Histórico

O NEIA teve a sua instalação oficial formalizada em 02 de junho de 2000, como núcleo de pesquisa agregado ao Centro de Estudos Literários da FALE-UFMG. O Núcleo constitui-se enquanto reformulação e ampliação do antigo GIEAB – Grupo Interdisciplinar de Estudos Afro-brasileiros, criado no início dos anos 90 por estudantes afro-descendentes da UFMG, já naquele momento voltados para o estudo das interfaces e implicações mútuas existentes entre raça/etnia, gênero classe social.

 

O GIEAB tornou-se referência na Universidade para a pesquisa e o debate das questões étnicas e raciais, com destaque para o estudo das formas assumidas por tais relações no âmbito da sociedade e da cultura brasileiras. Com esse objetivo, promoveu pesquisas, discussões e eventos dentro e fora da Instituição. Conseguiu, dessa forma, atingir segmentos tradicionalmente excluídos da Academia, atuando inclusive em comunidades carentes. Ao mesmo tempo, foi reunindo um importante acervo de publicações e vídeos a respeito das condições de vida da população afro-descendente, bem como sobre a literatura e demais produções culturais dela advindas.

 

A  partir da reformulação ocorrida com a criação do NEIA, a nova Coordenação, além de preservar o acervo reunido pelo GIEAB, expandiu seus objetivos e ampliou o âmbito de atuação, passando a pesquisar e debater as construções identitárias vinculadas a raça/etnia, mas também a gênero, cultura popular, homoerotismo e diásporas. Desde então, vem pondo em prática um calendário de discussões que inclui:  as configurações teóricas contemporâneas  de Identidade, Alteridade e Etnicidade;  o relato de pesquisas sobre os processos de hibridez e de trocas culturais; o debate a respeito da polêmica “diferença versus igualdade”; e as implicações sociais e políticas inerentes a essas questões.

 

Além disso, o NEIA atuou ativamente na organização do IX Seminário Nacional Mulher & Literatura, realizado na UFMG entre 22 e 24 de Agosto de 2001, com mais de 600 inscritos e 338 trabalhos apresentados por participantes brasileiros e estrangeiros. E está promovendo, nos dias 17 e 18 de dezembro de 2001 o Colóquio Alteridades em Questão, com a presença da professora Éva Mária Sebestyén, da Univesrsidade Eótvos Lorand (Hungria), de diversos especialistas da UFMG,  USP, UERJ e UFRGS, e tendo ainda como convidados poetas, artistas populares e Guardas de Congo.

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