Fala e expressividade

Sandra Madureira
FAFICLA/PUCSP

Como citar
[Madureira, Sandra. 2020. Fala e expressividade. In: Verbetes LBASS. Disponível em: http://www.letras.ufmg.br/lbass/.] 

Consideraremos, neste breve ensaio, o conceito de expressividade de fala, os procedimentos metodológicos para analisá-la e referências de trabalhos de pesquisa concernentes ao tema.

I- A conceituação sobre a expressividade da fala

A expressividade da fala decorre das características indexicais e simbólicas das propriedades da materialidade fônica. Indexicais, porque permitem aos ouvintes atribuírem aos falantes, a partir das características de suas falas, estados afetivos, características físicas, biológicas e sociais. Simbólicas porque permitem aos falantes expressarem a partir de uma mesma sequência fônica diferentes efeitos de sentidos, ou até, em casos de expressões irônicas, um sentido diferente do significado de uma determina palavra ou sequência de palavras. Dessas características se depreende o valor da fala na comunicação interpessoal que ocorre no cotidiano, na dramatização de textos por atores, nas performances dos cantores e no interesse da tecnologia em produzirem robôs que produzam fala expressiva, que consigam como os humanos expressar pela fala estados afetivos.

As características indexicais e simbólicas da fala expressiva, considerada o modo poético de percepção da fala por Tsur (1992), o modo informativo da mensagem falada por Beller (2009), e os vínculos diretos entre som e sentido (Abelin, 1999; Blasi et al., 2016) têm sido discutidas a partir das sinestesias que emergem entre os cinco sentidos do homem, gerando conceituações como metáforas sonoras (Fónagy, 1983, 2001), simbolismo sonoro (Köhler, 1929; Hinton, Nichols e Ohala, 1994; Jakobson e Waugh, 1979; Nobile, 2019) e códigos sonoros (Ohala, 1997; Gussenhoven, 2004, 2016).

A variabilidade de modos de produção de sons pelo aparelho fonador acarreta consequências acústicas, as pistas acústicas, as quais são atribuídos efeitos de sentido pelos usuários das línguas.

 

II- A análise da expressividade da fala

Analisar a expressividade da fala é verificar como as propriedades acústicas inerentes aos segmentos fônicos e as configurações prosódicas determinadas a partir das contribuições integradas dos parâmetros acústicos de duração, intensidade e frequência impactam a expressão de sentidos. Importa considerar o detalhe fonético na enunciação, por exemplo, a duração de um núcleo vocálico em relação aos demais na palavra, a evolução da frequência fundamental (F0) nas sílabas acentuadas e não acentuadas, a diferença entre os valores mínimos e máximos de F0, a localização do pico de F0 em relação ao núcleo vocálico tônico (no início, no meio ou no fim), a ênfase espectral; os ajustes de qualidade de voz empregados pelo locutor, as realizações fonéticas dos elementos segmentais, a distribuição das pausas e os padrões rítmicos.

Locutores profissionais que impactam positivamente os ouvintes com suas leituras, utilizam variações em suas falas que refletem os sentidos de suas interpretações do contexto linguístico. Trabalham com maestria a forma fônica em relação ao conteúdo interpretado. A análise fonética acústica de suas locuções permitem considerar o detalhe fonético que, por sua vez, pode ser considerado em relação ao contexto linguístico.

Tomemos como exemplo, as emissões da palavra “Amor” em gravação do poema “Amor e seu tempo” de Carlos Drummond de Andrade por um locutor profissional. Essa palavra.ocorre em quatro momentos no poema: no verso inicial da primeira estrofe (Amor é privilégio de maduros); no verso inicial da terceira estrofe (É isto, amor: o ganho não previsto), no verso inicial (Amor é o que se aprende no limite), e no final da quarta estrofe (Amor começa tarde).

Ao compará-las do ponto de vista acústico, verificam-se diferenças em relação à duração das palavras e das sílabas que as constituem, entre a extensão, evolução e direção do contorno de F0 e da localização do pico de F0 em relação ao início, meio ou fim do núcleo vocálico da sílaba acentuada. Também podem ser inferidas diferenças quanto à realização do som de “r” (rótico) da palavra: vibrante e fricativo. O.detalhe fonético considerado em relação ao contexto linguístico: na primeira menção da palavra há uma pergunta que se subjacente: “O que é o amor”?; na segunda, a resposta assertiva; na terceira, a retomada da definição; e na quarta a retomada da pergunta.

