Sobre o livro
O corpo vulnerado reúne ensaios de Maria Angélica Melendi, um dos principais nomes da reflexão teórica e crítica das artes visuais latino-americanas. No livro, a acadêmica e pesquisadora aborda a produção artística na América do Sul que coloca o corpo em evidência, seja mostrando sua face vulnerada por violências e opressões históricas, seja como resistência, força de invenção ou fabulação.
Organizado por Eduardo de Jesus, o conjunto abarca as radicais performances de Las Yeguas del Apocalipsis, os bordados de Arthur Bispo, Feliciano Centurión e Leonilson, a relação de Oiticica com os marginais e as cidades expressos em suas obras, as questões políticas do feminino em obras de Anna Bella Geiger, Lygia Pape e Lygia Clark no contexto da ditadura militar no Brasil, a obra-instalação #rioutópico de Rosangela Rennó, a obra de Paulo Nazareth, entre outros. Ao “pensar o Sul como um estado de corpo”, em vez de um “estado de espírito”, a autora apresenta uma visão densa e instigante das relações contemporâneas entre arte e política.
Sobre a autora
Maria Angélica Melendi nasceu em Buenos Aires, Argentina. Vive e trabalha no Brasil desde 1975. É Doutora em Literatura Comparada pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (1994-1999). Entre 1986 e 2015, foi professora da Universidade do Estado de Minas Gerais (Escola Guignard) e do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Belas Artes da UFMG. Atuou como pesquisadora nas Exposições Mulheres Radicais (Hammer Museum-Los Angeles; Brooklyn Museum-Nova Iorque; Pinacoteca de São Paulo) e Giro Gráfico (Museu Reina Sofia-Madri; MUAC-UNAM-Cidade do México). É coordenadora do Grupo de pesquisa Estratégias da Arte na Era das Catástrofes. Nos últimos anos, investiga as relações entre arte visual, literatura e política na América Latina, com ênfase nas estratégias da memória, assunto sobre o qual tem publicado artigos em livros, jornais e revistas acadêmicas. Entre suas publicações destacam-se os livros: Estratégias da arte numa era de catástrofes, Editora Cobogó, 2017; Imagen, memoria y archivo em Rosângela Rennó, Editora Brasiliana, 2024; e agora O corpo vulnerado, Editora Cobogó.
Assessoria de Comunicação da FALE – 2024
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