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Literatura – Prosa e Verso
Livro: Mons Vivus
Vida: 1977

APARIÇÃO

 

APARIÇÃO

Alguém penetrou a furto na cela escura. Alguém tocou as tábuas toscas do assoalho. Alguém se aproximou docemente do leito rude.

Talvez uma fímbria de luar entre arbustos,
um cálido estalido de madeira, espontâneo,
a evocação de um afago materno.

 

Porém o lírio da madrugada descerra as pétalas,
o véu da montanha torna-se diáfano,
a água de que bebem os pássaros transluz:

Na alcova do ancião enfermo - toda bela, Maria.

 

VISIO

Videtur quis in cellam furtim intravisse. Videtur tabulatum pede tetigisse
et rudem ad grabatum proxime cessisse.

Forsan lunaris fímbria ut quando inter arbusta
seu crepitus in ligno sponte sua factus
seu maternae blanditiae in mentem revocatio.

Sed vere radiat matutinae lucis lilium fulget translucidus in monte levis nimbus et luce splendet aqua clara avibus grata


dum tota pulchra infirmi senis in cubículo
stat Maria.

Henriqueta Lisboa José Lourenço de Oliveira

 

Copyright © 2004 by Alaíde Lisboa de Oliveira.

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