DADOS BIOGRÁFICOS

Oluwa Seyi Salles Bento é pesquisadora, ensaísta, contista, poeta e professora, nascida em São Paulo, na década de 1990. Possui graduação e mestrado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) e, atualmente, realiza o doutorado com a temática da representação dos orixás na Literatura negra. 

Iniciou seu percurso poético por meio da produção artística e autônoma do zine - estudo poético do corpo (2021). Em seguida, veio a público O que há de autêntico em uma mãe inventada (2022), que saiu pela Editora Urutau. Além disso, Oluwa possui poemas, contos e artigos publicados em antologias, como nos Cadernos negros 44: contos afro-brasileiros (2022), do Grupo Quilombohoje, bem como em publicações acadêmicas, como Palimpsesto (UERJ) e Via atlântica (USP).

Em entrevista cedida ao Portal literafro (2023), Oluwa Seyi revela que a escrita poética faz parte de sua vida desde os seus primeiros gestos de linguagem. Foi por meio de bilhetes com versinhos, nutridos com múltiplos atos de amor, que ela se viu nascer como poeta, o que evidencia a importância do registro da infância em seu projeto: entre a mulher parida, a qual se transforma pela poesia; e a criança interior, por meio da qual constrói o auto acolhimento. Tais elementos reverberam tanto em seu trato poético quanto em seus escritos acadêmicos. 

Na tessitura de Oluwa Seyi, tomando como exemplo um aspecto levantado pelo estudo de Souza (2020), reverbera o cosmos de matrilinearidade negra. Isso significa que o labor de sua escrita, uma vez comprometida com a experiência ancestral, utiliza a ficcionalização e a pesquisa como espaços de reconstrução de valores sociais e políticos da tradição negra-feminina. 

O livro de estreia da autora - O que há de autêntico em uma mãe inventada -, como pontua Fernanda Silva e Souza (2022) - responsável pela orelha da obra -, associa-se ao pensamento da escritora afro-americana Toni Morrison. Por meio da ideia simbólica de maternidade, que Morrison descreve como projeto de liberdade, alcança-se um gesto de dar à luz, de um desenvolver o conhecimento ancestral presente no corpo, metaforicamente gestante. Ao utilizar tal ótica sobre o partejo de palavras e imagens de si, as quais Oluwa Seyi promove em seus poemas, a análise de Souza (2022) coloca em evidência a máxima que a obra nos oferece: o nascimento de uma poesia, ao mesmo tempo, constitutiva e transgressora.

Oluwa Seyi nos presenteia com esse gesto poético, que se mostra também como promessa de um sublime futuro, carregado de um corpo unificador e múltiplo. Em um de seus poemas, "O segredo das semeadoras", o sujeito poético construído em sua escrita revela:
 

[...] vendo minha angústia
e o estado quase irrecuperável de meu arbusto
um grupo incontável de semeadoras de árvores poéticas
aproximou-se de mim e confiou-me um segredo:

“decante a água salgada em suas mãos
filtre as impurezas nas curvas de seus cabelos
deixe que ela se esfrie dançando em sua língua 
e só então regue em seu arbusto!
talvez ele seja para sempre miúdo
mas nunca mais amargurado
nunca mais emudecido”
                                (SEYI, 2022, p. 37)

O depósito dessa água decantada, salgada com o suor da luta, mas purificada pela linha ancestral do auto acolhimento, é produto da reflexão do eu confrontado pela angústia de impor a sua voz ao mundo. Desses versos, brotam o modo cuidadoso como Oluwa plantou a sua poesia: através dos livros-sementes que as semeadoras de árvores poéticas lançaram. Como se enuncia nesse mesmo poema, é o ensinamento das vozes anteriores à dela que lhe deram conhecimento para fazer nascer a sua própria linguagem, para podar a sua poética: [...] nunca tive a chance de agradecer àquelas mulheres/ que me ensinaram sobre cultivo/ - de plantas e de poemas -/ mas levo comigo vários de seus livros-sementes/ e o maior dos ensinamentos: a água importa, mas é a devoção - às plantas e aos poemas -/ que faz germinar”.

