Indigência

 

Nas esquinas das ruas
mãos negras estendidas.
Esmolam existências semi-nuas
Tristes nômades vidas...

No asfalto, corpos estendidos
ante olhares indiferentes
ex-corpos vadios, prostituídos
agora apenas indigentes...

Talvez, uma rasa sepultura
como prêmio derradeiro
Quem mandou ter pele escura?
E além do mais, sem dinheiro!

(Cadernos Negros 11, p. 19)

 

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