Entrevista com Dina Salústio[1]

Franciane Conceição da Silva[i]

Franciane Conceição da Silva: Dina, primeiro eu quero agradecer sua disponibilidade. Quero dizer o quanto a sua produção literária é inspiradora. A sua literatura é muito inspiradora pra gente continuar nesse processo de lutar, e de estudar, de ocupar os espaços que nos foram negados. Gostaria que você falasse um pouco do seu processo de escrita.

Dina Salústio: Primeiro, eu quero agradecer a sua generosidade, e por ter inscrito/escrito uns dos meus trabalhos nas suas preocupações acadêmicas. Tem horas que a gente não pensa o alcance do que a gente escreve, geralmente é um sentimento que passamos para o papel, normalmente é isso, e não pensamos que vai ter algum valor. Então ficamos gratificados quando alguém pega nele e diz "Olha, serve pra mim". Mas quando escrevo tenho a preocupação de denunciar qualquer coisa, denunciar felicidade, denunciar alegria, denunciar o sol, é uma denuncia com prazer, é como convocar as pessoas para esses prazeres. Por outro lado, eu faço uma denúncia, já no sentido próprio da denúncia dos aspectos que me incomodam. Que me incomodam porque pertenço a um grupo, eu não sou sozinha. Pertenço a um grupo, pertenço a uma sociedade, pertenço ao mundo. Ao mundo muito menos, mas a um grupo e a uma sociedade eu pertenço de certeza. Eu tenho responsabilidades, eu acho que não é ser vaidosa, é dizer: eu tenho responsabilidades. A gente quando nasce, nasce com responsabilidades. Porque tu nasceste em um grupo tem responsabilidades para com este grupo. Assim como outros tiveram com os grupos que vieram antes e nós trabalhamos para melhorar o nosso grupo. Para melhorarmos a nós, mas, sobretudo, o nosso grupo. Porque o grupo é aquilo que nós vamos deixar para os nossos filhos. Nós vamos, o grupo fica! A pátria que tu criaste para viveres fica. Então, temos que tornar uma pátria melhor.

FCS: Muito bom! Começamos muito bem. Dina você falou dessa questão da denúncia, falou da literatura enquanto veículo, enquanto ferramenta de denúncia. Dina, que tipos de denúncias você faz em sua literatura? Quais são as denúncias mais recorrentes? O que te motiva a fazer essas denúncias?

DS: Eu geralmente faço, tento fazer a denúncia e chamar atenção aos problemas que estão a minha volta. E não só. Gosto de ser também uma voz pra ser ouvida, porque normalmente nós não somos ouvidas, normalmente há um silêncio atroz à nossa volta, porque há coisas mais ruidosas, mais confortáveis, mais bonitas para se tratar. E as dores é aquilo que faz mover a sociedade. Porque as dores fazem mover a sociedade. Não é só a felicidade, as dores fazem. Porque quem está a trabalhar, normalmente, na minha sociedade, no meu grupo, são as mulheres é que estão a trabalhar. São elas que de sol a sol trabalham, alimentam os filhos, são abandonadas, são esquecidas. Hoje, menos do que ontem, são analfabetas. Hoje, menos do que ontem, são as desempregadas. Hoje, menos do que ontem, mas continuam sendo em grande parte mulheres esquecidas, mulheres invisíveis, invisíveis. E as dores delas, a mim me movem muito, porque sei lá, podia ser minha mãe, podia ser a minha vó, minha tia, podia ser eu! Podia ser eu se eu não tivesse tido a sorte de ter os pais que eu tive. Essa é uma questão importante porque eu devo à sociedade, aquilo que eu sou eu devo aos meus pais e à sociedade.

FCS: Então, a literatura que você produz é um modo que você encontrou de falar dessas dores? É um retorno que você dá a essa sociedade. É um compromisso que você assume...

