X Simpósio Lendo, Vendo e Ouvindo o Passado (online)
Universidade Federal de Minas Gerais e Universidade Federal de Uberlândia (30/5 a 01/6 de 2022)
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Curso de atualização em civilizações antigas
dias 17, 18, 24 e 25 de setembro, às 19h
Auditório 2001 da Faculdade de Letras
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O I Seminário Docere, Delectare et Movere:
emoções aristotélicas no cinema
Santuário do Caraça/MG
10 a 13 de março de 2015
http://www.letras.ufmg.br/doceredelectareetmovere/
Curso de atualização em civilizações antigas
dias 17, 18, 24 e 25 de setembro, às 19h
Auditório 2001 da Faculdade de Letras
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O NEAM convida a todos para a
XIII Semana de Pós-Graduação em Estudos Clássicos e Medievais
“Questões de literatura grega e latina (em 3 módulos)”
11 e 18/09 e 20/10/2014 – NEAM/Pós-Lit/FALE-UFMG
Conferências (com texto projetado) e discussão
11 de setembro – sala 2001 (FALE) Módulo I: Gêneros literários na Grécia antiga 9:30 - Athanasios Vergados (Universität Heidelberg): “Hesiod in Plato’s Cratylus”; 11:00 - Elizabeth Irwin (Columbia University): “Laboring for the truth in Thucydides”; 15:00 - Silvia Barbantani (Università Cattolica del Sacro Cuore): “The lost Ktiseis of Apollonios Rhodios: Naukratis and Kaunos”; 16:30 - Jim Marks (Iowa State University): “Divine rescue scenes in the Iliad”.
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18 de setembro – sala 2003 (FALE) Módulo II: Questões de literatura grega e latina 14:00 - Antonio Stramaglia (Università di Cassino e del Lazio Meridionale): “‘Histórias em quadrinhos’ em livros gregos antigos”; 15:30 - Francesco Citti (Università di Bologna): “Serse e Demarato (Ben. 6.31.1-10): declamazioni di argomento storico ed exempla in Seneca filosofo”;17:00 - Lucia Pasetti (Università di Bologna): “Il linguagio dell’io nella declamazione latina”.
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20 de outubro – sala 2001 (FALE) Módulo III: Ovídio e a sua transmissão 14:00 - Paulo Sérgio Vasconcellos (Unicamp): “Nequitiae Naso poeta suae: ambiguidades da mimese elegíaca nos Amores de Ovídio”; 15:30 - Patrícia Prata (Unicamp): “A presença feminina nos Tristia de Ovídio”; 17:00 - Luiz Fernando de Sá (UFMG): “O destino errante de Ovídio na literatura inglesa”.
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Apoio:
Faculdade de Letras da UFMG
Organizadores: Antonio Orlando O. Dourado Lopes (FALE-UFMG), Matheus Trevizam (FALE-UFMG) e Teodoro Rennó Assunção (FALE-UFMG)
Moderadora: Miriam C.D. Peixoto (FIL/UFMG)
Moderador: Teodoro R. Assunção (FALE/UFMG)
Moderador: Marcelo P. Marques (FIL/UFMG)
Moderador: Jacyntho J.L. Brandão (FALE/UFMG)
Moderador: Olimar Flores-Junior (FALE/UFMG)
Moderadora: Maria Cecilia de M. N. Coelho (FIL/UFMG)
II Seminário de Literatura Helenística e Latina
CONFERÊNCIA:
“Como elogiar um poeta? O elogio de Estela em Estácio, Silvæ, I, 2”
Profª Drª Érika Werner
(Professora Colaboradora / UNICAMP)
Terça-feira, 8 de outubro de 2013, às 11:15
sala 2001 da Faculdade de Letras da UFMG
PROMOÇÃO:
Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários (POSLIT)
e
Núcleo de Estudos Antigos e Medievais da UFMG (NEAM)
Curso de Extensão
Cinemetamorphosis
Ovídio e o cinema - uma montagem de atrações
Prof. Dr. Martin M. Winkler
(George Mason University)
datas, horários e local:
9 de agosto
12 às 14h, auditório 1007 FALE/UFMG, filme
15 às 18h, auditório 1007 FALE/UFMG, aula
12, 13 e 14 de agosto
14h às 18h, auditório 1007 FALE/UFMG, aula
inscrição:
gratuita, no primeiro dia do curso, com direito a certificado de 15h/a
organização:
Jacyntho Lins Brandão (NEAM/FALE)
Maria Cecília de M. N. Coelho (FIL/FAFICH)
Sandra Maria G. B Bianchet (NEAM/FALE)
promoção:
POSLIT/FALE-UFMG & PPGFIL/FAFICH-UFMG
apoio:
CAPES - FAPEMIG - NEAM/FALE - FIL/FAFICH
GRUPO ARCHAI/UnB - GRUPO DE FILOSOFIA ANTIGA DA UFMG
Programa e textos do curso podem ser copiados da pasta na copiadora da FALE: curso de extensão/CINEAM, a partir do dia 8 de agosto
Lançamento do livro Ilíada de Homero -
Tradução em Quadrinhos
Ilíada em Quadrinhos: um novo olhar sobre uma obra imortal
Para muitos, a Ilíada de Homero é o título ameaçador de uma obra literária provavelmente cansativa e pouco familiar. Para outros, é uma história de guerra e de sucessivos combates. Um terceiro grupo de leitores procura nela informações históricas, geográficas e socioculturais; um quarto vê no livro a origem de expressões como “presente de grego” e “cavalo de batalha”; mais uma parcela de indivíduos observará que temos diante dos olhos um produto artístico que dialogou com uma infinidade de outros. Haverá quem se interesse pela fama de obra fundamental da Literatura. A lista prosseguiria, se desejássemos, mas isso é suficiente para se perceber que, mais que uma narrativa de feitos militares ou de um instrumento de pesquisa, trata-se de um documento humano de caráter único.
