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Literatura – Prosa e Verso
Livro: Mons Vivus
Vida: 1977

A LUZ

 

A LUZ

Não esta luz dos trópicos, ardente,
que o arvoredo orvalhado já pressente erguendo os ramos para recebê-la.

Não a luz penetrante que a primor
na transparência dos cristais espelha
a mesma luz louvada do criador.

Não essa luz que o nosso olhar prefira,
ávido de celeste azul safira
ou de púrpura régia ou de tons de ouro.

Nem a luz que ilumina os olhos belos, portadores de amor, formados de elos torvelinhando em claro sorvedouro.

Mas outra luz de tempo mais profundo,
outra, de que se mostra a leve imagem,
move as almas em flor do velho mundo
para a contemplação desta paragem.

 

LUX

Lux at non tamen tropica lux fervida
quam mox denuntiat arboretum roscidum
in eam erigendo ramos avidos;

aut illa quae lux penetrans et rutila
cum transit per crystallum reddit fulgida laudata a Creatore prima lumina;

nec illa vero lux quarn mavult intuens
is cui aut caeli color est spectaculum
aut guri fulgor aut regalis purpurae;

haud tandem lux qua pulchri fiunt oculi
amore lucidi, oculi sirenii, in gurgite refluentes claro vortice,

sed altioris temporis lux alia
quae tantum per imaginem ostenditur
vetere e mundo novas movit animas
novae regionis huius ad indagines.

 

Henriqueta Lisboa José Lourenço de Oliveira

 

Copyright © 2004 by Alaíde Lisboa de Oliveira.

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