Mostra de Filmes

Mostra de Filmes relativos ao minicurso e a algumas palestras

Cinecarcará (DAC/UFV)

A mostra, aberta à comunidade e gratuita, visa a oferecer, além do prazer de (re)ver filmes clássicos, uma oportunidade de discutir a interseção entre cultura clássica e cinema.

Nela há quatro filmes que serão comentados no minicurso do Simpósio pelo Prof. Martin M. Winkler, cuja obra é referência na área de recepção da cultura clássica no cinema. Esta mostra é inspirada naquela realizada como curso de Extensão na UFMG, em 1/2018, como Mitologia, Cinema e História, organizado por Maria Cecília Coelho e Igor Cardoso.

Serão também exibidos filmes relativos a algumas das palestras do VIII Simpósio e ao processo de recepção (e canibalização, na forma de paródias, como é o caso de Carnaval Atlântida) da literatura clássica no cinema. As sinopses abaixo apresentadas são as sinopses oficiais divulgadas nos DVDs. 

 

PROGRAMAÇÃO

 

16 de novembro (sexta-feira)

14h: Troia (W. Petersen, 2004, 163 min.)

18h: Carnaval Atlântida (J. C. Burle, 1952, 95 min.)

20h: Como era gostoso meu francês (N. P. dos Santos, 1971, 84 min.)

 

17 de novembro (sábado)

15h: Gladiador (R. Scott, 2000, 155 min.) 

18h: Fellini-Satyricon (F. Fellini, 1969, 129 min)

 

18 de novembro (domingo)

14h: Spartacus (S. Kubrick, 1960, 180 min.)

18h: A Queda do Império Romano (A. Mann, 1964, 170 min.)

 

19 de novembro (segunda-feira)

11h30: Memórias Póstumas de Brás Cubas (André Klotzel, 2001, 101 min.)

 

21 de novembro (quarta-feira)

17h: Todo mundo quase morto (Shaun the Dead, Edgar Wright, 2004)

 


SINOPSES

 

Troia

 

 

AÇÃO ESPETACULAR com densidade, esplendor e entretenimento - Brad Pitt assume o comando de uma espada e leva às telas uma atuação viril no papel do virtualmente imbatível guerreiro Aquiles. Orlando Bloom e a lindíssima Diane Kruger vivem os lendários amantes que trazem a guerra aos seus mundos por causa de sua paixão proibida. Eric Bana é o príncipe que se atreve a enfrentar Aquiles em combate, e Peter O'Toole governa Troia como o Rei Príamo. Nas mãos do diretor Wolfgang Petersen, Troia recria um mundo do passado, repleto de poderosos navios de guerra, exércitos combatendo corpo a corpo, cidades fortificadas e um majestoso e mítico cavalo de madeira. Na tradição de Coração Valente e Gladiador, Troia é a nata do moderno cinema épico, inspirado em uma das mais célebres obras da literatura: a Ilíada, de Homero. (Sinopse oficial divulgada no DVD). 

Leitura sugerida: WINKLER, M. M. Introduction. In: WINKLER, M. M (ed.). Troy: From Homer’s Iliad to Hollywood Epic. Oxford: Blackwell, 2006, p. 1-19.

 

 

Carnaval Atlântida

 

 

O professor Xenofontes, especializado em mitologia grega, é contratado pelo produtor Cecílio B. de Milho como consultor da adaptação do clássico Helena de Tróia para o cinema. Mas dois empregados do estúdio pensam em transformar o épico numa comédia carnavalesca.

Leitura sugerida: COELHO, M.C.M.N. "Helena de Tróia no cinema nacional?!? O Senhor se admira!? ? Não, não, absolutamente...." Letras Clássicas (USP), v. 12, 2012, p. 251-258.