 A seguir apresentamos a Figura 1, que permite visualizar a partir do oscilograma, do espectrograma de banda larga e do traçado de F0 as diferentes produções do locutor. Na primeira produção o valor de F0 mínimo é 63 Hz e o máximo 148 Hz; no segundo o máximo é 70 Hz e o mínimo 48 Hz; no terceiro o máximo é 86 Hz e o mínimo é 63 Hz e no quarto o máximo é 105 Hz e o mínimo 63 Hz. Na primeira e na quarta produções o contorno é ascendente e na segunda e terceira descendente e a localização do pico de F0 ocorre na porção final da vogal tônica na primeira e quarta produções e no início da segunda e terceira produções. O rótico se realiza na primeira repetição como vibrante, na segunda como tepe e na terceira e quarta como fricativo. Se medirmos as pausas no poema como um todo, verificamos que depois da palavra “amor”, após a primeira produção, a pausa tem a duração de 350 ms, da segunda 172 ms, da terceira 840 ms e da quarta 850ms.

 

 

Figura 1. De cima para baixo no gráfico, o oscilograma de quatro produções da palavra “amor”, os respectivos espectrogramas de banda larga e os traçados de F0.

 

III- Questões sobre a metodologia de análise

A investigação da expressividade da fala pode ser realizada a partir de variadas técnicas instrumentais isoladas ou associadas. Frequentemente, os trabalhos de pesquisa em expressividade de fala recorrem às análises acústica e perceptiva. Esta última abrange.tanto efeitos de sentido quanto as características fonéticas de segmentos fônicos e de elementos.prosódicos, e, nomeadamente, de ajustes de qualidade de voz, pela relevância que apresentam na expressão de: estados afetivos e atitudes (Scherer, 1989; Banse e Scherer, 1996; Gobl e Chasaide, 2003; Scherer et al., 2015; Salomão, 2016; Erickson et al., 2020); de personalidade (Sapir, 1929; Scherer, 1972, 1979; Scherer, London e Wolf, 1973;.Scherer e Scherer, 1981; Kreiman e Sidtis, 2011); de aspectos.biológicos e sociais (Scherer, Rosenthal e Koivumaki, 1972; Laver e Trudgill, 1979; Giles, Scherer e Taylor, 1979; van Bezooijen, 1995; Mackenzie-Beck e Schaeffler, 2015); de estados patológicos (Wirz e Mackenzie-Beck, 1995; Schaeffler e Mackenzie-Beck, 2017); de estereótipos (Zuckerman e Miyake, 1990; Teshigawara, 2003) de carisma (Niebuhr, Brem e Tegtmeier, 2017; Niebuhr, Thumm e Michalsky, 2018) e de atratividade.(Zuckerman e Miyake,1993; Belin, 2020; Rosenberg e Hirschberg, 2020;.Trouvain, Weiss e.Barkat-Defradas, 2020).

Procedimentos metodológicos para a detecção de variações expressivas na fala são apontados por Barbosa (2009) que conjuga técnicas de análise acústica, desenvolvimento de um script (ExpressionEvaluator) para análise de parâmetros acústicos relevantes para a consideração dos aspectos expressivos, análise estatística multidimensional, regressão linear múltipla e avaliação perceptiva por meio de três descritores semânticos (valência, ativação e envolvimento). Em versão lançada em 2020, o referido script foi nomeado Prosody Descriptor. Parâmetros acústicos relevantes para a detecção de emoções, por sua vez, constituem o foco de Silva e Barbosa (2017).

Em Barbosa e Madureira (2016), questões metodológicas relacionadas à investigação inter-línguas sobre estilos de fala profissionais são discutidas. Questões metodológicas concernentes à expressividade estilística, também são consideradas em sob a perspectiva da associação de técnicas plestimográficas, que medem a expansão do tórax e do abdómen na respiração, e acústicas na percepção da expressividade do canto e da fala em Barbosa et al. (2020). Em Madureira (2011), o foco da metodologia de análise da expressividade recai na declamação.

