a morte
É cantar para pedras,
É sorrir ao silêncio,
Solitude do vento.

É um bater de portas na Escuridão.

(Alforrias, p. 45)