Marcus Vinícius de Freitas

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Marcus Vinicius de Freitas é Professor Titular de Teoria da Literatura e Literatura Comparada na FALE/UFMG. Possui Ph.D. em Portuguese and Brazilian Studies (Brown University - 2000), com tese intitulada Charles Frederick Hartt, um naturalista no império de Pedro II, orientada pelo Prof. Emeritus George Monteiro e publicada em 2002 pela Editora UFMG. a mesma pesquisa gerou uma edição de arte, intitulada Hartt: expedições pelo Brasil Imperial, 1865-1878 (São Paulo: Metalivros, 2001), que recebeu a Menção Honrosa do Prêmio Jabuti 2002 na categoria biografia. Em fevereiro de 2010, concluiu estágio de Pós-Doutorado na Universidade de Campinas, sob supervisão de Francisco Foot Hardman. É bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq desde 2006. Seu projeto para os anos 2013-2017 se intitula "O escritor e seu ofício; Acervo de Escritores Mneiros", no qual investiga as reflexões de escritores (Murilo Rubião, Oswaldo França Jr. e Abgar Renault)  sobre o processo da escrita literária. Os acervos dos três autores se encontra no Acervo de Escritores Mineiros da UFMG. Em agosto de 2012, publicou o livro Contradições da modernidade: o jornal Aurora Brasileira (1873-1875), que investiga um periódico feito por estudantes brasileiros na Universidade Cornell, nos EUA, no século XIX.
Além de professor e pesquisador, Marcus é também poeta e romancista, tendo publicado No verso dessa canoa(Vitória: Flor & Cultura, 2005), volume que recolhe quatro de seus livros anteriores de poesia, escritos entre 1993 e 2005, e o romance Peixe Morto (Belo Horizonte: Autêntica, 2008),  finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2009.
 
Endereço:
Universidade Federal de Minas Gerais
Faculdade de Letras
Av. Antônio Carlos 6627, Pampulha
Belo Horizonte, MG, 31270-901
Brasil
Tel.: 55 31 3427-0340
 
 
ATENÇÃO: VAGAS DE ORIENTAÇÃO PARA MESTRADO 2016
 
No Exame de Seleção para o Programa de Pós-Graduação em Letras - Estudos Literários, edição 2016, oferecerei três vagas para mestrado, assim distribuídas:
 
2 vagas para Mestrado em Teoria da Literatura - Linha de Pesquisa: Poéticas da Modernidade, para projetos que versem, preferencialmente, sobre Teoria Crítica ou sobre Acervos Literários (ver especificações abaixo).
1 vaga para Mestrado em Literatura Brasileira - Linha de Pesquisa: Literatura, História e Memória Cultural, para projeto que verse, preferencialmente, sobre as relações entre literatura, história e cultura no Brasil, entre 1870 e 1922 (ver especificação abaixo).
 
1) Teoria Crítica - Há alguns anos, desde a publicação do artigo intitulado "O escritor e seu ofício: em busca da teoria da literatura" (Aletria, 20, 2010), venho dirigindo meus esforços como investigador de Teoria da Literatura e de Crítica para a compreensão e a difusão do que podemos chamar de "Crítica Liberal", tal como proposta, entre outros, por José Guilherme Merquior em "Tarefas da crítica liberal" (MERQUIOR, J. G. As ideias e as formas. RJ: Nova Fronteira, 1981, p. 28-36). Em poucas palavras, a crítica liberal procura recuperar o papel afirmativo da Modernidade, em oposição às duas vertentes críticas que permanecem hegemônicas no interior dos estudos literários, sejam elas a modernista, de cunho eminentemente marxista, e a pós-moderna, de cunho predominantemente desconstrucionista, ambas antimodernas. Assim é que autores como Tzvetan Todorov, José Guilherme Merquior, Roger Scruton, Eric Voegelin, Theodore Dalrymple, Daniel Bell, Friedrich Hayek, Ludwig Von Mises, Eduardo Gianetti da Fonseca, Luc Ferry, Alain Renaut, David Hirsch, Daphne Patai, Raymond Aron, Ortega y Gasset, Isaiah Berlin, Helmut Schoeck, Lionel Trilling, Frank Kermode, Alan Sokal, Thomas Sowell e Ernest Gellner, entre outros, constituem um corpus bibliográfico à espera de investigação pelos estudos literários e culturais. Nesse sentido, e sem prejuízo da consideração de projetos fora do proposto, abre-se a oportunidade de orientação de uma dissertação de mestrado em Teoria da Literatura, na linha de pesquisa Poéticas da Modernidade, centrada em um ou mais dos autores citados, com vistas à discussão do papel da Modernidade em face da antimodernidade contemporânea;
 
2) Arquivos Literários - Enquanto pesquisador do Acervo de Escritores Mineiros da UFMG, tenho pesquisado a documentação de arquivos literários com vistas à compreensão dos processos de criação dos escritores. De maneira particular, tenho dedicado esforços de pesquisa e orientação aos acervos de Murilo Rubião, Oswaldo França Jr. e Abgar Renault. Ao lado desses trabalhos, sigo orientando candidatos que trabalham com documentação dos autores Cecília Meireles, Lúcia Machado de Almeida, e Paulo Leminski. Como corolário, e sem prejuízo da consideração de projetos fora do proposto, abre-se a oportunidade de orientação de uma dissertação de mestrado em Teoria da Literatura e Literatura Comparada, na linha de pesquisa Poéticas da Modernidade, que se debruce sobre o ofício do escritor, tal como configurado na documentação dos arquivos antes mencionados, assim como de outros autores integrantes do Acervo de Escritores Mineiros, tais como Henriqueta Lisboa, Wander Piroli, Cyro dos Anjos, Affonso Ávila e Laís Corrêa de Araújo;
 
3) Literatura e Cultura no Brasil entre 1870 e 1922 - Uma terceira vertente de meu trabalho crítico investiga as relações entre literatura, história e cultura no período que vai do final do Império à Primeira República, em especial com vistas a uma investigação da demanda brasileira pela Modernidade, na qual o Modernismo de 1922 constitui mais culminação de esforços acumulados do que ruptura com posições anteriores. Assim é que a demanda pela Modernidade se constitui no Brasil, de maneira clara, duas décadas antes do fim do Império, e perpassa todo o período da Primeira República, demanda essa que abarca não apenas intelectuais, escritores e artistas, mas igualmente militares, médicos, engenheiros, políticos, cientistas, empreendedores industriais e comerciais. Sob essa ótica, e sem prejuízo da consideração de projetos fora do proposto, abre-se a oportunidade de orientação de uma dissertação de mestrado em Literatura Brasileira, na linha de pesquisa Literatura, História e Memória Cultural, que investigue as relações entre a literatura e qualquer um ou vários dos campos antes mencionados, dentro do período proposto. Em especial, o candidato deve ter no horizonte uma discussão dos desenvolvimentos que levam à Semana de 22, com vistas a uma reavaliação crítica daquele momento da história literária e cultural do país e de sua entronização como marco cultural, cujo centenário se aproxima e exige uma reavaliação.
 
 

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