 

 
Como era Gostoso meu Francês
 
   
 
 

O filme baseia-se em relatos de práticas canibais realizadas por índios tupis, descritas em crônicas e cartas de viajantes europeus que estiveram no Brasil no século XVI, como o soldado alemão Hans Staden (1510-1576)3, o sapateiro francês Jean de Léry (1534-1611), e presentes nas gravuras de Theodoro De Bry (1528-1598). A narrativa se passa no Brasil do século XVI e tem como protagonista um francês, Jean, personagem inspirado em Jean de Léry, membro de uma missão que chega à França Antártica, colônia estabelecida por Nicolas de Villegagnon (1510-1571) na Baía da Guanabara. No filme, Jean e alguns integrantes do grupo rebelam-se e são condenados à morte.  A nado, Jean consegue escapar e chegar ao continente. Ele é então capturado por índios tupiniquins, amigos dos portugueses. Depois de um ataque dos tupinambás, amigos dos franceses, Jean é feito prisioneiro por eles, mas os tupinambás acreditam que ele é português e o condenam à morte. Enquanto espera a execução, tem o direito de ficar com a mulher do chefe da tribo, Seboipepe. Passadas oito luas, ele será morto e comido pelos tupinambás. Fonte

 
Leitura sugerida: RAMOS, G. Como era gostoso meu Hans Staden in Mnemocine - Revista de Cinema  s.d. http://www.mnemocine.com.br/osbrasisindigenas/guiomar.htm
 
 

Gladiador

 

Nos dias finais do reinado de Marcus Aurelius (Richard Harris), o imperador desperta a ira de seu filho Commodus (Joaquin Phoenix) ao tornar pública sua predileção em deixar o trono para Maximus (Russell Crowe), o comandante do exército romano. Sedento pelo poder, Commodus mata seu pai, assume a coroa e ordena a morte de Maximus, que consegue fugir antes de ser pego e passa a se esconder sob a identidade de um escravo e gladiador do Império Romano.

Leitura sugerida: POMEROY, A. The Vision of a Fascist Rome in Gladiator. In: WINKLER, M.M (ed). Gladiator: Film and History. Oxford: Blackwell, 2004, p. 111-124.

 

 

Fellini - Satyricon 

 

Esta é a livre adaptação de Fellini da famosa peça de Petronius, que faz uma crônica da vida na Roma antiga. Encólpio (Potter) e seu amigo Ascilto (Keller) disputam o afeto do jovem Gitão (Mas Born). Quando Encólpio é rejeitado, ele começa uma jornada na qual encontra todos os tipos de pessoas e de acontecimentos, entre eles uma orgia e um desfile de prostitutas na Roma Antiga. Durante a orgia, organizada por Trimalquião (Mario Romagnoli), encontra um ex-escravo que menosprezou a mulher em troca dos prazeres oferecidos por um jovem garoto. O filme é estruturado em uma narrativa truncada, e é uma reflexão sobre a sexualidade masculina e sua variações. Cada trecho do filme trata de uma delas, como o homossexualismo, e outras questões delicadas que envolvem o sexo. Apesar de ser baseado na sociedade da Roma antiga, Satyricon reflete também um momento de caos pelo qual a sociedade da década de 60 vivia.

Leitura sugerida: GARRAFFONI, R. Satyricon de Petrônio e Fellini: aproximações e diálogos. In: Funari, P.P.A.; Funari, R.S.; Carlan, C.U.. (Org.). O Cinema e o Mundo Antigo-Antiguidade através da Sétima Arte. Saabrûken: Novas Edições Acadêmicas, 2015, p. 95-112.

 


Spartacus

 

Spartacus (Kirk Douglas), um homem que nasceu escravo e labuta para o Império Romano enquanto sonha com o fim da escravidão. Apesar de não ter muito com o que sonhar, pois foi condenado à morte por morder um guarda em uma mina na Líbia. Seu destino é mudado por um lanista (negociante e treinador de gladiadores), que o compra para ser treinado nas artes de combate e se tornar um gladiador. Quando dois poderosos patrícios chegam de Roma com suas esposas, que pedem para serem entretidas com dois combates até morte, Spartacus é escolhido para enfrentar um gladiador negro, que vence a luta, mas se recusa a matar seu opositor, atirando seu tridente contra a tribuna onde estavam os romanos. Esse nobre gesto custa a vida do gladiador negro e enfurece Spartacus de tal maneira que ele acaba liderando uma revolta de escravos, que atinge metade da Itália. Inicialmente, as legiões romanas subestimaram seus adversários e foram todas massacradas, por homens que não queriam nada de Roma, além de sua própria liberdade. Porém, quando o Senado Romano toma consciência da gravidade da situação, decide reagir com todo o seu poderio militar.