Nesse sentido, a poesia de Oluwa Seyi nos sugere que a escrita é espaço de resistência, em que o ensinamento ancestral e a retomada da subjetividade alimentam a terra, fazendo florescer a palavra e a voz.

 

Entrevista com a pesquisadora e escritora Oluwa Seyi

 

Por Kétely da Silva Oliveira

 

Oluwa, na minibiografia presente em O que há de autêntico em uma mãe inventada, livro que saiu pela Editora Urutau, é dito que você escreve “desde que se recorda”. Poderia compartilhar qual seria a sua primeira lembrança dessa experiência? 

A escrita sempre foi um meio frequente nas minhas maneiras de demonstrar afeto. Aprendi as primeiras letras com uma tia-avó que criou minha mãe e cuidava de mim durante as manhãs e tardes da minha infância pré-escolar. A escrita e a leitura, então, desde muito cedo, estiveram envoltas no que chamo de "amor". 

Minha mãe, dona Rose, conta que eu sempre deixava bilhetes com versinhos ou simples "eu te amo" para ela e para meu pai. Até muito pouco tempo atrás, na porta do guarda-roupas de minha mãe, havia um post-it desses com minha letra e meu afeto. 

Sou uma pessoa que fala muito; gosto de falar, de conversar, de refletir em voz alta. Mas acho que me perco muito facilmente durante a fala livre; perco o foco, o tema, as palavras… Escrevendo, não. Escrever dá-me norte (e sul). Ganho um senso de organização que até me espanta. Sou mais amiga das palavras enquanto escrevo e acho que isso vem desde a infância. A escrita é meu espaço seguro. Sei que por escrever hoje, estou realizando uma das primeiras aspirações da menina que eu fui e que já escrevia para a família, para as amigas e para si mesma. 

No preâmbulo ao livro, você afirma que ele possui um trato de escrita longo e complexo. O mesmo labor é perceptível na proposta da divisão dos poemas em seções, o que demonstra uma organização cuidadosa e poética em si mesma. E ainda tem a capa que se revela íntima desse gesto. Como se deu o processo de escrita e de organização do seu tecido poético? 

Este livro não foi/é o primeiro com que sonhei quando decidi que era hora de materializar minha produção em tinta e papel. Muito antes do OQHAMI, comecei a organizar um livro chamado Invólucros (que ainda pretendo trazer a público sob outro formato, com outros textos). Por alguns motivos, aquele primeiro projeto segue engavetado e OQHAMI impôs-se como o primeiro publicado.  

Como afirmo no preâmbulo, comecei a pensar a maternidade e a quase tê-la como um mote central em minha escrita assim que concluí a dissertação de mestrado, a qual teve Oxum (orixá da fertilidade) como tema transversal. Depois de refletir tanto sobre os lugares da maternidade para mulheres negras e o fundamental papel de Oxum nessa relação, vi-me cada dia mais às voltas com esse tema em mim, ao meu redor, nas mídias, na política, no mundo em geral. A ideia impregnou-se em tudo que eu pensava e escrevia e acho que o jeito que encontrei de resolver parte do que ressoava tão insistentemente em mim, foi o processo de compartilhar e permitir que outras pessoas contribuíssem com suas percepções sobre o assunto.  

De minha parte, o trabalho mais difícil foi encontrar e conceder a permissão íntima de publicizar minhas perspectivas sobre um tema tão sensível para mim e para muitas pessoas. A maternidade, apesar de permear a vida de uma parte tão gigantesca da população mundial, é uma questão espinhosa, e assumir pontos de vista enquanto mulher que não é mãe deixou-me e ainda deixa apreensiva.  

Apesar dessas questões mais externas à obra, foi assim que OQHAMI nasceu: por vontade própria. Ele foi se escrevendo em mim aos poucos e, quando eu notei, já tinha um volume considerável de poemas que dialogavam entre si. A organização, então, foi relativamente fácil, porque a maioria dos textos nasceu por sentimentos que os irmanavam e criavam certa lógica entre eles.  

