“6. ainda sou aquele, judith, que ao acordar, aplica o ouvido à natureza em busca das respostas às perguntas que ao deitar faço: “por que nasci? por que morro tão lentamente?” como sempre, judith, volvem-me em eco as palavras mesmas: “por que nasci? por que morro tão lentamente?” então, torno ao dia em uma sombra mais. ainda sou, judith aquele a quem o amor escolheu para seu jogo de trapaças: contrabandeio sentimentos; mas não sou dado à farsas! sou ainda eu, judith, a lenda desesperada de mim mesmo, aonde quer que exista, existo..., mas existirei só!”

(Prosoema, texto 6)