O CORO
Sob arcadas votivas
alvorecem espigas
em feixe contra o vento.
Para o solo se inclinam
brandamente, para o alto
com arroubo arremetem.
Ao balouço das auras
nasce, tímida, a aurora
de um azul em crescendo.
Eis que a palavra soa
nas vibracões do bronze
entre dédalos: Dómine.
Eram vinte, eram cem
a cantar? Mas apenas
um coração se ouvia.
Tudo o mais pelas foscas
alagoas do olvido
se espraiava sem nome.
Só o canto a singrar
- clara gôndola - as águas
do silêncio no cosmos.
E na esteira, a esperança
de que se eternizasse
o céu da terra: 0 Dómine.
|
CHORUS
Hic sub votivis arcubus
iam nunc albescunt segetes
in ventum mire flexiles
ad humum curvae placide
seu pulsae sine pondere
ad altura crebro et impetu.
Aura spirante leniter
aurora suavis nascitur
magis magisque caerula.
Dum inter tubos daedalos
metallum sonat, subito
haec volant verba "O Domine".
Quotque cantabant pueri?
An centum an plus etiam?
At unum cor et anima.
Vagabat omne ceterum
diffusum sine nomine
oblivii in paludibus.
Solus, clara navicula,
cantus findebat unice
aquas silentii cosmici.
Post ilium in vestigiis
spes hoc fore perpetuo
in terra caelum "0 Domine".
|