Ninguém sabe, até hoje, se a Ilíada foi composta por um ou por vários autores. Não se sabe se ela foi ou não foi sendo composta oralmente, em apresentações dos chamados rapsodos, para depois fixar-se sem mudanças ou se continuou mudando no tempo. Mas, comprovadamente, ela comoveu gerações de leitores de todo o mundo e houve mesmo descobertas arqueológicas auxiliadas pelo registro ficcional das aventuras e desventuras dos gregos e troianos.
Ocorre com esse relato algo corriqueiro no que toca aos chamados “clássicos”. São obras em permanente metamorfose: não continuam as mesmas para cada leitor, não permanecem iguais se visitadas em épocas diferentes de nossas vidas e normalmente não se parecem, no seu contato conosco, com aquilo que os outros nos falam a respeito e com aquilo que aprendemos de modo indireto. Uma obra como a Ilíada se revela sempre nova, razão pela qual ainda hoje milhões vão ao cinema para conferir se uma nova adaptação fílmica vale a pena, tradutores insistem em retornar ao texto e estudiosos se empenham em oferecer interpretações detalhadas para gestos, palavras e ideias ali apresentadas.
Aqui encontramos este belo patrimônio universal em quadrinhos, uma modalidade ao gosto contemporâneo pela concisão, agilidade e transmissibilidade quase imediata. A opção não deve ser vista apenas como uma nova roupagem para um texto já cheirando a mofo. Pelo contrário, é uma demonstração cuidadosa de que mensagens significativas continuarão comunicando ao longo do tempo, renovando-se e adequando-se a realidades diversas do seu contexto primeiro. Também pretende-se dar ao jovem leitor um instrumental para identificar e compreender figuras de linguagem: estas não só configuram a base daIlíada e de textos poéticos, mas também do discurso cotidiano. Estar habilitado a decifrar uma estratégia como essa é aprender a argumentar, é vivificar o ensinamento da sala de aula levando-o para a experiência diária.
A arte de Piero Bagnariol, sutil, vigorosa e criativa, é um convite à viagem pela imagem e uma defesa de um produto educativo exigente e desafiador. Já a tradução, inédita, laboriamente alcança um texto leve, fiel ao original grego e recheado de referências à poesia e à arte brasileira.
Para um adolescente, a Ilíada descortina o processo doloroso e fascinante de crescimento de Aquiles, um menino, no começo da ação, com defeitos, qualidades e um coração maior que o mundo, que se torna, ao final, um guerreiro de deslumbrante lucidez que apreende “na marra” o que se esconde por detrás da fama e da vitória. É uma vida que poderia ser a de cada jovem, em linhas épicas, mas real e concreta, porque profundamente humana, com dilemas pequenos e grandes, solidão e paixão. Em particular, pode surpreender a presença feminina, a qual é relevante, embora seja marcada por um tom agridoce (algumas muitas coisas ainda precisam ser mudadas no mundo), sem deixar de mostrar que é próprio das grandes obras alçar-se por sobre os preconceitos.
É ambição deste trabalho inflamar os leitores de todas as idades e sensibilizá-los para a refinada composição antiga e para a sua recriação moderna. Temos a convicção de que, se lhes for dada a chance, em breve teremos jovens compondo raps e cordéis, grafites, sambas e espetáculos de street dance com o enredo e os recursos aprendidos de Homero e que ela pode ser, como experiência de leitura, uma beleza para toda a vida.
Manuela Ribeiro.