Glória de Sant’Anna:
pulsões da alteridade em tons de intimismo e melancolia1

 

Luciana Brandão Leal*

A essência das coisas é senti-las

Tão densas e tão claras,

Que não possam conter-se por completo nas palavras.

 

A essência das coisas é nutri-las

Tão de alegria e mágoa, que o silêncio se

Ajuste à sua forma

Sem mais nada.

Glória de Sant’Anna

1999

 

Os poemas de Glória de Sant’Anna não figuram em muitas das antologias da literatura moçambicana, e sua voz é considerada, em certa medida, menos expressiva se comparada à dos poetas que escreveram na segunda metade do século XX nesse espaço do continente africano. Entretanto, o vigor poético de sua produção literária e a elaboração estética de seus textos permitem refletir sobre a importância dessa voz feminina no cenário da moderna poesia moçambicana escrita em Língua Portuguesa.

O poeta Virgílio de Lemos faz diversas homenagens a Glória de Sant’Anna, citando-a em entrevistas e em referências significativas a seus poemas. Em entrevista a Carmen Lucia Tindó Secco, Virgílio fala sobre a poesia “sensual e sensível” (LEMOS in SECCO, 2014, p. 163) de Glória de Sant’Anna, situando-a entre Cecília Meireles e Sophia de Mello Breyner. Também em seu ensaio “As pulsões do barroco estético”, o escritor inclui essa poetisa entre Rui Knopfli, Patraquim e Sebastião Alba, definindo-os como poetas da extraterritorialidade, em que a escrita e a língua “são também sinais da reinvenção da vida, criação de espaços de liberdade para o nosso corpo, o cortar do cordão umbilical, o superar as rupturas com a língua-mãe, as raízes e a pátria” (LEMOS, 1999, p. 104).

Curiosamente, o Livro de Água, escrito por Glória de Sant’Anna, que recebeu o prêmio “Camilo Pessanha”, teve as provas corrigidas por Virgilio de Lemos. Virgilio e Glória eram bastante próximos, como revela a escritora: “Ele deslocava-se por vezes ao norte e passava por nossa casa para conversar”. (SANT’ANNA, in LABAN, 1998, p. 154). Tais visitas aconteciam quando Virgilio fora julgado e condenado por “ofender” a bandeira portuguesa, chamando-a de “capulana verde e vermelha”.

Outra homenagem a Glória de Sant’Anna encontra-se no livro Para fazer um mar (2001), no qual Virgílio de Lemos evoca os versos do poema “Afirmação” (SANT’ANNA, 1984, p.), citados na epígrafe deste artigo, relacionando-os à pintura de Roberto Chichorro. No poema “Afirmação”, vê-se indícios fundamentais da estética de Sant’Anna, que elabora uma “arte-poética-do-silêncio” (LISBOA, p. 16). Dialogando com o texto de Glória de Sant’Anna, os versos de Virgílio Lemos (2001) sugerem: “Pudesse a língua ser o coração / da noite/ na embriagada luz do teu / silêncio e / a voz te bordasse de sonhos / a alegria” (LEMOS, 2001, p. 25). O silêncio, temática elaborada por Glória de Sant’Anna e retomada por Virgilio de Lemos nos versos aqui transcritos é, também, o refúgio desses poetas; a primeira, por sua subjetividade exilada, o segundo, pelo próprio diálogo com a materialidade aquática e metaliterária.

Eugênio Lisboa (1984), em prefacio para o livro Amaranto, afirma que “o silêncio é o refúgio, o limite para que tendem os poetas para quem a poesia é apenas o recurso-de-se-não-poder-ser-música” (LISBOA, p. 16). Nos versos de Glória de Sant’Anna, enuncia-se: “pesa-me o silêncio de todas as palavras e a música” (SANT’ANNA, 1984, p. 17). Em discurso performático, o silêncio é elaborado como música e se materializa no que é dito e nos vazios do texto.

Eduardo White também declara sua admiração por essa escritora portuguesa, que viveu em Moçambique de 1951 a 1974. White afirma que a conheceu ainda muito cedo, quando ele tinha entre sete e oito anos, e lia os seus textos na biblioteca do avô. Em entrevista concedida a Laban (1998), White afirma ser a poesia de Glória de Sant’Anna fascinante porque “é líquida, profundamente humana, fecunda. Fiquei louco com a poesia dela, isso mais ou menos em 70, 71" (WHITE in LABAN, 1998, p. 1197).

