PORTUGUÊS ENGLISH
 
atualizado em 1-nov-10

Bibliografia

Biblografia básica

ARISTÓTELES. Da geração de animais. Livro 4, cap. 3-4.

CARROLL, Noël. A filosofia do horror ou paradoxos do coração. Trad. Roberto Leal Ferreira. Campinas: Papirus, 1999.

COHEN, Jeffrey Jerome. A cultura dos monstros: sete teses. In: SILVA, Tomás Tadeu da. Pedagogia dos monstros: os prazeres e perigos da confusão de fronteiras. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. p. 23-60.

JEHA, Julio. Monstros como metáfora do mal. In: _____ (Org.). Monstros e monstruosidades na literatura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2007. p. 9-31.

NAZARIO, Luiz. Da natureza dos monstros. São Paulo: Arte & Ciência, 1998.

Bibliografia geral

ANDRIANO, Joseph D. Immortal monster: the mythological evolution of the fantastic beast in modern fiction and film. Westport, CT: Greenwood Press, 1999.

Este livro explora obras da literatura e do cinema que apresentam monstros como seres naturais, embora retenham um aspecto mitológico. O mito de Leviatã e Beemot, por exemplo, forma o núcleo de Moby Dick e através dele, de King Kong e Jaws. As narrativas de monstros mantêm o mito vivo ao recontá-lo no contexto da evolução natural e cultural. Muitas dessas narrativas alternam bestialização e antropomorfização, sugerindo que essas imagens se repetem em tentativas de definir quem somos em relação aos animais. Como fábulas de identidade, essas histórias dramatizam nossos medos e ansiedades quanto a nossa natureza animal e nos ajudam a aceitar nossa própria evolução.

BARASH, David P. Unreason's seductive charms. The Chronicle of Higher Education v. 50, n. 11, p. B6, 7 Nov. 2003.

BÉLLY, M.-É; VALLETTE, J.-R.; VALLECALLE, J.-C., comps. Entre l'ange et la bête. L'homme et ses limites au Moyen Âge. Paris: PUL, 2003. (XI–XVII Littérature)

Os vários autores dessa antologia examinam diversas formas da literatura, assim como textos litúrgicos e pedagógicos em busca das representações do herói e do monstro (na maior parte das vezes, o demônio) que habitavam o imaginário medieval. Eles encontram um universo hierarquisado onde o ser humano se alterna entre ocupar o topo e servir de passagem entre o mundo terreno e o divino

BROWNE, Thomas. Pseudodoxia epidemica: or, enquiries into very many received tenents and commonly presumed truths. 1st edition, 1646; 6th and last edition, 1672.

Parte análise científica de fatos, parte fascinação com símbolos místicos e analogias.

BURNETT, Mark. Constructing "monsters" in Shakespearean drama and early modern culture. New York: Palgrave Macmillan, 2002.

O autor mapeia a metáfora do monstro em vários locais de exibição do início da modernidade, de feiras a gabinetes de curiosidades a peças nas cortes, para argumentar que o monstro se manifesta nos investimentos e práticas do teatro contemporâneo.

CARROLL, Noël. A filosofia do horror ou paradoxos do coração. Trad. Roberto Leal Ferreira. Campinas: Papirus, 1999.

Carroll discute a natureza e a narrativa do horror, gênero que ele trata como um fenômeno "transmídia". A partir de uma perspectiva filosófica, tenta explicar os "paradoxos do coração", que nos fazem buscar o horror para sentir prazer.

CARROLL, Noël. The philosophy of horror or paradoxes of the heart. New York: Routledge, 1990.

CÉARD, Jean. La nature et les prodiges. Genève: Droz, 1996.

COM CIÊNCIA. Carlos Vogt, 10 out. 2007. ISSN: 1519-7654. Disponível em: <http://www.comciencia.br/comciencia/ ?section=8&edicao=29>. Dossiê Monstros.

