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Educação e Humanismo
Livro Conceitos de Lingüística Fabular

DISQUISIÇÃO SOBRE O VOCÁBULO "CRITÉRIO"

 
 

Este texto foi primeiro reproduzido no livro O Espírito Mediterrâneo, publicação da Revista Kriterion, UFMG, 1951. Foi retomado em Oliveira, J. Lourenço de, Conceitos de Lingüística Fabular. Rio de Janeiro: Edições Tempo Brasileiro, 1984.

 

E se perguntássemos que relação existe entre os vocábulos critério, crise, crime, crivo, certame, certeza, decreto, discernir, segredo, hipocrisia?

Tomado do calor imaginativo que alevantam as questões argutas, buscaria um curioso aproximações e afastamentos, comparando e associando, até lhe sair, talvez, um compendioso tratado. Mas um etimólogo responderia que existe, entre eles, a relação universal de serem cognatos, de procederem da mesma raiz indeuropéia krei, portadora da idéia separar, idéia clara ainda ou já escura e difícil de rastrear, em tais vocábulos.

Discriminemos "critério" dos outros nomes da lista, onde os há vulgares e até de má companhia, como crime, hipocrisia. E concertemos com os dicionários algumas noções a respeito dele.

Morais: regra ou princípio de discernir o verdadeiro do falso, o bom do mau;
Larousse: caráter decisivo da verdade;
Webster: um padrão de juizo, a standard of judging;
Bailly, no dicionário grego: o que serve para julgar, faculdade de julgar, regras de julgar, lugar de julgar.

Kritérion é, pois, critério e lugar de julgar, tribunal. Cf. dikastérion, lugar onde se julga, tribunal; koimetérion, lugar de dormir, dormitório, cemitério. [1]

É fácil de seguir a idéia "separar" em kritérion e seus cognatos krités, kritikós, krinein, krisis, carregados da idéia "julgar", pois quem julga separa ou discrimina. A frase kríno andras katá phula, "separo os guerreiros por tribos", apresenta o verbo krinein com um sentido bastante material, vizinho do primitivo separar. Entretanto, segundo a marcha do concreto para o abstrato, do material para o mental, krinein acabou significando distinguir, escolher, decidir, resolver, julgar, interpretar, apreciar, etc. Krités é um nome grego de juiz e kritikós é o "crítico", o capaz de julgar. Da kritiké tékhne, arte de julgar, a filosofia e a estética fizeram a crítica e o criticismo, este cheio de prosápias, depois que o meteu Kant em coturnos categóricos. Krisis, que é separação, distinção, decisão, etc., infiltrou-se no mundo romano e românico, sob a forma crisis, em gíria de esculápios, com o sentido de fase decisiva de uma doença. Ora, queixando-se o homem, em todo tempo, de muita doença, orgânica ou figurada, no seu corpo ou no da sociedade, foi natural tomar a palavra "crise" o sentido que hoje tem.

Os romanos latinizaram críticus e latinizaram crisis, mas não latinizaram criterium, cujo surto é posterior, de adaptação escolástica. Não o empregou Cícero, que deu roupagem vernácula a tanta abstração grega, nem o empregou Sêneca. Para eles, kritérion foi regula, nota, distinctio, examen, discrimen e, principalmente, iudicium, vocábulo romano por excelência, formado de ius dicere "declarar o direito".

Critério aclimou-se na Europa com a helenização renascentista. Palavra de estirpe, demorou em sair da escola, em deixar a continência puramente filosófica. No seu dicionário etimológico francês, Dauzat não dá notícia de critérium antes de 1750, antes de Rousseau. Os ingleses preferiram o traslado criterion. E o dicionário de Oxford, denunciando sua presença no século dezessete, acrescenta que ainda era usado reproduzir-se em caracteres gregos.