Em Madureira, Fontes e Camargo (2019), uma revisão sobre trabalhos realizados pelos autores sobre a análise de expressividade de fala, declamação e canto bem como os métodos de análise utilizados nesses trabalhos são descritos.

A expressividade vocal em relação à facial é explorada em Madureira e Fontes (2019) a partir da comparação entre os sistemas de análise dos movimentos faciais (FACS) e de ajustes de qualidade e dinâmica vocal (VPA).

Em conclusão, consideramos, neste ensaio, aspectos relacionados à expressão de sentidos pela fala, os quais emergem de associações que a gestualidade do corpo humano produz. São as configurações vocais, faciais e corporais que geram pistas que são utilizadas pelos usuários das línguas para se comunicar com os outros e se conectar com o mundo a sua volta. É a magia da fala que produz sentidos.

 

Bibliografia Básica

BARBOSA, P. A. Detecting changes in speech expressiveness in participants of a radio program. In: INTERSPEECH 2009. p. 2155-2158, 2009.

BARBOSA, P. A.; MADUREIRA, S. Elicitation techniques for cross-linguistic research on professional and non-professional speaking styles. In: Proc. Speech Prosody 2016, 2016, Boston. Proc. Speech Prosody 2016, p. 503-507, 2016.

MADUREIRA, S; SOUZA FONTES, M. A.; CAMARGO, Z. Sound symbolism, speech expressivity and crossmodality. Signifiances (Signifying), 2019. DOI 10.18145/SIGNIFIANCES.V3I1.234. Disponível em: https://revues.bu.uca.fr/index.php/Signifiances/article/view/234.

MADUREIRA, S. The Investigation of Speech Expressivity. In: MELLO, M.; PANUNZI, A; RASO, T. (Eds.), Illocution, modality, attitude, information patterning and speech annotation. Firenze: Firenze University Press, 1, 101-118, 2011.

MADUREIRA, S.; FONTES, M. The analysis of facial and speech expressivity: tools and methods. In: Lahoz-Bengoechea, J. M. ;R. P. Ramón, R. P. (Eds) Subsidia: Tools and Resources for Speech Sciences, University of Malaga, p.19-26, 2019.

 

Atratividade da voz

BELIN, P. On Voice Averaging and Attractiveness. In: WEISS, B.; TROUVAIN, J.; BARKAT-DEFRADAS, M.; OHALA, J. J. (Eds) Voice Attractiveness Studies on Sexy, Likable, and Charismatic Speakers, 139-149, 2020.

ROSENBERG, A.; HIRSCHBERG, J. Prosodic Aspects of the Attractive Voice. In: WEISS, B.; TROUVAIN, J.; BARKAT-DEFRADAS, M.; OHALA, J. J. (Eds) Voice Attractiveness Studies on Sexy, Likable, and Charismatic Speakers, 17-40, 2020.

TROUVAIN J.; WEISS B.; BARKAT-DEFRADAS, M. Voice Attractiveness: Concepts, Methods, and Data. In: Weiss B., Trouvain J.; Barkat-Defradas M.; Ohala J.J. (Eds) Voice Attractiveness. Prosody, Phonology and Phonetics. Springer, Singapore, 2020. DOI: https://doi-org-443.webvpn.jnu.edu.cn/10.1007/978-981-15-6627-1-1.

ZUCKERMAN, M.; MIYAKE, K. The attractive voice: What makes it so? Journal of Nonverbal Behavior, v. 17, n. 2, p. 119–135, junho 1993.

 

Aspectos sociais e culturais

ERICKSON, D.; KAWAHARA, S; RILLIARD, A.; HAYASHI, R.; SADANOBU, T; LI, Y.; DAIKUHARA, H.; Moraes, J.; OBERT, K. Cross cultural differences in arousal and valence perceptions of voice quality. In: Proc. Speech Prosody 2020 720-724. 10.21437/SpeechProsody.2020-147, 2020.

GILES, H.; SCHERER, K. R.; TAYLOR, D. M. Speech markers in social interaction. In: Scherer, K. R & Giles, H. (Ed.). Social markers in speech. Cambridge, UK: Cambridge University Press, p. 343-381, 1979.

LAVER, J.; TRUDGILL, P. Phonetic and linguistic markers in speech. In: SCHERER, K. R.; GILES, H (Eds). Social markers in speech. Cambridge: Cambridge University Press, p. 1-32, 1979.

