As pessoas que estavam presentes na abertura tiveram acesso a jogos interativos

Legenda:da esquerda para a direita Letícia Mendes, Jéssica Sayão (pesquisadoras que tem seus trabalhos expostos), Ângela Vaz Leão (primeira diretora da Fale), Maria Cândida Seabra e Márcia Maria Duarte dos Santos (curadoras da exposição)
Fonte: Tâmara Martins

A abertura da exposição Línguas e Mapas aconteceu, na noite do dia 5 de setembro, em meio a uma mescla de jornais, quebra-cabeças e miniaturas. Os estudos dos topônimos, nomes escolhidos para espaços físicos por uma comunidade, é o centro dessa mostra, que continua no Centro de Memória da Faculdade de Letras (Fale) até o dia 10 de outubro.

O público que compareceu ao evento foi composto por pessoas envolvidas em diferentes áreas de pesquisa, o que demonstrou como o tema da exposição está embasado também na transdisciplinaridade. O convidado Diego Macedo, professor adjunto do Departamento de Geografia da UFMG, chamou a atenção para como essa pesquisa mantém ”uma ligação direta entre o espaço geográfico e origem dos topônimos”. Esse intercâmbio de informações, segundo Diego, “resulta em uma construção linguística” essencial para o relato da histrória desses locais.

A primeira diretora da Fale, Ângela Vaz Leão, também esteve presente na abertura. Ela apontou para como o estudo toponímico é relevante para a diversificação do léxico da Língua Portuguesa. Para Ângela, “o fato de a origem dos topônimos envolver animais e plantas faz com que a gente possa ter acesso a uma visão mais ampla de uma cultura”.

Essa capacidade de mudanças de perspectivas, promovida pela toponímia, também foi abordada por Letícia Mendes, que tem sua dissertação de mestrado, Hidronímia da região do Rio das Velhas: de Ouro Preto ao sumidouro, dentre os itens expostos. Letícia explicou que a pesquisa dos nomes de determinados lugares é uma opção para que os hábitos e costumes de uma sociedade sejam analisados profundamente.

Também estiveram presentes nesse primeiro dia de exposição, a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (POSLIN), Gláucia Muniz, o ex-diretor da Fale e fundador do Centro de Memória, Luiz Francisco Dias, Marianna Oliveira, diretora do Instituto Rock Camelo, e Adalberto Andrade, membro da Gestão de Proteção e Restauro do Insituto Estadual o Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA).

Estudos toponímicos

A toponímia é o estudo dos nomes próprios dos lugares, denominados pelos estudiosos como “topônimos”. Os detalhes sobre esses nomes estão na nota sobre a exposição Línguas e Mapas.

 
Cobertura realizada pelo Setor de Comunicação da Fale
Clara Bernardes, estudante de graduação da Faculdade de Letras
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