Da mesma raiz krei procedem cérnere, cribrum, crimen, com uma grande família latina e neolatina. Mas entre a progênie grega e romana dessa raiz indo-européia, há distâncias que induziriam interessantes ponderações de psicologia nacional.

Segundo convinha a gente rústica, principiou cérnere pelo sentido de joeirar, cirandar, crivar, peneirar. Da idéia de "separar coisas misturadas", que isso é joeirar, cérnere chegou ao mental distinguir, julgar, decidir, decretar: Quodcumque Senatus créverit agunto. Faça-se tudo o que o senado tenha decidido.

Cribrum é crivo, joeira, ciranda, peneira.

Crimen, primeiro nomeando o que serve para separar, evolveu para os sentidos de decisão, acusação, inculpação, "crime", ficando a discrimen a idéia separar.

Está ligado a cérnere, como seu antigo verbal, o adjetivo certus, decidido, certo. E já tendia, desde o latim, para a indeterminacão que hoje tem (quando anteposto, em português): certa vez, certa ocasião.

De cérnere se compõem discérnere, secérnere, tonalizando os prevérbios o valor fundamental do semantema. Seus adjetivos verbais decretus, discretus e secretus tiveram boa fortuna românica. Ao português forneceram os alótropos decreto e degredo [2], secreto e segredo, bem como discreto, discreção [3], etc.

A discretus, no latim patrístico, veio ajuntar-se, por antonímia, concretus, de concréscere: quer dizer "formado por agregação de partes", condensado, espesso. Como discretus quer dizer separado, balancearam os dois, contaminou-se concretus, por etimologia semântica e foi criado, assim, o verbo concérnere.

Do latim ciceroniano ao latim hieronimiano, é abundante o número de cognatos de kritérion: cérnere, cribrum, certamen, certare, certus, certitudo, certificare, concérnere, concertare, cribrare, crimen, criminalis, criminari, criminare, criminosus, decretum, discretus, discretio, discrimen, excrementum, incriminatio (com sentido de "inocentação", em Tertuliano), indiscretus, indiscretio, secretus, etc.

Da mesma raiz krei, o grego tira conceitos de uma subtil atividade mental e o romano, palavras materiais e de ação social: kritérion, krisis, kritikós - cribrum, crimen, cérnere.

Através do contraste, pode rastrear-se a diferença entre os dois plantadores de nossa civilização: o heleno, homem de inteligência, que nos abriu os caminhos da análise e o romano, homem de vontade, ordenador do mundo.

A receptividade ária do italiota vai permitir que Roma e o Ocidente se helenizem, mas com reação e dificuldade. Roma atenizou-se modestamente, o bastante para impedir uma extinção do espírito mediterrâneo.

Não sem motivo argúem ao latim ser língua concreta e grave. É nobre, segura e exata, no jurídico. Mas é pesada à filosofia e difícil à subtileza. O fato pode tomar-se como denúncia de um pragmatismo e parcimônia, cuja resposta moderna se encontra nos saxões. A helenização itálica fez-se num transe e limite algo parecido com a reelenização renascentista, entre os povos nórdicos.

Catão representa o tipo do romano que Atenas teve de conquistar. É do seu tempo, em 155 A. C., certo episódio em que entra, personagem, um filósofo cujo nome interessa, casualmente, a esta nossa disquisição etimológica. Esse nome é Critolau, em latim Critoláus, em grego Kritólaos, onde aparece o elemento kritos, do verbo krinein, e quer dizer "escolhido". E Laos que quer dizer "povo".

Mandou Atenas a Roma, a fim de pleitear relevação de grave multa, uma luzida embaixada de três escolarcos: Diógenes Babilônio, Carnéades Cirineu e Critolau. Um estóico, um acadêmico e um peripatético.