MACKENZIE-BECK, J.; SCHAEFFLER, F. Voice quality variation in Scottish adolescents: gender versus geography. In: Proc. of the 18th International Congress of Phonetic Sciences, Glasgow, Scotland, 2015.

SCHERER, K. R.; ROSENTHAL, R.; KOIVUMAKI, J. Mediating interpersonal expectancies via vocal cues: Differential speech intensity as a means of social influence. In: European Journal of Social Psychology, vol. 2, n° 2, p. 163-175, 1972.

van BEZOOIJEN, R. Sociocultural Aspects of Pitch Differences between Japanese and Dutch Women. Language and Speech, 38(3):253-265, 1995. DOI:10.1177/002383099503800303.

 

Códigos sonoros e simbolismo sonoro

ABELIN, A. Studies in Sound Symbolism. Doctoral dissertation. Gothenburg: Göteborg University, 1999.

BLASI, D.; WICHMANN, S.; HAMMARSTRÖM, H.; STADLER, P; CHRISTIANSEN, M. Sound–meaning association biases evidenced across thousands of languages. In: PNAS, September 27, 113(39), 2016, 10818-10823. DOI: https://doi.org/10.1073/pnas.1605782113.

FÓNAGY, I. Languages within Language: an Evolutive Approach. Amsterdam: John Benjamins. 2001.

FÓNAGY, I. La vive voix: Essais de psycho-phonétique. Paris: Payot, 1983.

GUSSENHOVEN, C. Foundations of intonation meaning: anatomical and physiological factors. In: OLLER, D. K.; DALE, R.; GRIEBEL, U. (Eds), Topics in Cognitive Science, 8(2), 425–434, 2016.

GUSSENHOVEN, C. The Phonology of Tone and Intonation. Cambridge University Press, 2004.

HINTON, L.; NICHOLS, J.; OHALA, J. J. (Ed.). Sound Symbolism. Cambridge: Cambridge University Press, 1994.

JAKOBSON, R.; Waugh, L. R. The Sound Shape of Language, Indiana University Press and Harvester Press, 1979.

KÖHLER, W. Gestalt Psychology. New York: Liveright, 1929.

NOBILE, L. Introduction - Sound symbolism in the age of digital orality. A perspective on language beyond «nature» and «culture». In: Signifiances (Signifying), 2019. DOI 10.18145/SIGNIFIANCES.V3I1.248. Disponível em: https://revues.bu.uca.fr/index.php/Signifiances/article/view/248.

OHALA, J. J. Sound symbolism. In: Proceedings of the 4th Seoul International Conference on Linguistics [SICOL] 11-15 Aug 1997, 98-103,1997.

SAPIR, E. A study in phonetic symbolism. In: Journal of Experimental Psychology, 12, 225-239, 1929.

 

Carisma

NIEBUHR, O.; THUMM, J.; MICHALSKY, J. Shapes and timing in charismatic speech - Evidence from sounds and melodies. In: Proc. 9th International Conference on Speech Prosody 2018, 582-586, DOI: 10.21437/SpeechProsody.2018-118, 2018.

NIEBUHR, O.; TEGTMEIER, S.; BREM, A. Advancing research and practice in entrepreneurship through speech analysis – from descriptive rhetorical terms to phonetically informed acoustic charisma metrics. In: Journal of Speech Sciences. 6. 3-26, 2017.

 

Estereótipos

TESHIGAWARA, M. Voices in Japanese Animation: A Phonetic Study of Vocal Stereotypes of Heroes and Villains in Japanese Culture. Tese de Doutorado em Filosofia. University of Victoria, Victoria, 2003.

ZUCKERMAN, M.; HOLLEY, H.; MIYAKE, K. The vocal attractiveness stereotype: Replication and elaboration. Journal of Nonverbal Behavior. v. 14, n. 2. p. 97-112, junho 1990

 

Estudos sobre a voz

KREIMAN, J.; SIDTIS, D. Foundations of voice studies: An interdisciplinary approach to voice production and perception. Boston: Wiley-Blackwell, 2011.

WIRZ, S.; MACKENZIE-BECK, J. Assessment of voice quality: The vocal profile analysis scheme. In Wirz, S. (ed.), Perceptual approaches to communication disorders, 39–55. London: Whurr, 1995.