DS: É pagar uma dívida. É claro que a gente não faz isso na literatura que produz todos os dias. Eu fazia isso, quando trabalhei durante muitos anos na rádio. Dez anos depois, fiz muitas crônicas no jornal. Tenho muitos anos de batalha. Mas uma batalha contínua que eu faço com honra. Não tenho prazer de fazer essa luta, preferia não fazê-la, preferia que ela não existisse pra eu fazer, mas quando eu faço, eu faço consciente e fico contente comigo mesma por estar a fazê-la. Eu tenho orgulho no trabalho que eu faço, um trabalho que muitas outras mulheres fazem por aí, por este Cabo Verde inteiro, por este mundo inteiro. Como você  no Brasil, como muitas outras pessoas que estão a trabalhar nisso porque é uma labuta de formiguinhas, não é? Vamos! Vamos! Vamos! Então, o jornal é um espaço ideal para se fazer isso, para denunciar os incômodos, não é? Mas por outro lado, na literatura, não só jornalística, mas nos contos e nas crônicas. As crônicas são fantásticas! Porque você sai à rua e começa a ver material para escrever, começa a ver infinitamente crianças maltratadas, velhos abandonados, os loucos espezinhados, os animais esquecidos, abandonados e também vem-se homens abandonados, veem-se desempregados, veem-se bêbados. Vais perguntar: por que que ele é bêbado? É porque ele não tem trabalho. É porque é mais barato comprar uma caneca, um copo de aguardente do que comprar um pão pra ele. Porque o aguardente vai lhe dar o dia inteiro uma certa paz, uma certa felicidade e dois pães que possa comprar pra ele não lhe matam a fome. Então, na minha literatura eu procuro estes elementos, mas também uso outros elementos, claro! Nós somos um mundo de coisas, não são só tristezas, até porque tu pra lutar tem que ser uma pessoa muito alegre, estar de bem com a vida, não pode estar amargurada porque não consegue produzir, porque a tua dor dói mais que a dor dos outros, a tua amargura é mais dolorosa que a amargura dos outros. Então, tem que estar de bem com a vida, tem que estar munida de instrumentos científicos, como tu fazes as pesquisas, tem que estar com olhos atentos. Porque a vida entra-nos é pelos olhos. Não é pela pele, não é pelo ouvidos, é pelos olhos.

FCS: Nossa! Muito bonito! Muito poético! A vida entra pelos olhos, então essa vida que você escreve na literatura ela entra nesse seu olhar do cotidiano, do dia-a-dia, e é esse olhar que move a sua escrita?

DS: Sem dúvida! Eu escrevo muito observando, eu sou uma escritora de poucos recursos, então eu escrevo muito aquilo que se passa ao meu lado, no comboio, no autocarro, às vezes sento nos bancos e escuto as conversas, eu provoco conversas, eu gosto que as pessoas tenham momentos de desabafos comigo, nisso eu sou bisbilhoteira. Também conto a minha vida.

FCS: E essa bisbilhotagem acaba tornando-se a tessitura do seu texto,  ainda falando das tessituras dos seus textos, dessas produções que você faz, contos, crônicas, romances. Você tem se dedicado à ficção, tem se dedicado mais a escrever textos em prosa, mas você pretende publicar algum livro de poesia? Qual a sua relação com a poesia? A poesia já está em sua prosa?

DS: Eu acho que a poesia, alguma poesia está em minha prosa, porque eu gosto de poesia, na minha casa, eu faço lindos poemas, quando eu vou pro papel, aquilo não se lê. Eu tenho alguns poemas que eu  considero bons.

FCS: Você tem vontade de publicá-los?

DS: Muitos foram publicados em antologias, mas eu não sinto coragem de publicar só em uma obra poética. Vejo tanta poesia bonita, e falo não, não, não (risos).

FCS: Você tá sendo muito exigente, não? Porque normalmente o escritor é muito exigente com ele mesmo, não é?

DS: Ele tem que ser.

FCS: E isso é fundamental para o seu processo de construção literária, não é? Talvez você esteja sendo um pouco exigente demais com suas poesias, com seus poemas...

DS: Não! Eu acho que fico com a prosa mesmo. Eu gosto muito de romance.

FCS: Então, você tem uma preferência de escrever textos em prosa? Pode falar um pouco disso, digamos, dessa sua identificação maior com a prosa?