São poucos os poemas que escrevi depois de já começada a organização, mas existem. "Gene dominante", por exemplo, é um deles. Eu sabia que era necessário trazer um pedacinho do meu pai, já falecido, para a obra, então escrevi especificamente para essa função.  

Você explica, também, que a ideia de maternidade presente em sua poesia, uma vez inspirada em Toni Morrison, não desempenha o significado tradicional dessa palavra. A linguagem poética relacionada ao partejo, de palavras e de si, sempre esteve presente em sua escrita? 

A organização das seções, em si, conversa com o processo de gravidez: começa com o colo vazio, passa por fecundação, ventre, partejo e termina em rebento. Mimetiza, de várias formas, minha relação com o fazer literário e com a ideia de apresentar uma mãe que não materna crianças, logo, uma mãe inventada. Apesar de ter essa noção muito firme (e de apontá-la algumas vezes ao longo do livro), tem um peso diferente e mais decisivo quando o projeto faz sentido para outras pessoas. 

Todos os paratextos do livro (orelha, prefácio e posfácio) são resultado de leituras que me encorajaram e surpreenderam muito. Sou realmente fã dessas mulheres a quem entreguei meu livro pela primeira vez e os textos que recebi em devolutiva fizeram-me ter maior dimensão das possibilidades e dos caminhos que a maternidade enquanto fundamento guarda em si.  

Quando convidei Fernanda Sousa para redigir o texto de orelha, eu não fazia ideia do que ela escreveria. Confesso que foi o texto que esperei com mais ansiedade porque a Fernanda é uma crítica literária com experiências muito interessantes e ricas. Então, encontrar referências a Toni Morrison já na primeira linha do texto de apresentação do livro foi, em mesma medida, inesperado e mágico. A sensação de ser lida e compreendida de forma respeitosa, valorosa e séria, enquanto mulher negra no Brasil, é, sem exageros, mágica. Ainda mais quando tal leitura parte de alguém que admiramos em sua inteligência e capacidade crítica. 

Essa "propriedade ancestral" ligada à poesia, de que Fernanda escreve, é um aspecto que eu conhecia e valorizava em minha escrita, mas ainda não sabia dar nome (até ler a orelha do livro). Sou afrorreligiosa, e em diversos momentos a espiritualidade falou-me que a arte é o caminho que escolhi e me escolheu de volta. Creio que "propriedade ancestral" é uma maneira bonita de dizer a mesmíssima coisa. 

Gosto de acreditar que, justamente por assumir essa presença tão importante da escrita na minha vida, todo e qualquer assunto que me toca cabe na minha produção. Dos mais sublimes aos mais intragáveis. Falar de mim, de quem eu sou no mundo, do amor que me constitui, mas também das dores, das aversões, das culpas, das falhas. Eu conheço, repenso e recrio a mim mesma quando escrevo, até quando não sou exatamente o assunto. Aprendi (ou condicionei-me) a estar muito livre, à mostra e desinteressada em julgamentos alheios quando escrevo. Talvez seja uma compensação pela autoestima, em outras searas, que às vezes bambeia sobre as próprias pernas. Mas na escrita, não. Nela e com ela, eu tenho pernas seguras e bastante confiança no caminho. 

Outro aspecto que você pontua é o fato de que esse projeto poético se relaciona com a sua ligação com Oxum, com uma das formas mais íntimas de sua identidade. Tendo em vista a pesquisa que tem desenvolvido, como o trabalho que foi realizado em sua dissertação, poderia dizer de que modo a pesquisa acadêmica se torna íntima de sua produção poética? 

Eu tenho uma relação com a pesquisa muito movida pelo afeto. Se não tivesse encontrado um tema de estudo que me alimentasse para além do mero conhecimento, com certeza não teria me dedicado em permanecer na academia.  