DE WIJZE, Stephen. Defining evil: insights from the problem of "Dirty Hands". The Monist, v. 85, n. 2, p. 210-238, 2002.

DOUTHWAITE, Julia V. The wild girl, natural man, and the monster: dangerous experiments in the age of Enlightenment. Chicago: University of Chicago Press, 2002.

FADINI, Ubaldo; NEGRI, Antonio; WOLFE, Charles T., comps. Desiderio del mostro: dal circo as laboratorio alla politica. Roma: manifestolibri, 2001.

FIEDLER, Leslie. Freaks: myths and images of the secret self. New York: Simon & Schuster, 1978.

Fiedler traça as respostas da sociedade à anormalidade física, desde os promóridos da arte e do folclore até os tempos de hoje. Continua um clássico tanto pela abordagem corajosa quanto pela riqueza de imagens.

FIEDLER, Leslie. The tyranny of the normal: essays on bioethics, theology & myth. Boston: David R. Godine, 1996.

FOUCAULT, Michel. Os anormais: curso no Collège de France (1974-1975). Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

Os monstros fundadores da psiquiatria criminal.

FOUCAULT, Michel. Les anormaux: Cours au Collège de France. 1974-1975. Paris: Seuil, 1999.

GELDER, Ken, ed. The horror reader. New York: Routledge, 2000.

A parte 3 trata de monstruosidades, com textos de Huet, Russo e Seltzer; a parte 7 se ocupa dos monstros étnicos: vampiros gregos (Gelder) e King Kong (Rony). A pergunta que orienta esses textos é o que é monstruoso e o que é "normal"; o que pode ser visto e o que deve permanecer oculto.

GUERREIRO, Fernando. Monstros felizes: La Fontaine, Diderot, Sade, Marat. Lisboa: Colibri, 2000.

GIL, José. Monstros. Lisboa: Quetzal, 1994.

GILMORE, David D. Monsters: evil beings, mythical beasts, and all manners of imaginary terrors. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2003.

HAYBRON, Daniel M. Moral monsters and saints. The Monist, v. 85, n. 2, p. 260-284, 2002.

HUET, Marie-Hélène. Monstrous imagination. Cambridge: Harvard University Press, 1993.

IBRAHIM, Annie. Qu'est-ce qu'un monstre? Paris: PUF, 2005.

JEHA, Julio (org.). Monstros e monstruosidades na literatura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.

Coleção de textos de diversos autores, com uma introdução sobre o monstro como metáfora do mal.

JEHA, Julio; NASCIMENTO, Lyslei (orgs.). Da fabricação de monstros. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009.

Ensaios sobre a monstruosidade na Antiguidade clássica, em Mary Shelley e Machado de Assis, em Borges, Lautréamont, Magritte e Daibert, em Cornélio Penna, Chico Buarque e Salman Rushdie, em A guerra dos mundos, no cinema nazista e na representação da Primeira Guerra Mundial.

JONES, Michael E. Monsters from the id: the rise of horror in fiction and film. Dallas: Spence, 2000.

KAPPLER, Claude. Monstros, demônios e encantamentos no fim da Idade Média. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

LASCAULT, Gilbert. Le monstre dans l'art occidental: un problème esthétique. Paris: Klincksieck, 2003.

LINK, Luther. O diabo: a máscara sem rosto. Trad. Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

PAGELS, Elaine. The origin of Satan. New York: Vintage Random, 1996.

PAGELS, Elaine. As origens de Satanás. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.

PARÉ, Ambroise. Des monstres et prodiges. Paris: L'Oeil d'Or, 2003. Ilust.

Contém "Des animaux et de l’excellence de l’homme", "Des monstres et prodiges" e "Discours de la licorne". Junta sonho e inteligência, num cabinete de curiosidades que acomoda diabos e baleias lado a lado. Cartografia de seres, dos mais humildes aos mais disformes, considerados iguais, como obra de Deus, por vezes fabulosos, por vezes fraternos.