SCHAEFFLER, F.; MACKENZIE-BECK, J. Monitoring voice condition using smartphones. In: Manfredi, C. (ed.) Models and Analysis of Vocal Emissions for Biomedical Applications. In: Proceedings and Report of the MAVEBA 10th International Workshop, December 13-15, 2017, Firenze, Italy: Firenze University Press, pp. 27-30, 2017.

 

Expressão de Emoções

BANSE, R.; SCHERER, K. Acoustic Profiles in Vocal Emotion Expression. In: Journal of personality and social psychology. 70. 614-36, 1996. DOI: 10.1037/0022-3514.70.3.614.

GOBL, C.; CHASAIDE, A. N. The role of voice quality in communicating emotion, mood and attitude. In: Speech Communication, 40(1–2), 189–212, 2003. Expressão Vocal de Emoções: Metáfora Sonora, Fala e Canto. In: Sandra Madureira. (Org.). Sonoridades - Sonorities. 1ed. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, p. 31-43, 2016.

SCHERER, K. R. Vocal measurement of emotion. In: PLUTCHIK, R.; KELLERMAN, H. (Orgs.). Emotion: Theory, research, and experience. vol. 4, New York: Academic Press, 1989.

SCHERER, K.; SUNDBERG, J.; TAMARIT, L.; SALOMÃO, G. L. Comparing the acoustic expression of emotion in the speaking and the singing voice. In: Computer Speech & Language. 29. 218–235, 2015.

SILVA, W.; BARBOSA, P. A. Perception of emotional prosody: investigating the relation between the discrete and dimensional approaches to emoticons. In: REVISTA DE ESTUDOS DA LINGUAGEM, [S.I.], v. 25, n.3, p. 1075-1103, June 2017, 2017, ISSN 2237-2083. Available at: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/relin/article/view/10972> Date accessed 24 oct. 2020. Doi: http://dx.doi.org/10.17851/2237-2083.25.3.1075-1103.

 

Expressividade de fala, canto e declamação

BARBOSA, P. A.; MADUREIRA, S; Fontes, M. A. S.; MENEGON, P. Speech Breathing and Expressivity: An Experimental Study in Reading and Singing Styles. In: QUARESMA P.; VIEIRA R.; ALUÍSIO S.; MONIZ H., BATISTA F.; GONÇALVES T. (Eds). (Orgs.). Lecture Notes in Computer Science. 1ed. Springer International Publishing, 2020, v. 12037, p. 393-398, 2020.

BELLER, G. Expresso: Transformation of Expressivity in Speech. In: Proc. Speech Prosody 2010, Chicago, 2010.

TSUR, R. What Makes Sound Patterns Expressive? The Poetic Mode of Speech Perception. Durham, NC: Duke University Press, 1992.

MADUREIRA, S. Portuguese rhotics in poem reciting: perceptual, acoustic, and meaning-related issues. In: GIBSON, M.; GIL, J. (Orgs.) Romance Phonetics and Phonology. Oxford: Oxford University Press, p. 191-215, 2019.

 

Personalidade

SCHERER, K.; SCHERER, U. Speech Behavior and Personality. In: DARBY, J. K. (Ed.). Speech Evaluation in Psychiatry. Nova York: Grune & Stratton, p. 115-135, 1981.

SCHERER, K. R.; LONDON, H.; WOLF, J.J. The voice of confidence: Paralinguistic cues and audience evaluation. In: Journal of Research in Personality, vol. 7, n° 1, p. 31-44,1973.

SCHERER, K. R. Personality markers in speech. In: SCHERER, K. R.; GILES, H. (Eds.). Social markers in speech. Cambridge: Cambridge University Press, p. 147–209, 1979.

SCHERER, K. R. Judging personality from voice: A cross-cultural approach to an old issue in interpersonal perception. In: Journal of Personality, vol. 40, n° 2, p. 191-210, 1972.

Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais
Av. Antônio Carlos, 6627 Pampulha - Belo Horizonte/MG - CEP: 31270-901
(31) 3409-5101 dir@letras.ufmg.br

 

© Copyright 2024 - Setor de Tecnologia da Informação - Faculdade de Letras - UFMG