banco de textosvidalivroshome
Literatura – Prosa e Verso
Livro: Mons Vivus
Vida: 1977

MURMURINHO

 

MURMURINHO

O visão do demônio, ó força mágica, membro das trevas destacado!

Volta às plagas do ignoto,
teu baluarte é sem nome!

Perca-se na floresta o teu vulto,
teus olhos são estranhos pélagos!

Levem-te os ventos para longe,
tua voz atrai as serpentes!

Arrebatem-te as ondas do oceano
teus passos deixam fundas marcas!

Desaparece em sarças de fogo,
tuas mãos têm nódoas de sangue!

(A Policarpo de Azevedo
que ninguém sabe onde andará,
perseguem fúrias de além-mar
no murmurinho brasileiro)

MURMURILLUM

O diabolica visio vis o magica
o membrum disiunctum a tenebris!

Te ignoti in plagas retrahe,
castellum tuum sine nomine!

Tuus vultus condatur in nemore:
oculi tui sunt atrum pelagus!

Ab hinc te venti longum auferant:
tua vox serpentes allicit.

Vorent utinam te undae oceani:
tui passus humum signant funditus.

Torreat utinam te ignis veprium:
en manus tuas sanguis maculat!

(Hunc Polycarpum, vilem daemonem,
qui nemo scit ubíne latitet
sequuntur transmarinae furiae
per rura et murmura Brasiliae.)

 

Henriqueta Lisboa José Lourenço de Oliveira

 

Copyright © 2004 by Alaíde Lisboa de Oliveira.

Informações e imagens podem ser copiadas para uso educacional,
sem finalidades comerciais, desde que citada a fonte. Para outros usos,
entre em contato:
joselourencooliveira@terra.com.br.