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Literatura – Prosa e Verso
Livro: Mons Vivus
Vida: 1977

SOLIDÃO

 

SOLIDAO

Um homem na solidão
- que perene solilóquio! -
fala profundo a si próprio.

Fala a Deus em termos claros
a fluírem das mesmas águas
pela eternidade em curso.

Fala com tremor na voz
para que relvas e musgos
a palavra testemunhem.

Fala com os ventos diversos
para que a mensagem levem
aos ouvidos do horizonte.

Fala com o penhor das rochas
para que as estrelas o ouçam
desde a pedra em que se assenta:

"Da pedra de solidão
hei de levantar um templo".

 

SOLITUDO

Vivens vir in solitudine
perennique soliloquio
altissime secum loquitur.

Clarum verbum Deo loquitur
fonte quod ab uno profluens
in aeterna tendit tempora.

Cum tremore in voce loquitur
verbis sufis utqui praebeant
herba et muscus testimonium.

Ventis et diversis loquitur
utqui secum nuntia deferant
horizontis usque terminos.

Celsis rupibus et loquitur
voce tanta ut id e lapide
ubi sedet audiant sidera:

"Hic e petra solitudinis
extruam Dei aedificium "

Henriqueta Lisboa José Lourenço de Oliveira

 

Copyright © 2004 by Alaíde Lisboa de Oliveira.

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