O Núcleo de Análise do Discurso (NAD) é um órgão vinculado à Faculdade de Letras da UFMG e voltado, exclusivamente, para a organização e implementação de atividades acadêmicas.
Seu objetivo principal é congregar professores e estudantes de níveis e instituições variados, em atividades como simpósios, seminários, grupos de discussão sobre objetos e temas específicos do campo da análise do discurso.
O NAD tem mantido vínculos regulares com professores de universidades da França (convênio CAPES-COFECUB), da Suíça e da Espanha (através de convênios internacionais da UFMG), visando à interação com novos grupos, com novas propostas de trabalho.
O resultado desse intercâmbio tem sido a presença constante de pesquisadores dessas instituições na UFMG para ministrar cursos, bem como a de pesquisadores brasileiros, alunos e professores, nesses países.
SOBRE O NAD
O Núcleo de Análise do Discurso da Fale/UFMG foi o primeiro núcleo oficializado na Unviersidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1996, ainda que funcionasse informalmente desde 1993. Este núcleo tem por objetivo discutir o que é o discurso e as diversas metodologias que o abordam. Ele reúne pesquisadores de diferentes áreas e que trabalham com diferentes corpora. A interdisciplinaridade tem sido, pois, o ponto forte do NAD.
O NAD já manteve dois convênios CAPES/COFECUB com Paris 13 (França) o que propiciou várias trocas entre professores e alunos das duas universidades (francesa e brasileira) além de criar laços de amizade e afeto entre todos os que participaram desta “expedição e aventura” pelas selvas linguageiras, como afirmou Charaudeau pesquisador caro ao NAD, ao lançar sua teoria discursiva (1983) e a quem tomamos emprestada tal metáfora.
Além do mais, orgulhamo-nos em poder dizer que a maior parte dos pesquisadores que já passaram pelo NAD e concluíram seus estudos no Poslin/FALE/UFMG estão hoje empregados em diferentes IFES ou universidades particulares de Minas Gerais: UFSJ, UFV, UFU, UFOP, PUC/MG, CEFET/MG, etc. Nossas parcerias também se estendem a outros grupos de outros estados brasileiros (como, por exemplo, o CIAD da UFRJ) e a outros países além da França (Suíça, Bélgica, Israel, entre outros).
Analisar discursos permite aos diferentes pesquisadores ter uma visão mais ampla sobre o mundo em que vivemos e sobre as diferentes trocas linguageiras que nele praticamos, todos os dias.
Analisar discursos é também uma atividade gratificante, pois nos faz entrar no mundo mágico das palavras e nos permite degustá-las, com seus jogos e com seus enjeux.
Acreditamos ser sempre oportuno lembrar que a análise do discurso, ou melhor, dizendo as diferentes análises do discurso com que trabalhamos no NAD nunca tiveram a pretensão de serem exaustivas ou dogmáticas. É sempre oportuno lembrarmo-nos das sábias reflexões de Michel Pêcheux que, nos anos 70 do século XX, ao lançar a disciplina nos meios acadêmicos franceses, já pressentia que os estudos discursivos por mais que se esforçassem tocariam apenas a ponta de um iceberg: a comunicação entre pares, efetivamente, é difícil e infelizmente, por vezes, impossível. Mas, se não podemos tudo desvendar, ao menos tentamos chegar perto das condições que motivaram a produção deste discurso em vez daquele outro e de algumas das intenções que motivaram tais empregos linguageiros. Assim é a vida de um analista do discurso: sempre em busca de sentidos, sempre lidando com as palavras e com sua origem, com suas múltiplas e diferentes visadas.