DS: A prosa, enquanto a mim é uma questão de tempo. A prosa é mais lenta, não a crônica, é claro. Mas a prosa é mais lenta. Você, todos os dias pode fazer um bocadinho de um texto, enquanto a poesia tem que ser na hora. A poesia você pensa num instante e já tem um poema, depois vai trabalhar, isso é outra coisa. O romance não. O conto é outra história. Mas o romance que eu gosto muito é lento, e como dizia Rodin: “lentidão é beleza". Então, hoje eu faço um bocadinho, amanhã eu faço outros, tudo no meu ritmo.

FCS: Você é uma pessoa que olha e esse olhar te encanta. Em alguma medida, você vai colhendo do seu cotidiano elementos para construção da sua prosa, aos poucos vai colhendo esses elementos? É isso?

DS: Sim. Normalmente, no romance você tem ideia do que vai escrever. Tem ideia sobre o que vai escrever. E, no meu caso, é a mensagem que eu quero que determinada personagem passe. Na Louca do Serrano, eu quis por uma pessoa diferente, porque o diferente é o que mobiliza, é o que convoca. Não, não é o fácil, não é o normal, o corriqueiro. O diferente, de facto, é o que consegue atrair o olhar. Então, eu quis por uma personagem diferente, a passar a imagem que eu queria. Eu escolhi uma louca. No que eu fiz depois, Filhas do Vento, eu pus uma, uma figura imaginária, que é uma vó que passa toda história de milhares e milhares de vida, mas depois pode ser tudo a mesma coisa.

FCS: Você estava falando, antes de começarmos a entrevista, de duas publicações que você pretende fazer e que estão aí para sair. Fale um pouco para gente dessas publicações. Você tem ideia de quando esses textos serão publicados? Do que se tratam esses textos?

DS: Olha, tem o livro de contos deve ser no final de Julho. Princípio de Setembro, agosto não, porque Agosto a gente não faz nada (risos).

FCS: Então, vai sair agora? Vai sair em Cabo Verde?

DS: Sim. Eu acho que sim. Eu quero publicá-lo.

FCS: Qual é o título?

DS: Posso dizer?

FCS: Pode...

DS: Filhos de Deus

FCS: Olha só!!!

DS: Eu já tenho um livro que é Filhas do Vento. Eu esqueci por completo quando eu escrevi Filhos de Deus, aí meu filho disse: ô mãe, quantos filhos. Filhos de Deus são contos. São 40 contos. São curtos contos. E é tudo muito a base de relações, relações de mães e filhas, relações boas entre mães e filhas, relações muito más entre mães e filhas, violência da filha contra a mãe.

FCS. Dina, eu queria falar um pouco com você sobre o livro Violência contra a mulher. Livro que você organizou. É uma temática que você traz com muita frequência em seus textos. A louca do serrano é violento, no sentido, de denunciar a violência; muitos contos de Mornas eram as noites também vão falar dessa violência. E eu queria que você falasse um pouco dessa questão da violência contra a mulher em Cabo Verde. O que é ser uma mulher cabo-verdiana? Como é que esses mecanismos de violências funcionam com as mulheres cabo-verdianas?

DS: Eu acho que tudo é muito complicado. Complicado falar da violência contra mulher, porque a violência é uma questão de poder, quem tem poder exerce a violência. Os civilizados não a praticam. Eu sei! Conheci muitos homens civilizados, conheci muitas mulheres civilizadas, gente, pessoas em cujas cabeças e gestos não passa qualquer violência. Mas nossa sociedade em Cabo Verde - temos uma sociedade muito violenta porque há muito desemprego, há muita pobreza, há muito vício de bebida, essas são as coisas fortes, coisas que nos envergonham, que nós temos que denunciar. E há muita dependência da mulher, e isso tradicionalmente. Quando há dependência, há um senhor e há um servo. Normalmente! Isso não quer dizer que deveria ser assim. Nas relações que eu tenho observado, quem tem poder comete violência. Pode não ser a violência da pancada, é violência psicológica, é violência do abandono, do desprezo, de não conseguir aquela concentração que você tem, tudo isso pra mim é violência. E isso é muito forte em Cabo Verde, e a violência vai se repetindo porque também as mulheres querem.