Leitura sugerida: PAZ, Francisco X. T. Spartacus and the Stoic ideal of Death. In: WINKLER, M.M. (Ed.) Spartacus: Film and History. Oxford: Blackwell, 2007, p. 189-197.

 

 

A Queda do Império Romano

 

No auge da expansão geográfica do Império Romano, o general Lívio (Stephen Boyd) comanda a nova política do imperador Marco Aurélio (Alec Guinness), que quer a pacificação de fronteiras e a adoção para os povos conquistados uma certa autonomia. Mas Marco Aurélio acaba envenenado por Commodus (Christopher Plummer), filho ilegítimo que assume o trono e mergulha Roma no caos político e administrativo, o que dá origem à queda do Império Romano.

Leitura sugerida: WINKLER, M. M. Fact, Fiction and the Feeling of History. The Fall of the Roman Empire. In: WINKLER, M. M. (Ed.) The Fall of the Roman Empire: Film and History. Oxford: Wiley-Blackwell, 2009, p. 174-224.

 

Memórias Póstumas de Brás Cubas

 

 

Após sua morte, em 1869, Brás Cubas, disposto a se distrair um pouco na eternidade, decide narrar suas memórias e revisitar os fatos mais marcantes de sua vida. E adverte: 'A franqueza é a primeira virtude de um defunto'. E é com desconcertante sinceridade que Brás Cubas conduz o espectador à sua infância e juventude, relembrando incidentes familiares e personagens como o amigo Quincas Borba, que reencontra adulto como mendigo e depois milionário. Discorre sobre sua displicente formação acadêmica em Portugal e o discutível privilégio de nunca ter precisado trabalhar. Com a mesma franqueza, Brás Cubas convida o espectador a testemunhar sua tumultuada vida amorosa. Lembra o primeiro amor, a cortesã espanhola Marcela, que o amou por '15 meses e 11 contos de réis'. O segundo amor, a jovem Eugênia, que 'apesar de bonita era coxa'. Depois Brás Cubas apaixona-se por Virgínia, mas esta acaba optando pelo bem-sucedido político Lobo Neves. Abordando o cotidiano ou acontecimentos nacionais, na vida ou na morte, Brás Cubas alterna ironia e amargura, melancolia e bom-humor. Em qualquer estado de espírito, ele nos surpreende pela irreverência e devastadora lucidez."

Leitura sugerida: Brás Cubas, de Machado de Assis.

 

 

 

Todo Mundo Quase Morto

 

Winchester. Shaun (Simon Pegg) trabalha como vendedor e divide uma casa com Ed (Nick Frost), seu melhor amigo, e Pete (Peter Serafinowicz). Ele costuma ir sempre ao pub local, mas Liz (Kate Ashfield), sua namorada, está cansada de lá. Além disso, ela sempre reclama que ele não se separa de Ed, apesar de suas piadas bobas e seu desinteresse em fazer algo útil. Para resolver a questão, Shaun aceita marcar um encontro com Liz em outro restaurante, mas se esquece de fazer a reserva. Irritada, ela decide terminar com ele. Shaun, arrasado, se embebeda no seu pub predileto ao lado de Ed, sem notar que as pessoas à sua volta estão se tornando zumbis, devido a um estranho fenômeno.

Leitura sugerida: ARISTÓTELES Retórica. Trad. M. Alexandre Júnior et. Alli. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2006, livro II, cap 5: o temor e a confiança.

 

 

 

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