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Literatura – Prosa e Verso
Livro: Mons Vivus
Vida: 1977

A VINHA

 

A VINHA

Esta é a vinha. Que vinha
me indicais? A que aos raios
do sol ostenta as louras tranças
com laços verdes, carregada
de ressumantes cachos de uva?

A que oferece momentâneo
refrigério aos sentidos?

A vinha, núcleo de delícias,
em cujo sumo se resguarda
alguma cousa além do que percebem
nossos lábios mortais?

Esta é a vinha das vinhas,
a mesma vinha do Senhor:
graciosa dádiva da espécie
para a sede infinita.

 

VINEA

Haec est vinea. Quaenam vinea?
An illa calido sub sole
quae auratis crinibus ornata
virentes inter vittas stat
racemis plena dulce plenis?

Anne quae praebet nostris fugax
sensibus refrigerium?

Anne voluptatum vinea fons
cui suave illud reservatur
omnes superaturum vini gustus
mortalium labris notos?

Haec est vinea vinearum
haec est illa vinea Domini
gratum donum speciei
infinitum sitienti.

 

Henriqueta Lisboa José Lourenço de Oliveira

 

Copyright © 2004 by Alaíde Lisboa de Oliveira.

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