Em 155, não haviam decorrido cinqüenta anos, a contar das mortes sucessivas de Plauto, Ênio e Terêncio. Vivia Pacúvio e ia nascer Lucílio. Coberta de glórias na guerra de Aníbal, luzia a família dos Cipiões. Entre eles, o que ia ser o segundo Africano, ligado de muita amizade ao grande historiador grego Políbio, então exilado em Roma, e a Caio Lélio, o Sábio. Octogenário, ainda vivia Marco Pórcio Catão, chamado Antigo, chamado Maior, chamado Censor.

Chegados a Roma, os três filósofos parece que primeiro a queriam converter, para que depois lhe impetrassem a remissão da multa. Afluía a cidade, ouvinte, às lições deles, muitos anchos com a presença dos Lélios e Cipiões. Deslumbraram, com o fulgor dos sofismas, aquelas retas inteligências pragmáticas de latifundiários parcimoniosos. Delongavam a estada. Catão rosnava do seu canto. E um dia, alarmado, saiu de sua temida velhice, foi até o Senado e exigiu que despachassem a embaixada helênica. Receava que a juventude romana passasse a preferir a glória de falar bem à glória de fazer bem. Voltasse cada coisa ao lugar. Os filósofos, à lição dos filhos de sua terra. A juventude romana, à obediência das leis e dos magistrados. Pelo menos os filósofos voltaram.

O áspero homem que residira na Grécia e discursara em grego aos atenienses, o rude soldado que, havia cinqüenta anos, trouxera Énio para Roma, o indomável italiota que via em Sócrates um charlatão e em toda a espécie helênica uma gente detestável e inútil - havia declarado, com muito de profeta, que Roma estaria perdida, se alguma vez aquela raça lhe transferisse a sua literatura.

E a raça detestável conquistou a cidade de Catão. O racionalismo helênico penetrou o mundo romano: o kritérion presidiu ao iudícium.

O homem ocidental vem construindo a sua lenta civilização, num lento encontro, feito de aceitações e repulsas, entre o espírito e a força. Atenas representou o espírito: Roma, a força. E continuou a representá-la naquilo em que não se mediterranizou. Porque o Mediterrâneo é o mar do espirito, enquanto o Báltico é o mar da força, o mar de cujas foscas vizinhanças acorrem os árias, invadindo, em busca da luz do sul.

Esclareçamos que este contraste rege apenas o modesto exame de uns poucos milênios, na morosa urbanização do homem ocidental.

É verificação dos estudiosos, que o ária deixou vincadas marcas de seu imperialismo e depredismo, em várias regiões do apagado mapa em que a pré-história e a glotologia têm podido rastreá-lo. [4]

Genericamente, o nome grego e latino do homem está ligado a raízes de humildade e contingência: ántropos significaria "o mortal", em oposição aos imortais, os deuses. E homo quer dizer "da terra", de barro, terrestre - em oposição aos celestes, os deuses. Cf. o cognato húmus: terra, gleba, leiva.

Mas o ária empregou duas outras raízes, no batismo do homem específico, o homem forte, o homem que engendra, o homem guerreiro, o homem conquistador. São as que se encontram nos vocábulos anér e uir.

É ária o anér grego. Vindos do norte, os andres homéricos afluem para o Mediterrâneo, em movimentos crepusculares, a partir de três mil anos antes de Cristo, no correr de vagos períodos que vão do século trinta ao século décimo, quando Tróia foi destruída pela sexta e última vez. Ao fluxo e refluxo de seus golpes predatórios, cai a civilização cretense, com sua extensão micenense. E eles vão lançar garras em pontos da Ásia Menor.

A mesma raiz de anér encontra-se no sânscrito nar, levada pelos árias à Índia, com o mesmo sentido. Camões ainda encontra o vocábulo e reminiscência da casta, pois nomeia, no canto sétimo, os dois "modos de gente" da terra - naires e poleás - observando em seguida: Os naires sós são dados ao perigo / das armas ... (Lus. VII, 37 e 39).

A resposta semântica de anér ou nar é o uir romano e o gótico wair.