Quando entrei na graduação, em 2011, meus planos envolviam seguir carreira como tradutora, nada relacionado à escrita, literatura negra ou orixalidade. Tudo isso, aliás, surgiu ou tornou-se central em minha vida bem depois. À época, eu mantinha tudo que escrevia escondido, não conhecia literatura negra e nunca tinha pisado num terreiro. Foi só cerca de três ou quatro anos mais tarde, depois de realizar uma iniciação científica sobre a presença de africanos no Brasil, de desistir da carreira de tradução, de perder e em seguida recuperar o encanto pela graduação em Letras e de finalmente ler escritoras e escritores negros, que eu entendi que precisava alinhavar o que amo com o que estudo. Neste ponto, em 2015, chegando na reta final da graduação e trazendo na bagagem a experiência de ter feito parte do Coletivo Negro da USP e ter sido filha de santo de um terreiro de umbanda, o gosto pela leitura e a crítica de textos de autoria negra aliou-se ao letramento racial e ao interesse pela mitologia dos orixás. Em 2016, último ano da graduação, a disciplina sobre Religião e cultura nacional, ministrada pelo Professor Doutor Vagner Gonçalves, no departamento de Antropologia, foi o ingrediente final para que eu criasse o projeto que deu corpo à minha dissertação: Orixá e literatura brasileira - a presentificação da deusa afro-brasileira Oxum em narrativas de Conceição Evaristo
Tudo que eu sou convergiu para essa pesquisa, que em breve estará no mundo em forma de livro.  

Como comentei anteriormente, refletir sobre Oxum, suas filhas ficcionais e como esse orixá organiza questões sociais e interpessoais (com a maternidade, a arte, a diplomacia, o feitiço e tantas outras), acabou tocando também minha produção literária, ainda que escrever sobre ancestralidade, divindades e minha relação com o sagrado sempre fosse uma prática comum. O que aconteceu, pontualmente, foi uma insistência temática e um senso de direcionamento de escrita que eu não tinha experimentado ainda. Tenho plena convicção de que várias das inspirações para os textos que compõem o livro - um banho, uma fruta, o mar, uma árvore - poderiam ter gerado poemas diferentes, porém, como eu estava inclinada a mastigar a maternidade, a infertilidade, a criação de família, tais temas impuseram-se. Creio, ao cabo de ambos os trabalhos de escrita, que eu estive falando do mesmo assunto o tempo inteiro, sob registros e a partir de esforços distintos. Minha dissertação e meu livro são irmãos gêmeos bivitelinos. Talvez trigêmeos, se eu considerar meu zine. 

Antes do lançamento editorial de seu projeto poético, você produziu uma plaquete, Estudo poético do corpo, e alguns dos poemas constantes nela também estão presentes em O que há de autêntico em uma mãe inventada. De que forma foi tomada a decisão de inseri-los no livro? 

Publiquei estudo poético do corpo em novembro de 2021 e defendi a dissertação em março de 2021. O poema "mulher parida" foi escrito minutos depois da defesa; o parto que o poema aponta não é de uma criança, é da minha dissertação - bebê graúdo, de 203 páginas. O zine, nessa ótica, foi, simultaneamente, responsável e resultado do meu olhar para mim mesma e para minha poesia depois de muito tempo olhando para a dissertação e para textos alheios.  

Sinto também que o estudo poético do corpo, em seu título e temática, foi uma espécie de reação e crítica à centralidade da razão e da cabeça na universidade. Como já falei anteriormente, minha pesquisa é busca e fruto de afeto aliado à racionalidade. Foi escrita com o corpo todo, incluindo o intangível: meu espírito, minha força vital, minha intuição e os ancestrais, guias e deuses que me rodeiam. Estou inteira em tudo que faço. Meu corpo é central no zine, literal e metaforicamente. Corpo muito parecido com outros que, em tantos momentos da nossa História, foram sinônimo do que deve ser sublimado, dominado, coberto, escravizado, punido. Mas no meu zine não: a mulher negra que sou está inclusive na capa, que eu desenhei e colori. 