Glória de Sant’Anna nasceu em Lisboa, em maio de 1925. Como ela mesma escreve: “Minha terra é longe / longe noutro mar / de águas coloridas / de verdes sargaços” (SANT’ANNA, apud SPINUZZA, 2015, p. 98). Esses versos são de um de seus poemas escritos em Moçambique, onde viveu e trabalhou por vários anos, antes de retornar ao seu país de origem. Parte da sua lírica é fundada na solidão e no silêncio, como interpreta Eugênio Lisboa (1984), sentimento e condição que podem ser entendidos por meio da leitura de seus dados biográficos. Ela se mudou para Moçambique para acompanhar o marido e a melancolia foi sua companheira pelos anos em que lá viveu. Ao analisar a obra de Sant’Anna, Carmen Lúcia Tindó Secco (2008) conclui: nos dois primeiros livros, o campo semântico predominante é vago, as reminiscências do eu lírico parecem se direcionar a referencial nenhum, resgatando um território vazio de memórias, como nos versos de “Música ausente”, nos quais se lê: “Na minha lembrança as águas de vidro / com cheiro de frases e areia molhada / e meninos indo à conquista do mundo / de mãos dadas” (SANT’ANNA in SAÚTE, 2004, p. 131). A temática do silêncio permanece em diversos poemas, como em “Poema pequeno”:

Silêncio erguido

De outro sentido.

 

A noite morta

Ronda lá fora

E nela

O meu oculto grito.

(SANT’ANNA, 1984, p. 81)

Giulia Spinuzza reflete sobre “poética do silêncio” e o “lirismo intimista” de Glória de Sant’Anna e explica:

A poesia lírica intimista privilegia uma visão introspectiva, na qual a representação do mundo é, na maioria dos casos, veiculada à função de “espelho” do sujeito. O olhar introspectivo tenta definir os limites e percursos da própria intimidade a partir da imagem do mundo exterior. Todavia, no percurso poético introspectivo há algo que é silenciado, porque há uma luta constante entre o que é dito e o que não é dito; por esta razão, a poesia de Glória de Sant’Anna rasura o limite entre o dizível e o indizível. (SPINUZZA, 2015)

Nessa fase de “ausência” e “silêncio”, predominam os discursos melancólicos, próprios do sujeito descentrado, deslocado: “Na minha lembrança as águas de vidro / de um mar sem sentido”. A perda de sentido também é uma característica comum ao sujeito melancólico. A solidão absorve o sujeito lírico, que se volta para a sua interioridade, “à procura de elos emotivos capazes de equilibrarem sua subjetividade cindida entre duas pátrias” (SECCO, 2008, p. 180). Nestes versos do poema “Elo”, pode-se ler: “Não sei de que distância fui trazida. / Não sei por que distância sou levada. / Os dias são os mesmos. / As noites, outro nada” (SANT’ANNA, 1984, P. 75).

No poema “Solidão”, o eu lírico enuncia: “Pesa-me o silêncio de todas as palavras”. O “silêncio”, metáfora e metonímia da solidão, ecoa pesado no discurso de Glória de Sant’Anna. Em “Segundo poema de solidão”, o pathos melancólico também persiste, e podemos perceber, já pela sonoridade, a repetição do fonema /S/, uma voz que lamenta em sussurro e lembra o som das águas do mar:

Segundo poema de solidão

 

Serei tão secreta

Como o tecido da água

 

E tão leve

 

E tão através de mim deixando passar

Toda a paisagem

 

E todo o alheio pecado

Do gesto, da presença ou da palavra

 

Que logo que a tua mão me prenda

Me não acharás:

 

Serei de água.

(SANT’ANNA in SAÚTE, 2004, p. 136)

Aqui, a dicção aquática está em consonância com os mistérios profundos da alma humana. A água é um elemento essencial para a compreensão da lírica de Sant’Anna e é, também, o meio através do qual ela se identifica com o continente africano. “O mar calmo e estranho tornara-se presença fraterna, terapêutica, lisa, ominosa, às vezes trágica – densa, sempre vigilante”, diz Eugênio Lisboa (1984) em prefácio do livro Amaranto. Glória de Sant’Anna assim descreve a imensidão do Mar de Porto Amélia: “Pemba é uma península – um dos fechos da mais bela baía do mundo... Aquele ‘mar índico’ tocou-me profundamente” (SANT’ANNA, in LABAN, 1998, p. 151). Ao contemplar as águas de Pemba, cidade onde viveu, a escritora se aproxima liricamente de Moçambique, enquanto pulsa suas saudades e a melancolia por estar distante de Portugal.