FCS: Então, você pode tentar explicar isso: "a violência se repete porque as mulheres querem?”.

DS: Vou tentar explicar. Nós estamos no século XXI, nós temos rádio, temos televisão, temos programas nacionais na TV, temos grupos que tentam mobilizar a mulher pra olhar pra si mesma, pra se valorizar mesmo que seja pobre, mesmo que sejas pobres, tu tem que valorizar-te, tem que ser independente. Eu estou falando de uma mulher pobre, mas eu não sei a vida dela, ela tem filhos, mas não tem um emprego para dar aos filhos o que comer. Então aparece um homem que lhe promete essas coisas e ela cede, e depois vem a violência. Normalmente é assim. Dá-lhe mais um filho, mas vai embora, hoje em dia são menos, mas antes as mulheres tinham 8, 9 filhos tranquilamente; agora estão numa faixa normal concedida pelas Nações Unidas, mas as mulheres quase que andavam atrás dos homens para dar alimento aos filhos que já tinham. Não era uma relação de amor, era uma coisa por conveniência. Eu vejo o João, eu tenho dois filhos, eu vou ficar com João porque ele dá comida para os meus dois filhos. João não deve existir, se eu já tenho dois filhos, não preciso procurar um João pra nada, pois ele só ficará contigo o tempo que for confortável, vai te dar outro filho e vai-se embora. Aqui em Cabo Verde tinha muitas mulheres com filhos de vários pais. Hoje em dia não é tanto, mas tinham mulheres com 3, 4  diferentes pais de seus filhos. Eu acho que é isso: a mulher é culpada, principalmente as mais jovens, elas deveriam se defender mais.

FCS: Mas você acha que a sociedade cabo-verdiana oferece condições para que essas mulheres se defendam? Para que essas mulheres saiam desse círculo de violência? Essas condições são concedidas para que essas mulheres criem consciência de que estão sendo violentadas e pra que elas se livrem desse círculo violento?

DS: Eu acho que toda pessoa sabe quando é violentada. Uma coisa que nos diferencia de outros animais é que nós temos consciência e que sabemos nos defender. Elas têm essa consciência, eu penso que é um bocado de comodismo. Eu tô dizendo isso agora, essa é a minha teoria agora, porque dantes eu atirava toda a culpa para cima dos homens. Mas chego a um ponto que eu digo: eu tenho que agir pelas mulheres, eu tenho que levar as mulheres a pensar, a pensar que são livres, a pensar que podem passar mal, que podem passar mal com um bandido qualquer. Por outro lado eu digo assim: e o amor? Mas eu não sei o que é o amor, eu não sei o que é o amor. Será que elas vão atrás do amor? Será que naquele homem veem o amor? Não sei! O amor pra mim é outra coisa, não é isso. Então se elas vão atrás desse amor, vão ter razão. Pronto! Eu peço desculpas, mas se elas vão atrás de um conforto, são culpadas por tudo que lhes acontece. Nós temos que nos defendermos, não esperar que venha a polícia para nos defender, só que há um problema: os homens não aceitam ouvir um não.

FCS: Exatamente! Uma coisa que você falou é que as relações são baseadas no poder. Então, essas relações entre homens e mulheres são relações baseadas no poder e nessa escala de poder construiu-se a ideia, historicamente, tradicionalmente, de que o homem está nessa escala superior à mulher e que a mulher está nessa escala de inferiorização. A questão é: será que são oferecidas oportunidades para essas mulheres? É construído  espaço para ela criar consciência? Porque a violência  em todo processo histórico de socialização, faz com que essas mulheres sejam socializadas como inferiores, como dependentes. E como se libertar dessas amarras?