Considero que o estudo poético do corpo foi um ensaio para o livro, tanto pelos aprendizados relacionados à organização e curadoria, quanto pela temática. Antes de pensar-me como mãe inventada de poemas, foi necessário ver-me como um corpo de poemas. Sabem o ditado "filho de peixe peixinho é"? Da mesma maneira, se poemas nascem de mim é porque eu sou poema também.  

Depois de quase um ano do zine, veio OQHAMI, em dezembro de 2022, e alguns poemas encaixavam-se perfeitamente na temática do livro e achei justo utilizá-los novamente. 

Pensando em toda dimensão do partejo de suas palavras, como você enxerga a menina do tempo de sua infância e a menina de jamais de sua poesia?  

A menina que fui está, finalmente, amparada. Tenho, cada vez mais, escrito sobre e para ela, e essa é minha maneira mais amorosa e eficiente de ampará-la. Por anos, tentei apagá-la, esquecê-la, fazer de conta que ela não tinha existido, mas como, se ela sou eu? Eu corria o risco de ferir quem sou hoje no processo. E de fato feri, porque acabei reduzindo minha infância e minha construção de personalidade só à dor. Em 2022, um concurso literário da FLUP (Festa literária das periferias) me interessou muitíssimo pela temática: redação de cartas para mulheres fundamentais em nossa trajetória. Resolvi dirigir-me a essa criança que fui, aquela menina que tantas vezes deixei longe das memórias e da boca. Na antologia intitulada Cartas para Esperança, publicada pela Editora Malê, ela está eternizada como uma recordação complexa, nem só de alegria, nem só de tristeza. Múltipla como eu sou ainda. 

Depois dessa coletânea, já escrevi algumas vezes sobre minha infância e sinto que quando coloco este tema no centro da minha reflexão poética, aprendo a ver várias épocas da minha vida com mais respeito e dignidade. Em "criança interior", presente no meu livro, falo precisamente sobre essa relação: valorizar a menina que fui é edificar a mulher que sou e serei. Agradeço a menina que fui no passado transformando-a na menina que vive hoje na minha poesia. É o lugar e o tratamento mais honrosos que posso dar a ela. 

 

Referências:

SEYI, Oluwa. O que há de autêntico em uma mãe inventada. Cotia, SP: Urutau, 2022.

SEYI, Oluwa. Entrevista. literafro, 2023. 

SOUZA, Heleine Fernandes de. A poesia negra-feminina de Conceição Evaristo, Lívia Natália e Tatiana Nascimento. Rio de Janeiro: Malê, 2020.

Crédito da foto: Juliane Olivia dos Anjos (Juê Olivia)

 


 

PUBLICAÇÕES

Obra individual

Estudo poético do corpo. São Paulo: Zine, 2021. (poesia)

Disponível em: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfWyiXGHMVkjOjGOqZmfiefeX5SHCLVf7veP3fPcOnVG164Gw/viewform.

O que há de autêntico em uma mãe inventada. Cotia, SP: Urutau, 2022. (poesia)

 

Antologias e Revistas

A fagulha da vida. In: Revista Ser Mulher, 01 set. 2020. (poesia)

Amor: fabricante de quimeras. In: Ruas descalças. Belo Horizonte: Venas Abiertas, 2022. (poesia)

I/ II/ Litterae me usurpant/ Reminiscência. In: Ruído Manifesto, p. 1 - 1, 16 jul. 2020. (poesia)

Cadernos negros 44: contos afro-brasileiros. São Paulo: Quilombohoje, 2022. (conto)

Cartas para esperança. Rio de Janeiro: Malê, 2022. (carta)

Entremeio/ Sensorial. In: Mallarmargens revista de poesia e arte contemporânea, p. 1 - 1, 22 jun. 2020. (poesia)

Eclipse. In: Erótica: versos lésbicos. Rio de Janeiro: Tucum, 2022. (poesia)