A poetisa, em seus versos, reitera frequentemente a ideia subjetiva do exílio. Carmen Lucia Tindo Secco (2008) analisa tais vínculos e explica: “É pela contemplação do mar de Pemba e pelo exercício da poesia, que consegue alento para ultrapassar o desenraizamento provocado pela saída da terra natal para viver em terras alheias” (SECCO, 2008, p. 180).

Ao contrário do que se pode pensar, os versos de Glória de Sant’Anna não se limitam às temáticas subjetivas, eles se abrem à dimensão social moçambicana; seus poemas são como representações pictórias que retratam, de forma sensível e humana, a população local. A comparação da sua escrita com as Artes Plásticas é feita pela própria autora, quando escreve: “Tudo isto um quadro (se eu pudesse) / traçado a cinza, sol e verde / e um só nome: / gente” (SANT’ANNA, apud SPINUZZA, 2015, p. 98).

Em entrevista a Michel Laban, Glória de Sant’Anna fala sobre suas primeiras impressões ao chegar a Moçambique. Há, nessa entrevista, uma passagem bastante sintomática sobre a percepção que a escritora tem da Ilha de Moçambique e sobre seus habitantes, quando relata:

A Ilha de Moçambique é muito bonita. A gente da Ilha também é de uma grande beleza e alguma altivez. São makuas, da verdadeira região makuana, e têm sangue árabe. No entanto, onde tudo era novidade e me parecia de festa, um facto me magoou logo: o riquexó. Ser puxada em trote de um ser humano metido entre varais confrangeu-me e senti-me verdadeiramente envergonhada comigo mesma. Era o transporte tradicional da Ilha, mas só andei de riquexó duas vezes (...) E andei porque levava a intenção de conversar com o homem: ‘ – Riquexó, você tem filhos? – Sim senhora, dois. – E quando eles crescerem também vão ser riquexó? – Não senhora, eles vão ser carpinteiros. Serviço de riquexó não e bom’. (SANT’ANNA, in LABAN, 1998, p. 148).

Nesse depoimento contaminado por significados de violência e exploração, a escritora expõe e questiona os hábitos validados pelo sistema colonial: “Sim, para algumas pessoas era naturalíssimo andar de riquexó” (SANT’ANNA, in LABAN, 1998, p. 148). Logo em suas primeiras impressões, Glória de Sant’Anna trata da brutalidade dos hábitos coloniais em Moçambique, expõe a exclusão da “gente makua”, que vive “em bairros de chão escavado, em palhotas agrupadas, de tecto escuro”; as outras casas de regiões “nobres” são descritas, em contrapartida, como “brancas e têm paredes de espessura que ultrapassa o meio metro”. A dualidade colonial está, aí, exposta da maneira mais cruel possível: corriqueira e legitimada nas relações cotidianas da Ilha de Moçambique.

Quando questionada por Michel Laban sobre suas concepções estéticas e literárias, além do caminho “totalmente” distinto que se percebe quando seus poemas são comparados aos de Noémia de Sousa e José Craveirinha – arautos da poesia de combate – Glória explica que suas propostas são, mesmo, diferentes, “mas para atingir um ponto igual”. A escritora prossegue: “Enquanto a Noémia grita numa poesia aberta, dilacerada, atacante, de uma forma que eu chamo de panfletária; enquanto o Craveirinha se aproxima uma vez por outra dessa mesma atitude; eu sigo essa tal outra direcção. Eu analiso, e até sofro, e aviso, mas sem gritar” (SANT’ANNA in LABAN, 1998, p. 171).

Nos poemas de Sant’Anna, como ela mesma aponta, “a força do poema está contida, é preciso estar mais atento à leitura” (SANT’ANNA in LABAN, 1998, p. 172). Está ai a diferença entre “a poesia que grita e a que sugere”. Para ler e interpretar a poética de Glória é necessário ler “para lá das palavras” (SANT’ANNA in LABAN, 1998, p. 172)

Pintando seus versos com as cores de Moçambique, tem-se neles um discurso crítico especialmente lúcido:

Um poema é sempre

uma qualquer angústia que transborda.