DS: Eu não sei! Eu não sei! Mas eu penso que a educação na escola, os miúdos já têm essa percepção de igualdade e as crianças já têm a noção de poder. Quando eu fiz esse trabalho, 60% das mulheres eram chefes de famílias, podiam ter o teu homem até dentro de casa, geralmente não tinham, mas poderiam ter. Elas trabalhavam, elas ganhavam seu dinheiro, no fim do dia os homens guardavam o  dinheiro e faziam as contas no que mandavam. Uma outra história: uma vez eu perguntei a um miúdo 'como é que está sua mãe?' O miúdo: "está bem, mas tá com o olho roxo porque levou pancada, porque meu padrasto deu-lhe um soco”, mas ele falou como se alguém pega um copo d'água, executando a violência como coisa normal.

FCS: E esse miúdo vai reproduzir isso certamente com a mulher dele. Então, a gente tá num ninho muito difícil, um novelo muito difícil de desenrolar.

DS: Só vamos ter sucesso nessa batalha quando as mulheres tomarem consciência que são gente, e que elas não têm que ir atrás para explorar um homem, porque eles também querem explorar a mulher, porque elas sustentam os filhos, e elas dão o corpo, a alma. É um processo de exploração do homem para a mulher. Quando ela tiver dignidade e aprender a ter menos filhos, sustentar os filhos que consegue ter, aprender a ter mais dignidade, a conciliar a vida como uma busca difícil.

FCS: Você acha que no seu  meio literário , a literatura é excludente em relação às mulheres? É um espaço no qual as mulheres são invisibilizadas?

DS: Era! Agora não, já começamos a publicar, temos obras de interesse, a nossa profissão também. As mulheres publicam menos porque são menos agressivas na procura dos seus direitos.

FCS: Será que esses homens lutam mais ou, de repente, a luta deles é mais mostrada do que a nossa? Talvez a gente lute até mais, né? Mas como o mundo, em alguma medida,  é regido por homens, esses homens acabam por serem privilegiados...

DS: Você tem razão! Pode ser isso, pode ser isso!

FCS: Exatamente! Então, assim, são eles por eles, né?

DS: Nós mulheres temos 50 tarefas pra fazer, cinquenta mil coisas pra fazer. Temos que tomar conta da nossa família...

FCS: Então, a gente luta mais que eles, só que nossa luta não é reconhecida.

DS: Não, não é reconhecida! Quando chega o fim do dia nós temos sono, quando chega o fim do dia estamos cansadas. Já tomei conta da casa, já tomei conta dos meus familiares doentes, já tomei conta de mim mesma doente, já tomei conta de cinquenta mil coisas, de compras, cozinha, de roupa, de fazer tudo, quando chega à noite: eu vou dormir [...]. Mas, vou lhe dizer uma coisa: a gente tem que lutar contra isso. Não podemos nos acovardar. A vida é política. A vida é militância. Mais do que comida, mais do que bebida. A vida é política. Temos é que fazer política.

NOTAS

1 Concedida em 05 de julho de 2017, durante o Festival de Literatura – Mundo do Sal, exclusivamente para a pesquisa de doutorado da entrevistadora, orientada pela Professora Maria Nazareth Soares Fonseca, na PUC Minas. Originalmente publicada na tese intitulada Corpos dilacerados: a violência em contos de escritoras africanas e afro-brasileira, defendida em 2018.


[i] Doutora em Letras - Literaturas de Língua Portuguesa - pela PUC Minas. Mestra em Estudos Literários pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Graduada em Letras (Português/Espanhol) pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Professora Adjunta do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas (DLCV), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Atuou como investigadora visitante na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É pesquisadora associada ao Latin American Studies Association (LASA), à Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN) e à Associação Internacional de Estudos Culturais e Literários Africanos (AFROLIC). Integrante do Grupo de Estudos Estéticas Diaspóricas (GEED/CNPq). Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas Africanidades e Brasilidades - NAFRICAB, da UFES e do "Diversas - Núcleo de Estudos e Pesquisas Transdisciplinares em Diversidade", do IFG. Curadora da Pretaria Blackbooks - Primeiro Clube de Assinatura Antirracista do Brasil. É uma das coordenadoras do Fórum de Mulheres em Luta da UFPB. Coordenadora do projeto de extensão Palavra-Corpo: a Literatura como estratégia de enfrentamento à violência contra a mulher. Coordenadora da área de Literaturas e vice-chefa do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas (DLCV).
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