Mão que escreve. In: 20 Marias em um grito. São Paulo: Ser poeta, 2017. (poesia)
 
Passarinha. In: Maitê Freitas. (Org.). Escritas femininas em primeira pessoa. 1ed. São Paulo: Oralituras, 2020. (poesia)
 
Preta. In: André Pineiros. (Org.). Do que ainda nos sobra da guerra e outros versos pretos. 1ed. Itajaí: Ipê amarelo, 2021. (poesia)
 

Não ficção/ Ensaios

À revelia do padecimento afrodescendente e da antinegritude: notas de um edifício conceitual sobre o bem-estar negro. In: VIA ATLÂNTICA, v. 1, p. 15-45, 2022.
 
A literatura cada vez mais digital: a presença de escritoras e iniciativas culturais no meio virtual durante o distanciamento social. In: REVISTA CRIOULA (USP), v. 1, p. 81-96, 2021. 
 
Dóris, porciúncula de Oxum: o poder de Orixá manifestado na literatura afro-brasileira. In: Revista Eletrônica Espaço Acadêmico (Online), v. 20, p. 17-27, 2021.
 
Epifânia de Oxum: o corpo negro-feminino e a maternidade da ausência em Tocaia Grande, de Jorge Amado. In: Palimpsesto, v. 22, p. 238-260, 2023.

'E foi então que eu me entendi mulher'. In: REVISTA CRIOULA (USP), v. 1, p. 156-166, 2019.
 
Macumba segundo Andrade: notas da perspectiva marioandradina acerca da religiosidade afro-ameríndia. In: SCRIPTA, v. 26, p. 228-253, 2022.
 
Notas de uma comunicação cutânea: o que há na pele de Luciene Carvalho que também há na minha. In: Revista Pixé, Cuiabá, p. 74 - 75, 01 jun. 2021.
 
Olhares sobre a fala de Conceição Evaristo aos educadores finalistas da Olimpíada. In: Na ponta do lápis, São Paulo, p. 42 - 43, 01 jan. 2020.
 
Òrìsà e Literatura Afro-brasileira: a esteticização dos arquétipos da deusa yorùbá Ósun em narrativas de Conceição Evaristo. 2019. Exame de qualificação (Mestrando em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa) - Universidade de São Paulo.
 

Coautoria / Coorganização

SEYI, Oluwa. Negritude e literatura brasileira: da visão etnográfica ao ubuntu. In: BAREL, A B D; COSTA P F; COSTA A C M. (Org.). Caderno da Casa-Museu Ema Klabin. 1ed. São Paulo: Fundação Cultural Ema Klabin, 2019, v. 1, p. 113-125.

MIRANDA, F. R.; OLIVEIRA, M. A. C.; SALLES BENTO, O. S.; CORDEIRO, H. F. C.; SILVA, F. C.; CORTES, C.; MARINGOLO, C. C. B. Era como Kehinde que eu me apresentava ao sagrado e ao secreto: o nome como… de agência e cosmovisão em Um defeito de cor. In: Fernanda Rodrigues de Miranda; Maria Aparecida Cruz de Oliveira. (Org.). Ana Maria Gonçalves: cartografia crítica. 1ed. Brasília: Edições Carolina, 2020, v. 1, p. 508-532.

 


TEXTOS

 


CRÍTICA

FONTES DE CONSULTA

Digitais

 SEYI, Oluwa. Entrevista. Literafro, 2023.

Impressas

PASSOS, Lara de Paula. Prefácio. In: O que há de autêntico em uma mãe inventada. Urutau: Cotia, SP: Urutau, 2022.


LINKS

Perfil da autor (Lattes)

Perfil pessoal da autora (Instagram)

Palpites poéticos de segunda - por Oluwa Seyi (Instagram)

Resenha - "Inventar a mãe e a mão que escreve" - por Nina Rizzi (Livraria Megafauna)

Recitação de "poemário" - por Oluwa Seyi (reels) 

Tomaí um poema - Participação de Oluwa Seyi (podcast)