 

(E eu posso cantá-lo de amor

posso chamá-lo de ódio

posso cantá-lo de roda...)

 

Um poema é sempre

como um rebento novo que se desdobra.

 

(E eu posso cantá-lo ao sol

posso cantá-lo de água

posso cantá-lo de sombra...)

 

Um poema é sempre

como uma língua que se solta.

(E eu posso cantá-lo como quiser:

há sempre uma palavra que me esconda...)

(SANT’ANNA, apud SECCO, 2008, p. 183-184)

O poema transcrito é marcado pela dicção metalinguística: a palavra se volta para ela mesma. A mulher europeia, em sua escrita, encena o encontro com o desconhecido: outros homens, outro espaço geográfico, outra maneira de se fazer poesia. As imagens pintadas no poema vão construindo “o outro”, o moçambicano, com um olhar sempre empático. O homem negro é valorizado, despido do cunho exótico, diferentemente da visão eurocêntrica sobre o africano, como se constata no poema a seguir:

Poema para um negro

O que me prende é o que te prende:

largo horizonte de outros passados,

raízes fundas presas ao chão

e um mar tão largo.

Palavras soltas num vento agreste,

caminhos rudes determinados,

sombras e sonhos sem condição

e um céu tão vasto.

Meus passos breves não deixam rasto.

Teus passos fundos, fundos estão.

Mas entre o mar e o céu e os nossos passos,

a nossa humanidade é o mesmo laço

irmão.

(SANT’ANNA in SAÚTE, 2004, p. 133)

O “Poema para um negro” tem como interlocutor um negro, indeterminado pelo artigo, que é metonímia do povo moçambicano. Já no primeiro verso, “O que me prende e o que te prende”, temos a ideia de similaridade, que se sobrepõe ao racismo e à exclusão por origem. Ambos têm suas raízes presas ao chão, ao seu povo e à terra natal, ainda que em diferentes espaços geográficos. Em terras moçambicanas, o negro está fincado, enquanto a poeta não deixa rastros. Embora haja as dessemelhanças raciais e de nacionalidade, ambos estão unidos pelo laço da irmandade. O amor fraterno aqui celebrado ultrapassa as fronteiras raciais e territoriais que separam o “eu” e o “tu” encenados no poema.

No belo poema “Maternidade”, é possível interpretar a mesma solidariedade presente em “Poema para um negro”. “Maternidade”, no entanto, tem como interlocutora uma mulher negra, com a qual a voz poética se liga pelo dom de ser mãe. Outro fato que as aproxima é a morte: “Quando soar a hora / determinada, crua, dolorosa / seremos tão iguais, tão verdadeiras”. Se a “indesejada das gentes” as aproxima, a possibilidade de gerar a vida também as torna iguais. Ambas serão chamadas de “Mãe”. Nesse texto, a diferença racial e étnica não as faz efetivamente diferentes; ao contrário: o que ergue o vestido da mulher branca e o que ergue a capulana da mulher negra é a mesma substância humana.

Maternidade

 

Olho-te: és negra.

Olhas-me: sou branca.

Mas sorrimos as duas.

na tarde que se adeanta.

 

Tu sabes e eu sei:

o que ergue altivamente o meu vestido

e o que soergue a tua capulana,

é a mesma carga humana.

 

Quando soar a hora

determinada, crua, dolorosa

de conceder ao mundo o mistério da vida,

 

seremos tão iguais, tão verdadeiras,

tão míseras, tão fortes

e tão perto da morte...

 

que este sorriso de hoje,

na tarde que se esvai,

é o testemunho exacto

do erro das fronteiras raciais.

 

Dos nossos ventres altos

os filhos que brotarem

nos chamarão com a mesma palavra.

 

E ambas estamos certas

tu, negra e eu, branca –

que é dentro dos nossos ventres

que germina a esperança.

(SANT’ANNA in SAÚTE, 2004, p. 134-135)

A partir dessa leitura, o que se sobressai é um sentimento de partilha com a mulher negra. Partilha de experiências que aproxima o “outro” do campo de referências e experiências do eu lírico.