Vir está na origem de uirtus, palavra tão substancialmente romana, cheia daquela consciência da força de que nasceu a grandeza do Império. Consciência de um novo que coordenou um mundo e conceituou uma paz tipicamente ária - a paz romana.

Embora o nome Roma deva ser etrusco - significaria rio, a etimologia sugestiva quis ligá-lo ao grego rome - força, o que simbolizaria o sentido de uma destinação.

Todo romano tinha de ser um uir, para o sonho de Catão. Mas quando o uir catoniano, cheio de ânimo predatório, arrasava Cartago, já o espírito mediterrâneo havia erguido em Atenas um luminoso fanal, cuja irradiação iria aquecer o mundo.

Cresceria o Império, como cresceu, gerado na uirtus, naquela "virtu" que Maquiavel admirou tanto. E cairia também, como caiu, numa gigantesca fermentação de séculos, despotencializando-se, enquanto, em torno das águas claras e irrequietas do mar predestinado, lutava o espírito, o espírito de Sócrates e Cristo, através da filtração heleno-cristã. E outra vez a força báltica, em hordas de além-Reno e além-Danúbio, iria descer pesadamente, buscando a luz do mar de Homero e de Vergílio.

Através do cristianismo, dificultosamente, ainda venceu o espírito. Sublima-se o nome uirtus, coroado de força moral, deixado em segundo plano o sentido itálico do vigor físico. E o nome barão, que os germanos haviam trazido para a área românica, tingido com a força indeuropéia do vocábulo ber - resposta teutônica do gótico wair e do latino uir - assumirá a forma ibérica varão ou varón, cujo conceito, espiritualmente afinado, não mais lhe pressupõe a necessidade da braveza guerreira.

Pelo espírito, que planeja beatitudes, o homem tem buscado salvar-se da força que comprime e destrói: pela força que comprime e destrói, o espírito se tem perdido e agravado, toda vez que, impaciente, ela o encarcera.

Pelo espírito, o homo sapiens aprendeu a distinguir e a separar, a escolher e a julgar, a decidir e a explicar, a determinar e a estimar - Krinein, cérnere. A experiência deu-lhe o critério por que conforma o juízo e declara o direito, ius dicit. Ajuntando o supernatural ao natural helênico, inovou o Cristianismo esse critério, inovando o pensamento e a vida, naquele sublime exagero do espírito, que foi a Idade Média.

Sem fé nos deuses, que o cristianismo derrotara, nem na milícia, que a vida fácil rejeitara, parasitava o romano a riqueza avoenga e entregara a mercenários a garantia de uma ordem que a virtude ancestral cimentara no sangue e na decisão. Aburguesado e incrédulo, via o povo acorrer à "ecclesia", em que ressoavam palavras de fé e esperança. Excitado e inerte, via o germano reeditar o que outros árias haviam feito, num outrora de dois milênios, quando trocaram as enevoadas regiões do interior continental, pelas claras e rendilhadas orlas do mar Egeu e do mar Jônio.

Era um Império de quadros vazios. E não tem promessa de permanência uma organização que não sintonize com as aspirações coletivas - corpo sem alma, colmeia velha sugerindo mudança.

No entretanto, eles representavam "urbanidade" para invasores feros, cheios de força e instinto. A esborcinada estrutura jurídica ainda guardava a solidez da travação genial que lhe dera o povo criador. A língua, reelenizada, subtilizada, orientalizada, pela patrística, ressoava ainda, com a majestade e amplitude de antanho, mesmo sem Vergílios nem Cíceros.

Do recontro saíram vencedores o cristianismo, a força báltica e o quadro da civilização mediterrânea. Da dura soma nasce a Idade Média, planejando a vida à luz do espírito, à luz do código de Cristo. É o seu critério. Mas o trabalho tinha de ser paciente, demorado, pois agia num plano de romanos mal helenizados, de províncias mal romanizadas e de germanos mal cristianizados.

