• Portal do Governo Brasileiro

Projeto literário e político de Coetzee é analisado em coletânea organizada pela reitora da UFMG e pelo vice-diretor da Biblioteca Universitária

 Print 
Details
25 April 2025

Ensaios críticos reunidos na obra retratam como o autor sul-africano aborda resistência, violência e vulnerabilidade por meio de engenhosos recursos literários

 

 

Organizada pela reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, professora de estudos literários da Faculdade de Letras, e por Wellington Marçal de Carvalho, vice-diretor da Biblioteca Universitária (BU), a obra ‘J.M. Coetzee no Brasil: ensaios críticos’  traz exercícios interpretativos que mergulham no projeto literário e político desse renomado escritor sul-africano.

A coletânea reúne artigos de vários pesquisadores que retratam os caminhos literários utilizados por Coetzee para abordar temas como resistência, violência, vulnerabilidade e a utilização da tortura como instrumento de manutenção das máquinas imperialistas. São analisados recursos como a representação, o jogo de espelhos, a memória e as aproximações entre obras do próprio escritor e criações literárias de outros espaços e contextos do mundo.

“As articulações de Coetzee com a literatura latino-americana, o percurso ensaístico literário realizado por ele, o escrever contra si mesmo em oposição à escrita de si, dentre outras questões que se desdobram desse amplo panorama são investigadas na obra”, afirma Wellington Marçal. 

E a reitora Sandra Goulart destaca que, ao transitar entre factualidade e ficcionalidade, por meio do ‘embaralhamento entre vida vivida e vida inventada’ – como descreve a professora emérita Maria Nazareth Fonseca no prefácio do livro -, a produção literária do autor sul-africano retoma, ainda, a memória do apartheid e pós-apartheid na África do Sul e os impactos desses contextos políticos e históricos na contemporaneidade. 

“Literatura e crítica literária são potentes ferramentas para nos auxiliar a enfrentar a complexidade do mundo, sobretudo em contextos políticos e históricos profundamente marcados por regimes de violência, como é o caso do apartheid implementado na África do Sul. O gesto literário, em escritores engajados com a sua realidade, como Coetzee, assume como parte importante de seu projeto ficcional indagar as idiossincrasias que formam o tecido social e oferece possibilidades de desestabilizar tentativas de explicar a contemporaneidade em linhas  dicotômicas”, salienta a reitora.

Leia a matéria completa na página do Sistema de Bibliotecas da UFMG. 

 

 

 

Assessoria de Comunicação da FALE – 2025

This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.

Facebook: @fale.ufmg
Instagram: @fale_ufmg

FaLang translation system by Faboba