Ainda neste eixo temático em que a poesia se volta para a alteridade, Glória de Sant’Anna denuncia o drama colonial:

Desde que o mundo

 

A terra está ficando toda de sangue

toda de sangue

e mil olhos nos olham de lá do fundo

 

Cada corola que rompe vem cheia de sangue

cheia de sangue

e traz no centro um olho duro

 

As faces, as faces, as faces quietas

que eram de carne e são de terra

e os dentes, os dentes, os dentes dispersos

por entre de dentro no meio das pedras

 

E orelhas, orelhas deitadas escutando

escutando esperando escutando esperando

os passos e pulso e as vozes e o fumo

e o vento e a chuva e o rodar do mundo

 

E comendo a fome de sangue da terra

 

entre ossos e pele

entre ossos e pele

 

gusanos, gusanos, gusanos, gusanos

repartindo tudo.

(SANT’ANNA in SAÚTE, 2004, p. 135-136)

Em movimento cíclico, o sujeito da enunciação banha o texto de sangue, denunciando a violência reiterada da guerra colonial. O mar agora se torna ausente; o que aflora é o mar de sangue, evocado nos versos. A lírica de Glória de Sant’Anna, como toda grande poesia, se opõe à violência, à segregação e à desumanização. Essa mirada ao espaço e à condição do outro revela a consciência do que é humano e da função humanizadora própria da literatura. A percepção individual revela os embates coletivos, em uma terra marcada pela dor e pela exploração: “A terra está ficando toda de sangue / toda de sangue / e mil olhos nos olham de lá do fundo”. Nesse momento, o discurso anunciado no título “Desde que o mundo” transforma-se em denúncia da violência colonial. Do gesto da escritora nasce a “poesia solidária em sua nervosa dilaceração” (SOUZA E SILVA, 1996, p. 60). Como se vê, a lírica intimista de Glória de Sant’Anna suscita profundas reflexões sobre o espaço colonial moçambicano e propõe um peculiar encontro com o “outro”: esse “outro” encenado que reitera um dos mais radicais fundamentos da Literatura.

Nota

1Texto publicado originalmente em Mulemba. Rio de Janeiro: UFRJ | Volume 11 | Número 21 | p. 125-135 | jul.-dez. 2019. ISSN:2176-381X

Referências

LABAN, Michel. Moçambique: encontro com escritores. Fundação Eng. Antônio de Almeida. Volume I. 1998.

LEMOS, Virgílio de. Para fazer um mar. Lisboa: Instituto Camões, 2001. (Coleção Insularidades).

SANT’ANNA, Glória de. Amaranto: poesias 1951-1983. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1988.

SAÚTE, Nelson (Org.). Nunca mais é sábado: antologia de poesia moçambicana. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2004.

SECCO, Carmen Lúcia Tindó. Uma poética de mar e silêncio. In: ________. A magia das letras africanas: ensaios sobre as literaturas de Angola e Moçambique e outros diálogos. Rio de Janeiro: Quartet, 2008.

SECCO, Carmen Lúcia Tindó. Afeto & Poesia. Ensaios e entrevistas: Angola e Moçambique. Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2014.

SPINUZZA, Giulia. Glória de Sant’Anna: uma voz feminina nos confins do Índico. InterDISCIPLINARY Journal of Portuguese Diaspora Studies, v. 4.1, 2015. Disponível em: <http://portuguese-diaspora-studies.com/index.php/ijpds/article/view/204>. Acesso em: 10 out. 2016.

SPINUZZA, Giulia. “Uma poética do silêncio: a poesia intimista de Glória de Sant’Anna”. In: https://litcult.net/2015/01/30/uma-poetica-do-silencio-a-poesia-intimista-de-gloria-de-santanna-2/ Acesso em: 08/05/2019.


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Luciana Brandão Leal é Doutora em Letras – Literaturas de Língua Portuguesa, pela PUC Minas. Atuou como investigadora visitante na Universidade de Lisboa, com bolsa CAPES de doutorado-sanduíche. Professora Adjunto II da Universidade Federal de Viçosa (atuando no campus Florestal). Coordena projetos de pesquisas “Poesia moçambicana do século XX” e “Corpo e territorialidade em Maureen Bisiliat e Marcel Gautherot”, ambos registrados na Universidade Federal de Viçosa (2020-2022). Membro do grupo de pesquisas GEED – Grupo de pesquisas em estéticas diaspóricas, coordenado pela profa. Dra. Maria Nazareth Soares Fonseca. Integra a comissão editorial do literÁfricas. Possui diversos artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais. Autora dos livros Descolonizar a palavra: poesia moçambicana do século XX e Virgílio de Lemos: poesia em trânsito, em fase de editoração.

 

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