Quando as forças começavam a chegar a um grau de promessa, naquele momento do século treze, que deixa o contemplador imaginando perspectivas consoladoras, eis sopra o vento, quebra o espelho das águas e apaga a imagem para sempre.

De tudo nos fica uma sugestão de sublime exagero, que fascina e estranha.

A Renascença é um grande descobrimento. O homo universalis, num salto milenar, vê surgir, extasiado, a civilização antiga, o seu conceito de vida, numa como quase idade de ouro para a calorosa devoção admirativa. Descobrindo, no espaço, maior extensão de mundo e vias ligativas, vê mais terras numa terra imaginosamente fantasiada. No espaço e no tempo, vai coordenando a força fecunda da experimentação.

Esse reatamento com o passado, com a racionalidade helênica, gerou o antropocentrismo, alimentado em progressão com o anulamento da referência causal que o cristianismo somara à explicacão do mundo. O homem ampliou a crítica, a tudo estendeu o criticismo, cimentou na lógica a suficiência e orgulho do seu critério, e foi assinalando um campo, um limbo - muito povoado - às quantidades irracionais, aos mistérios inapreensíveis.

O Renascimento é um fervoroso banho mediterrâneo. Contra ele, outra vez, ia levantar-se a força báltica. O primeiro que o resistiu foi Lutero, em nome de um cristianismo teutonizado, de um esquemático orgulho a que não pôde alterar, ainda, no plasma da raça, a plurissecular infiltração heleno-românica. Mas o fermento continuou levedando o Ocidente, alargando as bases do racionalismo.

Em seguida, pela hora contingente dos ciclismos, veio a reação estética, também de origem báltica. Junto ao racionalismo fundamental, sempre crescente, florescia um racionalismo romântico, alimentado pela notícia do homem não europeu, trazida de outras plagas, pelos navegadores, fantasiada e ingênua, mentirosa e grande. Já no século dezesseis, a curiosidade que provoca em Montaigne o selvagem americano revê a mesma sedução, as mesmas inferências lisonjeiras, com que Rousseau inflamaria a Europa, idealizando o homem primitivo. Era uma diversão do que é mediterrâneo, era um outro homem oferecido à contemplação, em lugar do herói já cansativo. Qui nous délivrera des grecs et des romains?

Era outro espelho, carregado das misteriosas sugestões do homem da natureza.

Estava exausta a idolatria clássica. E a razão estava cansada de razão, de Iluminismo, de Aufklaerung. Rousseau despertara a força báltica. Uma obra de Klinger, muito germânica no seu título - Sturm und Drang, Tempestade e Assalto - iria desencadear a reação, nos fins do século dezoito. Nascia o Romantismo, que vinha de Lessing, de Goethe, de Schiller. Investia contra o cânon, a medida, o modelo, o ideal, a beleza, o racional, em nome do naturismo roussoniano, do ímpeto nativo, do ametrismo sentimental.

O Romantismo é uma reação antimediterrânea, tingida de irracionalismo. Daí para cá, o mundo se tem germanizado, balticizado, atingido, principalmente, pelo fascínio do experimental e do filosófico, no século dezenove. Cumpre reestruturar, reajustar, reatando a linha que o ária do Norte está sempre quebrando.

Desde Sócrates ou Cristo, o Ocidente sabe que mestres deve seguir. Existe, pois, um critério. Mas a arquitetura diária da vida está sempre acusando descompasso entre o planejamento e a ação. Periodicamente, a soma residual acusa um forte acervo de deficiências coletivas. Vem a inquietação maior. E vem a força querendo corrigir o que a força não é capaz de corrigir.

A beatitude está no Bem. O homem sabe disto e segue o mal. Não foi um poeta, foi a humanidade que se confessou de um pecado miúdo e pertinaz, quando disse: Video meliora proboque deteriora sequor.

 

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